Abordagem da ESG nas redes sociais expõe dificuldades das empresas ao tratar o tema

Apesar de a pauta apresentar avanço no meio corporativo, pesquisa mostra que conteúdo nem sempre tem consistência

A pesquisa proposta pela Percepta Marketing e Comportamento sobre ‘Desafios do ESG para a reputação das empresas’ mostra que a pauta ganha investimento e atenção nas organizações, mas nem sempre com aprofundamento em relação aos conceitos e valores da ESG.
Segundo a pesquisa que aborda aspectos relacionado à prática ESG e como elas contribuem para a reputação de marcas, 79% das empresas aumentaram recursos no exercício de 2021.

Além disso, 71% dos entrevistados reportam que tantos assuntos de ESG como de reputação tiveram alto impacto em suas empresas no último ano.
Victor Olszenski, sócio da Percepta Marketing e Comportamento, alerta para os cuidados na abordagem e aprofundamento das pautas. “A pesquisa também indica que o esforço das empresas em demostrar aderência aos postulados ESG nem sempre é motivado por clara compreensão e convicção em relação a seus conceitos e valores – o que pode levar as ações a se voltarem contra a reputação corporativa, ao invés de favorecê-la”, afirma.

“Entre as postagens com conteúdos ESG, 61% mostram pouca consistência ou superficialidade e muitas iniciativas divulgadas dizem respeito a práticas regulamentadas por lei, como contratação de pessoas com deficiência (PCDs) ou incentivo a práticas esportivas”, acrescenta Marcello Guerra, diretor da Somatório Inteligência Direcionada.

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Engajamento

Foram analisadas 13,7 mil postagens de 120 empresas de médio e grande porte em redes sociais (Linkedin, Facebook e Twitter) com aferição de nível de engajamento por meio de likes, comentários e compartilhamento.

Entre as postagens corporativas, o assunto corresponde à 25% do total, demonstrando o interesse das empresas em se mostrarem aderentes aos conceitos de ESG.

O destaque de engajamento foi para tema ambiental, que apresentou 47% das reações, seguido por social (32%) e governança (21%).
Além da análise de postagens, o estudo também realizou entrevistas em profundidade com executivos de 45 empresas para investigar questões relacionadas às agendas e reputação.

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