Em fevereiro de 2017, o Festival de Cannes havia divulgado que, para este ano, os jurados foram aconselhados a não reconhecerem campanhas que reflitam preconceito de gênero.
Os membros dos júris irão receber uma orientação antes do início dos julgamentos e, segundo o AdAge, o tom do comunicado diz que trabalhos que perpetuam conceitos negativos e prejudiciais às questões de gênero ferem a todos. Como critério para definir quando um case inscrito é sexista ou danoso, o festival indicará a empatia.
“Use seu coração e sua mente para determinar se a inscrição é aceitável. E se a pessoa retratada fosse você? Ou sua filha ou seu filho, irmão, pai, mãe… você ficaria bem com essa representação?”.
O Festival de Cannes espera que haja uma mudança cultural e que os componentes do júri entendam que esse tipo de campanha não cabe mais nos dias atuais. A ideia é que não seja necessário impor uma regra mais dura para combater campanhas que transformam a mulher em objeto ou que agridam outros grupos que sofrem cotidianamente com preconceitos de gênero.
O segundo a entrar da onda contra campanhas sexistas é o Andy Awards. Pete Favat, chairman da premiação deste ano e CCO da Deutsch North America, e Gina Grillo, CEO do Advertising Club of New York, organizador do evento, estão pedindo a outros representantes de prêmios da indústria banirem campanhas sexistas.
Os dois assinam um comunicado esclarecendo que apoiam entusiasticamente a decisão de Cannes. Eles pedem que as organizações que respondem pelo One Show, Art Director’s Club, Clio, London International Awards e D&AD se unam nessa proposta. E, assim, incentivam as premiações a manter essa luta junto com o movimento #WomenNotObjects.
Veja a seguir o vídeo do movimento #WomenNotObjects, lançado no ano passado.