O suíço John Mueller, líder de relações públicas da Busca do Google, apresentou um webinar gratuito com o tema SEO (Search Engine Optimization, “Otimização de Mecanismo de Busca”) nesta quinta-feira (28). Mueller, o “Guru do SEO”, atuou como analista de tendências para webmasters por mais de uma década, e frequentemente participa de fóruns e eventos sobre SEO. Ele ressalta a importâncias dos provedores de conteúdo se preocuparem em primeiro lugar com a qualidade da informação de seus sites e blogs, com a originalidade do conteúdo e contextualizar e enriquecer conteúdos de terceiros que reproduzem e só depois tratarem de questões técnicas como SEO. Não que isso não seja importante, Mueller enfatizou apenas que muita gente quer descobrir atalhos nos mecanismos de buscas para viralizar seus conteúdos de forma artificial e esquecem do básico que é prover conteúdo relevante, atual e inovador, de interesse do internauta. Ele falou especialmente para desenvolvedores, líderes em estratégia digital (CDO), especialistas em SEO e publishers.
Boas práticas de SEO
O especialista aborda como funciona a busca do Google em seu processo de rastreamento, indexação e exibição. Além de temas como conteúdos duplicados, otimização para dispositivos móveis, e o uso do Search Console. Todas as informações como trabalhar melhor com o SEO estão nas diversas políticas do Google e nos blogs da empresa. Que devem ser lidos detalhadamente. Muitos profissionais da área falam por aí de coisas que não existem e não funcionam, segundo o guru.
Para Mueller, a adoção de boas práticas de SEO ajudam a comunicar ao seu mecanismo de busca um conteúdo de valor, que merece uma boa posição entre os resultados de pesquisa. Coisas novas, inéditas e de interesse real do público são o que funcionam mais. As indexações corretas também ajudam, claro.
Táticas cinzentas — o chamado black hat SEO — para “tapear” os algoritmos do Google, como a compra de links, segundo Mueller, são facilmente detectáveis pelos sistemas cada vez mais sofisticados da empresa e podem acabar prejudicando o produtor de conteúdo.
“Isso é uma coisa que tem acontecido desde o começo de todos os motores de busca”, afirma Mueller. “É a natureza humana de tentar achar a maneira mais fácil e simples de fazer alguma coisa, e às vezes você tenta trapacear. Existem muitos riscos associados a isso. Nossos sistemas se ajustam com o tempo. Podemos mudar nosso algoritmo para pegar aquele black hat SEO que nós vemos, temos uma equipe que trabalha focada para evitar esse tipo de coisa ao máximo.”
Aperfeiçoamento nos mecanismos de busca
Ele garante que não tem nenhuma predileção particular pelo Google por algum site específico, não existe nenhuma maracutais, operação entre amigos para destacar este ou aquele site em detrimento de outros. “Esses critérios são públicos estão disponíveis”, enfatizou. O Google também ouve opiniões e sugestões de usuários para aprimorar os mecanismos de busca e já foram implementados mais de 4.800 sugestões recentemente.
O conteúdo é a palavra chave, para o suíço: “Faça algo significativo [em termo de conteúdo] e autêntico na web e não fique apenas procurando palavras-chaves ou mega tags para se destacar mais”. Ele recomenda a melhoria de um site como todo. “Não adianta fazer uma matéria, um post, que você julga original e bem pertinente, não será isso que irá ter visibilidade repentina, muita gente se queixa que fez um texto ótimo, inédito, e não apareceu nos mecanismos de busca”. Não importa só um post isolado e sim o conjunto do site, para o Google.
Algumas dicas que o especialistas enfatizou, já são conhecidas do mercado. Uma é que o Google está privilegiando vídeos e imagens. Principalmente quando são videos produzidos pelo próprio site. Mudanças de domínios de sites também não interferem em dana nos mecanismos de busca, ao contrário do que muita gente pensa.
Mueller recomenda utilizar o Google Search Console, que é um serviço gratuito para webmasters gerenciado pelo Google. Ele permite que os webmasters verifiquem o status de indexação e otimizem a visibilidade de seus sites.
Outra sugestão é fazer uso do BigQuery: um data warehouse totalmente gerenciado e sem servidor que permite análises escalonáveis em petabytes de dados. É uma plataforma como serviço que oferece suporte a consultas usando ANSI SQL. Ele também possui recursos integrados de aprendizado de máquina. “Ali você visualiza como as pessoas clicam em determinadas partes dos sites e é possível analisar diversos relatórios”.
Indexações são semelhantes em qualquer idioma
Mueller revelou ainda que títulos não são relevantes em mecanismos de busca. Muita gente faz títulos em ingles, mesmo em textos na lingua portuguesa, achando que o Google indexa mais naquele idioma. “Não existem diferenças significativas de indexação nos diferentes idiomas”, garantiu.. “O idioma do titulo deve ser igual ao do conteúdo, ou o Google não irá indexar”, explicou
Uma recomendação importante do especialistas e deletar posts antigos que não tenham mais relevância. Por exemplo, “você anunciou uma vaga de emprego que já foi preenchida. Isso deve ser apagado quando a vaga não existir mais”. Para o Google encontrar sua URL mais rápido “limpe os links antigos, desnecessários, desatualizados”, ensinou.