Que a linguagem das redes sociais invadiu o mundo corporativo não é novidade e não há como escapar disso. Empresas de todos os portes e segmentos estão utilizando as redes para criar um diálogo mais próximo com seus funcionários e clientes, e internamente, engajar suas equipes.
Porém, utilizar a linguagem das redes dentro da empresa não é tão simples quanto parece. É preciso criar estratégias efetivas para engajar as equipes e obter resultados positivos. O tema foi alvo de debates de dois painéis do 2º Fórum Empresas que Melhor se Comunicam com Colaboradores, no final de abril.
No painel “#ForYou: é hora de atualizar a fala” os speakers Guilherme Almeida, gerente de Comunicação Corporativa da Edenred; Luciana Del Fiaco, gerente executiva de Marketing Organizacional do Banco do Brasil e Cristiano Caporici, diretor de Comunicação e Marketing na Tecnobank debateram como as redes sociais ajudaram a modificar a comunicação “top down”, transformando todos em produtores e consumidores de informações.
Durante o painel “Papo Reto”, Suzie Clavery, gerente sênior de Marca Empregadora, Experiência de Pessoas e Comunicação Interna da UnitedHealth Group; Rogério Louro, diretor de Comunicação Corporativa e RP da Nissan e Daniela Bittencourt, gerente sênior de Comunicação da Unico debateram os novos caminhos da comunicação interna diante do cenário de mudanças e em muitas empresas de ambiguidades.
Empresas adoram novos modelos de disseminar informações
A comunicação interna das empresas sofreu uma grande transformação nos últimos anos com o aperfeiçoamento e surgimento de novas tecnologias. A Internet também permitiu o uso de novos formatos de comunicação empresarial, como vídeos, podcasts e webinars ganharam espaço no mundo corporativo, dando novos contornos à comunicação.
Com maior agilidade e interativa, a CI das empresas têm acompanhado a tecnologia tornando-se cada vez mais interativa, atraente e dinâmica para os funcionários. Empresas mais antigas e recentes empregam-se técnicas de Internet e das redes sociais para tornar chamar a atenção dos colaboradores.
No Banco do Brasil, instituição criada em 1808, a Comunicação Interna e Externa está se modernizando continuamente, avalia Luciana Del Fiaco. A empresa tem há mais de 10 anos um veículo corporativo, em que os mais de 85 mil colaboradores, por todo o País, conseguem se comunicar livremente, transformando em um espaço de diálogo. “Éramos acostumados há 20 anos com uma comunicação Top Down, agora, quando dá a oportunidade das pessoas falarem vira um diálogo”, acrescenta a profissional.
A Comunicação top down é uma prática que se baseia na transmissão de informações de cima para baixo, dentro das organizações priorizando a hierarquia e a autoridade. No entanto, com o advento das redes sociais, esse formato de comunicação tem sido cada vez mais questionado e desafiado dentro das empresas.
O BB tem apostado em linguagens em linguagem popular para se comunicar com seus públicos externo e interno. Luciana acredita que as expressões usadas nas redes não significa ser extremamente jovem, mas conseguir personalizar a comunicação e descentralizar a produção de conteúdo.
Não foram apenas as formas de comunicar que mudaram, mas também a linguagem evoluiu com os meios. A profissional credita as mudanças a um processo de evolução e aprendizado nas novas tecnologias. “Uma empresa só chega a 214 anos porque conseguiu se atualizar o tempo todo”, destaca Luciana.
Por meio da comunicação aberta e transparente, as empresas podem construir uma relação mais próxima com seus consumidores e clientes, ouvindo suas demandas e sugestões e respondendo de forma rápida e eficiente.
A Tecnobank, empresa há quinze anos no mercado, busca não transformar a comunicação em top down, mas trazer os colaboradores para dialogar. “Hoje é necessário plataformas interativas para que os colaboradores conversem com seus líderes e participem do diálogo”, considera Caporoci.
Almeida afirma que existe preconceito por parte das empresas em investir em linguagens mais contemporâneas para comunicação interna e externa, porém lembra que é preciso que consumam da maneira que quiserem. “Talvez eu tenha um público que gosta mais do canal do Instagram e outro é mais da newsletter e entender que é uma forma das pessoas optarem como querem interagir e consumir conteúdo na empresa”, frisa.
Na Unico, no ano passado a comunicação interna foi revista. Foi criado um espaço para que as lideranças se reúnam e compartilhem sobre os problemas de cada setor. A cada duas semanas, os colaboradores se encontram e debatem os assuntos “Nossa preocupação não é ser apenas uma comunicação Top Down, mas fluir entre os espaços”, afirma Daniela.
Na Nissan, o trabalho híbrido já tínhamos antes da pandemia, um dia por semana os colaboradores poderiam estar fora do escritório, o que contribuiu para o trabalho em home office, durante a crise sanitária. Louro acredita que no campo da comunicação interna, o papel da liderança foi importante, porém, notou-se que precisava de mais interlocutores para fazer as informações fluírem melhor entre os colaboradores: “Começa a ter mais interlocutores, mais gente falando, tentamos dar voz ao máximo de gente possível”.
No UnitedHealth Group, antes da pandemia a empresa apostava no modelo tradicional de comunicação. Com as regras sanitárias e os afastamentos dos funcionários do ambiente de trabalho, a empresa precisou adotar medidas diferentes. No novo modelo, o grupo procurou diferentes vozes para o ambiente de trabalho através de voluntários que recebem as notícias de maneira antecipada e ajudam a propagar pelo boca-a-boca dentro das unidades. ” Um dos ensinamentos que aprendemos, é que a comunicação não precisa ser só digital, tem outras possibilidades, como os agentes”. acredita Suzie
O Fórum Empresas que Melhor se Comunicam com Colaboradores é um co-branding entre as plataformas Melhor RH e Negócios da Comunicação. Quer conferir todos os debates e conversas do evento?
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