Jornalistas que foram escolhidos por votação no 10º Prêmio Especialistas ressaltam a importância da cobertura segmentada e os desafios dos veículos especializados e também das editorias especializadas nos veículos de todos os portes.
Falando sobre a importância do Prêmio, Kelly Lubiato, jornalista especializada no mercado de seguros há 29 anos, diretora de redação da revista e site Apólice e vencedora durante sete versões do PE, diz que é difícil a empresa especializada ser reconhecida, pois “fica meio a margem da grande imprensa”. Mas, destaca que as empresas notam a importância do trade e considera essa mídia como oportunidades de investimento. E por parte do público, cita os corretores e seguros, que são os intermediários entre as seguradoras e os clientes: “É fundamental que eles saibam o que acontece no mercado, e a imprensa especializada traduz o ‘segures’ para uma linguagem mais inteligível”.
Sair do meio comum, que todo mundo faz, é um dos diferenciais da imprensa especializada, segundo Denise Bueno, repórter da revista Isto É Dinheiro. “É difícil, mas ao mesmo tempo muito gratificante. Sobre o evento, e sua repercussão, ele revela que cada vez que posta nas redes sociais que está no Prêmio Especialistas ganha 1.000 seguidores no LinkedIn, por exemplo. “É um reconhecimento muito importante do trabalho a gente, dá aquele quentinho no coração para continuarmos a ser especialistas. Às vezes cansa, ser jornalista especializado, mas esse Prêmio nos estimula a continuar”.
Giovanna Jarandilha, editora da Casa Cor, admite que o Prêmio Especialistas “é muito importante para nos diferenciarmos na carreira. É uma plataforma de conexão com outros profissionais, de outras áreas”. Além disso, diz que seu trabalho se diferencia porque não é só um site, é uma plataforma de arquitetura, conectando e projetando arquitetos e outros profissionais que podem se beneficiar da comunicação.
Claudiney Santos, editor da TI Inside, considera o Prêmio Especialistas fundamental para profissionais “como nós que trabalhamos na área da comunicação, jornalismo ou publicidade e propaganda. É um reconhecimento de um trabalho que desenvolvemos há muitos anos, e ainda ser reconhecidos pelos nossos pares é muito bom”. E sobre o seu trabalho, diz procurar “levar uma mensagem que seja útil aos profissionais que são assinantes de nosso portal. E a ideia é que esse portal traga informações úteis para o trabalho da pessoa, para seu desenvolvimento de carreira, e desenvolvimento de sua empresa”.
“O jornalismo especializado é importante porque, além de informar todas as pessoas, mesmo as que não sejam do setor de transpores, traz novas ideias para o setor, opina João Geraldo, editor-chefe da GG Mídia. “Às vezes a gente publica algo sobre um produto, um caminhão, um ônibus, por exemplo, e as pessoas ficam admiradas por conhecer tantas coisas que não sabiam existir nesse meio de transporte. Isso porque quem tem um automóvel de passeio, mesmo de luxo, acha que seu veículo é mais evoluído do que o pessoal do ramo de transporte. Mas na verdade hoje, o caminhão é muito mais moderno, tem muita tecnologia, porque precisa trazer lucro para quem compra”. E considera o Prêmio gratificante, num setor que, segundo ele, agora começa a ser mais visto pela sociedade.
“O jornalista especializado é um profissional que consegue aprofundar melhor os temas, diz Adalberto Marcondes, diretor da agência e instituto Envolverde. “Como esse profissional conhece bem a área que cobre, ele consegue fazer as melhores perguntas, buscar a melhor informação para que o leitor possa tomar decisões em cima daquela matéria. Então, você tem o jornalismo genérico que oferece o contexto, e o jornalismo especializado que proporciona mais profundidade. E busco muita informação, conhecimento, estudo, para me aprofundar nas coberturas, entendendo a linguagem do setor. E isso faz a diferença, a capacidade de compreender o que está acontecendo e transformar aquilo numa linguagem para o público”.
“O jornalismo especializado para mim é tudo”, declara o experiente e premiado Ivo Ribeiro, agora repórter especial do jornal O Estado de S. Paulo. “Desde que comecei no jornalismo sempre trabalhei nessa área e cobertura setorial, desde a Gazeta Mercantil e o Valor Econômico”. Agora, ele tem tratado mais de transição energética e economia verde, metais e minerais críticos e estratégicos. “Se diferenciar nesse trabalho”, ensina, “é fruto de muita pesquisa, ouvir várias fontes, especialistas, analistas de bancos, pois a diversificação de fontes de informação é fundamental para um trabalho de qualidade.
Com 38 anos no jornalismo, Mauro Beting, comentarista do SBT/TNT/Jovem Pan, relata seus múltiplos talentos, como comentar esportes, documentários, escrever música, livros, curadoria games, então, entre os especialistas ele se declara um dos mais multifacetados na área. Não basta, portanto “ser aquele especialista de coisa alguma, que é o jornalista generalista, mas procuro focar mais, não só na minha área, o futebol por exemplo, e tentar ter uma visão mais humana, pensar o outro lado, pois jornalismo é a busca pela melhor versão dos fatos. E muitas vezes subir em cima do muro para ver as várias versões de um mesmo fato. Mesmo especialista, devemos ter os olhos bem abertos, uma visão 360 graus”. E diz ainda que é “sempre uma gigantesca emoção quando é escolhido no Prêmio”.
“O setor de transportes em geral é um dos mais importantes para a economia do país”, afirma Fernando Richeti Jr. repórter e apresentador do programa Brasil Caminhoneiro da Record. “Mas ao mesmo tempo ele não é tão valorizado, quando falamos na importância do setor para a agroindústria, o agronegócios, por exemplo, quando falamos, do ponto de vista do motorista, pela falta de infraestrutura, de pontos de apoio, e da má remuneração. Por isso, acredito que esse Prêmio, que estou levando pela quarta vez consecutiva, aumenta muito a minha responsabilidade”. E um de seus diferenciais é falar com o caminhoneiro, quem está no dia a dia na estrada, além de fabricantes e transportadoras.
“Existe uma diferença muito grande ver uma cobertura feita por quem realmente entende daquele assunto”, observa com muita propriedade Luiza Tenente, repórter da Rede Globo. Segundo ela, “temos hoje muitos jornalistas generalistas, por necessidade da estrutura das redações”, e “quando conseguimos manter alguém especializado em uma área, a qualidade das reportagens será melhor e esse profissional terá melhores condições de cobrir o tema, o que é uma grande vantagens também para o veículo e o público”. Para ela, foi uma honra ter sido escolhida para o Prêmio, num e vento onde se possibilita conhecer colegas de seu setor e de outros setores.
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