Felicidade não tem idade

Para os recém-ingressantes no mercado de trabalho, como para os profissionais mais experientes, o etarismo ainda é um desafio nas organizações

Do primeiro emprego à busca de oportunidades profissionais de quem já atingiu 50 anos ou mais, são dos extremos que possuem desafios próprios no drama da empregabilidade. O assunto foi tratado no 3º Fórum Melhor RH Felicidade Corporativa, iniciativa do Cecom – Centro de Estudos da Comunicação e Plataformas Melhor RH e Negócios da Comunicação.

No painel “Felicidade não tem idade – Como promover o bem-estar corporativo atendendo às demandas geracionais”, o debate envolveu principalmente as novas gerações, contudo, pelos pontos positivos, para além do termômetro do engajamento limitado. Nas falas de Rodrigo Dibsuperintendente Institucional do Centro de Integração Empresa-Escola – CIEE, Sergio Amad, CEO da Fiter, e Ana Paula Franzoti, diretora de Cultura e Equidade, Diversidade e Inclusão da Unilever Brasil, ficou claro que diversidade de perfis etários no ambiente corporativo traz uma série de vantagens valiosas para as empresas. Cada geração traz suas próprias perspectivas, experiências e habilidades para o local de trabalho, e a combinação desses diferentes perfis pode ser benéfica de várias maneiras.

Amad faz um recorte neurocientífico sobre o tema: “Quando você se sente bem, quando seu olho brilha, quando você sente muita energia, existe uma explicação técnica. Em tempo real, a cada segundo a gente produz hormônio, tais como cortisol, dopamina, serotonina, oxitocina. Esse equilíbrio hormonal vai criar sensações de bem-estar, que por sua vez criam predições de alta performance”, comenta o executivo.
Os participantes engatam em um bate-papo sobre conceito de felicidade no trabalho e entram na questão da diversidade geracional vivida hoje no ambiente corporativo.

O Superintendente Institucional do Centro de Integração Empresa-Escola – CIEE, Rodrigo Dib, fala sobre esse conceito no ingresso do jovem no mercado de trabalho. O executivo enfatiza que o momento de vida que esse jovem está passando pode fazer toda a diferença na motivação de seu primeiro emprego. “Quando eu sou jovem o que me motiva é absolutamente diferente do que motiva um pai ou mãe de família”, avalia ele. Segundo Dib, é essencial olhar para esse jovem com olhar de desenvolvimento, de respeito e de confiança. “Para um jovem existe felicidade sem efetivamente, quem estiver trocando com ele entender o que ele busca. Esse jovem busca se desenvolver, busca aprender coisas, ele busca estar em um ambiente de respeito a quem ele é e que ele possa ser uma potência, pois o jovem é uma esponja quando entra no mercado de trabalho”, enfatiza o executivo.

Em entrevista complementar a este painel, Dib enfatizou, de maneira geral, a necessidade de um espaço para que as pessoas possam ser quem são, dizer como estão e serem acolhidas em seus humores, falar sobre tudo abertamente – um lugar sob a promoção da empatia com o outro. “Vamos continuar cobrando resultados, meta, mas sabendo que é um ser humano que está ali”, diz Dib.

Ana Paula Franzoti,  diz que assina embaixo das colocações de Rodrigo Dib e faz um recorte em cima de 3 pontos. Para a executiva, as gerações vão se adaptando a como o trabalho se apresenta para elas. Ana Paula relembra as dinâmicas de trabalho na geração do pai dela, um senhor de 70 anos que viveu em uma época em que a felicidade no trabalho era que ele pudesse proporcionar a compra da casa própria e possuir algumas “seguranças” como plano de saúde e previdência. Já a geração da executiva passou pela fase da realização pela performance em que a felicidade no trabalho vinha atrelada a um bom cargo de liderança aos 30 anos. “Hoje, o jovem chega no mercado de trabalho com angústias e inseguranças muito diferentes das gerações passadas. Um jovem que a gente precisa dialogar sobre habilidade socioemocional, sobre gestão de tempo, a gente precisa falar que ele é possível sim”, comenta Ana Paula, mas completa dizendo que é interessante perceber como as reclamações sobre o que está ruim no trabalho são basicamente as mesmas em todas as gerações. Há a reclamação com a liderança, do ambiente de trabalho e outros contextos muito parecidos.

“Hoje o trabalho tem significado para essa moçada. Eu não quero trabalhar em uma empresa que impacta o meio ambiente, eu não quero trabalhar em uma empresa onde eu não posso usar meu cabelo afro. Eu não quero trabalhar em uma empresa onde eu não possa expor minhas tatuagens”, avalia ela.
Outros temas foram colocados em pauta e debatidos pelos participantes. O trabalho híbrido como benefício que tanto os colaboradores mais jovens, como os mais velhos, valorizam. Falaram também sobre flexibilidade e jornada, ambiente de trabalho, conexão, relacionamento, a troca de experiências corporativas para as diferentes gerações.

Ana Paula fecha as considerações: “Não reclame daquilo que você permite. Portanto, quando a gente mapeia aquilo que nos deixa satisfeito, que caminhos você precisa percorrer, que estratégias você precisa adotar para ficar mais conectado nesse caminho?”, questiona a executiva, que afirma que para ela é ilusão achar que que vai ser 100% feliz no trabalho. Mas como que a gente realmente gera uma satisfação e uma conexão com aquilo que você acredita que seja melhor para você e para o mundo.

_______________________________________
Os dois dias do 3º Fórum Felicidade Corporativa estão disponíveis no You Tube da Melhor RH, totalmente gratuito, acesse

Primeiro Dia e

Segundo Dia


Oferecimento:

     

Conteúdo RelacionadoArtigos

Próximo Artigo

Portal da Comunicação

FAÇA LOGIN ABAIXO

Recupere sua Senha

Por favor, insira seu usuário ou email