O 3º Fórum Empresas que Melhor se Comunicam com Colaboradores começou nesta segunda-feira (29) trazendo especialistas que contaram experiências transformadoras. O evento on-line, e de participação gratuita, continua o clima de alto-astral e de muitas novidades e inovações na área, após o 2º Prêmio Empresas que Melhor se Comunicam com Colaboradores, que aconteceu na última terça-feira (23), no Teatro do CIEE em São Paulo. Ambos os eventos são organizados pelas Plataformas Negócios da Comunicação e Melhor RH, que fazem parte do Cecom – Centro de Estudos da Comunicação.
Na abertura do Fórum, Márcio Cardial, diretor do Cecom e publisher das Plataformas Negócios da Comunicação e Melhor RH, destacou que o evento de hoje “é um avanço na jornada de reconhecimento da Comunicação Interna nas organizações”. E lembrou que no dia 23 “celebramos o compromisso e a excelência das empresas e promover uma comunicação interna eficaz e impactante”. E nestes dois dias do Fórum “mergulhamos ainda mais nas práticas, desafios e oportunidades que permeiam esse universo crucial para o sucesso organizacional”. Cardial falou ainda que no Fórum como no Prêmio “procuramos não apenas aprender, mas inspirar”. E não deixou de citar que nessa 2ª edição do Prêmio Empresas que Melhor se Comunicam com Colaboradores “tivemos 187 cases inscritos”. Um testemunho do comprometimento e criatividade das empresas pela criatividade e excelência na comunicação interna. Este é o único prêmio que consagra os esforços das áreas de comunicação interna e RH pela busca dos mesmos objetivos. E no final de maio estará no ar o banco de cases desse Prêmio.
E o 3º Fórum Empresas que Melhor se Comunicam com Colaboradores – Você sabe com quem está falando?, é um espaço não apenas para troca de experiências, como também possibilita a reflexão sobre o papel da comunicação interna.
Muita tecnologia
O primeiro dia teve 8 painéis. Começou com “Uma dupla de milhões – Os benefícios da união entre comunicação e IA”, com as participações de Hugo Godinho, CEO da Dialog; Leonardo Bertoldo Wollinger, diretor de Criação da Clima Comunicação (Agência Destaque no 2º PEMCC); e Igor Gavazzi Vazzoler, CEO da Progic e que também fez a palestra de abertura no 2º PEMCC. Ao abordar o tema Vazzoler declarou que o mercado ainda está absorvendo todas essas novidades aos poucos, Wollinger concordou e disse que hoje temos um cenário mais promissor para as pessoas entenderem o que faz mais sentido em suas organizações e o que conseguem implementar no dia a dia. E Godinho arrematou que esse é um caminho sem volta, é questão de saber usar e ganhar confiança com a inteligência artificial, e análise de dados.
Sobre automação e corte de pessoal, uma provocação feita por Wollinger e o que isso afetaria a equipes de comunicação. “O momento é promissor”, avaliou Godinho, pois agora a comunicação interna ficou ainda mais estratégica. Wollinger, sobre turnover é algo a ser avaliado, pois a comunicação ganhará mais força nas estratégias do negócio com tais tecnologias. “Sairemos de uma imagem de primo pobre para o de protagonismo, de muito engajamento nos negócios”, insiste.
Comunicação no centro
No painel “Você sabe com quem está falando – comunicação e influencia no centro da estratégia”, reuniu as feras Thiago Massari, líder de Comunicação Integrada da Bayer Brasil; Flávia Caldeira, diretora-geral da LLYC e Angélica Consiglio, CEO da Planin. Para Angélica, a comunicação está no centro dos avanços, sejam eles pessoais ou empresariais. “Estamos na era da pós verdade, temos a inteligência artificial, deep fakes, e as redes sociais dando poder para milhões de pessoas se manifestarem o tempo todo” Ela citou ainda pesquisa da Ipsos mostra que 90% dos brasileiros questiona o que as pessoas dizem, e a média mundial é 30%. A desconfiança interpessoal prejudica os negócios, o trabalho em equipe. A boa notícia é que as empresas podem se preparar para esse novo ambiente, com os executivos desenvolvendo os soft skils, e lideres e profissionais também estejam preparados para o diálogo. Ambiente de comunicação de uma via só não existe mais. Diversidade, ESG e trabalho em colaboração permeiam toda a organização, como RH e Comunicação Interna, dirigindo essas questões.
Massari complementou dizendo que como área estratégica “temos que o tempo todo ouvir, repensar, e muitas vezes fazer uma correção de rumos. Aprender todo dia e nessa troca que gera capacidade de ler cenário e contexto para adaptar a nossa estratégia”. Adaptação é a palavra-chave, segundo ele, pois hoje planejamento é feito em ciclo de poucos meses e não mais anual.
“Comunicação não é uma ciência exata”, diz Flávia, ajudando no debate, reforçando a necessidade de saber ouvir. “Um colaborador hoje é um embaixador de sua empresa”. Toda equipe tem que saber se comunicar melhor, e Flávia usa o teatro muitas vezes para entender esse processo nas corporações.
Na sequência, o painel “Quando a cultura ganha voz – a hora de elevar a voz e a influência dos colaboradores”, com Igor Gavazzi Vazzoler, CEO da Progic; Cleide Cavalcante, gerente de Comunicação Corporativa da Progic; e Malu Weber, vice-presidente de Comunicação da Bayer Brasil. Malu começou falando da importância de criar espaço e ambiente nas empresas onde as pessoas se sintam seguras, seja para perguntar, trazer ideias fora da caixa… “Mas esse ambiente diverso tem que existir com pessoas diversas”. Vazzoler aponta um básico na comunicação das empresas que é a relação interpessoal, entre as pessoas, principalmente entre lideres. Independentemente de ferramentas e técnicas, é impactante no negócio para a saúde emocional e segurança psicológica.
Em “De volta ao básico – muito zelo, pouca ação: porque a comunicação ficou tão difícil?”, teve a presença de Claudia Cezaro Zanuso, sócia diretora da Duecom Comunicação, Cássia Monteiro, gerente de Comunicação Interna e D&I para a América do Sul; e Juliana de Araújo Xavier, coordenadora de Comunicação Corporativa e Imprensa do Banco Mercantil. Juliana colocou a necessidade de se comunicar de uma forma que o outro entenda, isso é básico. “Temos diversas gerações no mercado de trabalho coexistindo hoje”, justifica. E assim, no entendimento de Cássia, “devemos entender para quem estamos comunicando, porque comunicação é via de mão dupla”. Claudia acrescenta que “devemos conhecer o perfil do público e devemos lembrar que estamos falando por uma pessoa jurídica”.
No painel seguinte, “Triagem de relevância – como dosar a comunicação na era da infotoxicação”, participaram Elizeo Karkoski, sócio-diretor da P3K; Luciane Reis, head de Comunicação para América Latina da Nutrien; e Marcelo Cosentino, gerente de Comunicação Interna e Externa da Toyota do Brasil. “Essa questão passa por conhecer seu público”, ensina Luciane, reforçando a necessidade de uma escuta ativa. Saber o que as pessoas estão falando e o que querem saber. “Temos que priorizar a informação e saber utilizar os canais corretos”, complementa Karkoski. E evitar duplicidade: enviar um email e depois avisar por WhatsApp que enviou o email. “Temos que ter prioridade e efetividade, se não as pessoas não entendem o que queremos comunicar”, complementou Cosentino.
A seguir, “Cultura na prática – como trilhar conversas delicadas no ajuste de conduta”, com Anne Tsumori Maezuka, gerente de Comunicação do Grupo Marista; Elcio Trajano Junior, CHRO – diretor de RH, Sustentabilidade e Comunicação da Eldorado Brasil Celulose; e Márcio Cavalieri, sócio e cO-CEO do Grupo RPMA. “Comunicação é essência, a liga de qualquer organização”, abre Cavalieri. “É preciso deixar as regras do jogo clara”, opinou Anne. “Antes dos ajustes de conduta, precisamos explicar como as coisas funcionam na empresa”, continuou. “A confiança é parte importante do processo”, disse por sua vez Trajano Junior. “Na Eldorado temos muito claros nossos valores e crenças”, explicou.
Penúltimo painel: “O preço da confiança – o cuidado com o risco reputacional começa dentro de casa”. com Andreia Figueira de Mello Silva, coordenadora de Comunicação Interna & Cultura da Nauterra; Nêmora Müller Reche, diretora de Comunicação Corporativa América Latina e Brasil da Syngenta Proteção de Cultivos; Leila Gasparindo, CEO da Trama Comunicação. “Antes esse assunto ficava no código de conduta e área jurídica da empresa”, recorda Leila, código esses muito em juridiquês e de pouco entendimento para o público. “Depois, um boom do tema, com envolvimento das área de comunicação. Hoje temos um entendimento que o compliance, código de conduta e Lei Geral de Proteção de Dados, passam a exigir cultura de integridade na organização. E comunicação bem demandada para isso”. Para Andreia, confiança é o elo fundamental para fortalecer e trabalhar a questão da transparência. “A transparência que gera confiança”. E Nêmora diz que as pessoas precisam se sentir parte de um todo, do ponto de vista da organização e da sociedade. Entender os rituais e se inserir na cultura. “A questão da transparência é fundamental sim, e canais de comunicação deve ser responsivo de diversas formas, pois tem perfis diferentes na empresa”.
Finalmente, o último painel, “Play no debate – o diferencial de comunicar por vídeos”, com Vitor Miranda de Almeida, CEO da Invitro Global; Suzie Clavery, CHRO – Chief Human Resources Officer LATAM na TotalPass; e Carine Eifler, analista de Endomarketing da Atlas Eletrodomésticos. “O consumo de vídeos nas redes sociais cresce a cada ano e não seria diferente na comunicação interna, pois o audiovisual é uma ferramenta poderosa”, iniciou Almeida. “A comunicação hoje deve ser feita rápida e ao mesmo tempo de forma leve”, opinou Carine, “para chegar ao colaborador da forma que ele precisa entender”. E Suzie falou da concorrência entre os canais internos e externos, “devido ao grande volume de informações, e o vídeo é muito atrativo”.
Amanhã, terça-feira (30), continua o Fórum, com novos temas, experiências e speakers.
Assista aqui o dia 1 do Fórum.
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