Conversas do mundo pós-pandêmico

Os profissionais de comunicação serão fundamentais para apoiar as companhias na construção de ambientes engajados e produtivos, que aproveitem os aprendizados do trabalho remoto

A pandemia evidencia nossas fragilidades enquanto seres humanos e sociedade, mas mostra também a capacidade de desenvolvermos vacinas em tempo recorde. É justamente este feito da ciência que nutre nossas esperanças para vermos declinarem as curvas de infecção de forma consistente, criando as condições para sairmos do isolamento social. Esta porta de saída também expõe nossas desigualdades. Enquanto alguns países colocam em prática planos arrojados de imunização, outros dependerão de programas internacionais para proteger suas populações.

E neste contexto de incertezas a comunicação se consolidou como setor essencial. Enquanto a imprensa é determinante para disseminar informações de qualidade, a comunicação corporativa tem o desafio de apoiar as organizações a trafegar na imprevisibilidade. Mais cedo ou mais tarde, quando a Organização Mundial da Saúde anunciar que entramos na fase pós-pandêmica, teremos talvez outros desafios inéditos pela frente.

Desafios

Podemos prever uma ampla expectativa por geração de emprego e renda, ao mesmo tempo em que teremos os países em uma situação fiscal estressada pela recente queda da atividade econômica global. A solução para isso virá com muito diálogo. A comunicação corporativa, neste sentido, pode apoiar na construção de pontes e espaços de escuta e compreensão entre os diversos atores econômicos.

Os profissionais de comunicação também serão fundamentais para apoiar as companhias na construção de ambientes engajados e produtivos, que aproveitem os aprendizados das experiências do trabalho remoto. De forma coordenada, os espaços profissionais também precisarão de ampla sensibilidade para lidar com colaboradores que tiveram suas vidas marcadas pela pandemia, cujos efeitos à médio e longo prazo para a saúde humana ainda desconhecemos.

O efeito na comunicação, por outro lado, é claro: trata-se cada vez menos de falar sobre marcas e produtos e cada vez mais sobre a sociedade e as necessidades humanas. Essa tendência permanecerá e deverá ser renovada. Certamente aquelas organizações que já estão sensibilizadas para essa realidade farão história em futuro próximo.

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