Por Patrícia Casotti
Toda empresa que busca consolidar e proteger sua reputação precisa cultivar um relacionamento estratégico com a imprensa. Embora formatos pagos como branded content e publi posts tenham seu valor na comunicação com clientes e outros públicos-chave, nada se compara ao peso de uma pauta editorial conquistada. Isso tem um sabor diferente.
O público sabe diferenciar um conteúdo pago de uma reportagem, e é exatamente aí que reside a força da imprensa. O rigor jornalístico — que envolve seleção criteriosa de pautas, apuração minuciosa, entrevistas, edição e publicação — não apenas amplia a visibilidade da empresa, mas confere credibilidade, algo impossível de comprar. Em um cenário dinâmico, em que debates políticos e temas sensíveis emergem tanto na mídia tradicional quanto nas redes sociais, ser pauta na imprensa não é apenas um diferencial, mas um privilégio.
Quando essa relação é construída com estratégia e consistência, as empresas vão além da promoção de produtos e serviços. Elas humanizam sua marca, aproximam-se da sociedade e dão voz às pessoas e líderes que as representam. Ao destacar histórias reais, fortalecem sua cultura, tornam seu propósito tangível e atraem talentos, além de contribuir para discussões relevantes no setor.
Para alcançar esse patamar, é preciso mais do que boas intenções. Exige planejamento, alinhamento com os parceiros certos e preparo para interagir com jornalistas de forma transparente e ágil. Compreender a dinâmica das redações e respeitar prazos de fechamento é tão essencial quanto estar pronto para responder rapidamente às demandas de imprensa.
Empresas que entendem esse jogo não apenas ganham manchetes — elas constroem um legado.
Patrícia Casotti é gerente de Assuntos Corporativos do Grupo Reckitt
