É indiscutível que o ser humano é um ser social, e não está acostumado a viver sozinho, segundo Aristóteles “o homem é um ser social porque é um animal que precisa dos outros membros da espécie…”.
Para ele, o homem precisa de outras pessoas porque é um ser carente. Assim, precisa de outras pessoas para se sentir pleno e feliz. Já o ponto de vista de Rousseau é que “O homem é sociável, antes mesmo de socializar. Possui um potencial de sociabilidade que somente o contato com algumas forças hostis podem expor.”
Ele enfatiza que todos devem estar sob a vontade geral. Para atingir a vontade geral é necessário que a sociedade reduza a desigualdade social, pois assim as opiniões, conceitos e principalmente vontades seriam mais próximos e estreitos.
Profissionais mais produtivos
Para entender o que os autores defendem, imagine que somos animais e temos a necessidade de viver em bando. Sem os membros integrantes do nosso grupo, não conquistamos a plenitude e nos tornamos animais tristes. Quando estamos juntos, nos sentimos protegidos, amados, valorizados e próximos.
Se aplicarmos essa analogia Aristotélica e Rousseauniana para o mundo corporativo, podemos afirmar que quando nossos colaboradores fazem parte de um grupo sociável, passam a sentir mais felizes, valorizados e consequentemente se tornam profissionais mais estreitos e produtivos!
Nessa ótica as empresas começaram a compreender a importância de departamentos de Recursos Humanos, Gente e Gestão e especialmente Comunicação Interna.
Muitas empresas com certificações “Great Place to Work” e “Top of Mind” fizeram grandes investimentos nessas áreas, pois entenderam a chave da produtividade.
Desafios
Durante a evolução desse percurso, eis que surge um dos maiores desafios mundiais, não só sanitário e econômico, mas também humanitário. Mesmo empresas que tinham sólidos investimentos nessas áreas, tiverem que acelerar seu ritmo, pois ainda não estavam preparadas tecnologicamente a distanciarem 100% do seu staff de suas bases físicas.
Foi aí que começou a corrida, especialmente das áreas de TI e Suporte, para evolução do ambiente de trabalho em home-office. Desafios de infraestrutura e segurança da informação, desde internet, extensão de rede privada virtual, liberações distintas de acessos virtuais. Assim como para outros departamentos, na adaptação de reuniões, projetos, eventos, etc. tudo isso no formato online. O que muitos na época nomearam como “o novo normal”.
Todas essas adaptações ajudam muito na organização do dia-a-dia do trabalho remoto, mas mesmo assim, ainda havia a necessidade de aproximar a empresa, sua filosofia, cultura e valores, das pessoas que lá trabalham. Como fazer essa aproximação num cenário de distanciamento social? Como integrar novos colaboradores remotamente?
Novas ferramentas
Foi nessa adaptação relâmpago, que surgiu essa necessidade de as empresas buscarem ferramentas e plataformas de tecnologia para aproximação das pessoas.
Já existiam canais como exemplo intranet, e-mail, televisão corporativa e mural, que estavam perdendo seu engajamento por dois motivos principais, o distanciamento físico das pessoas e a passividade desses canais, o colaborador vê a informação importante no momento que achar oportuno, e não no momento que a empresa precisa que a informação seja vista.
Isso implicou em muito retrabalho para diferentes departamentos, pelo baixo engajamento do público interno. Como a aplicação de pesquisa de clima, o compartilhamento de documentos de compliance, ou então a atualização de sistemas importantes do TI nas máquinas.
Neste cenário, vimos crescer a procura por três tecnologias inovadoras:
Redes Sociais Corporativas
Um dos canais que mais cresceu entre 2020 e 2021, as redes sociais!
Entre as plataformas mais utilizadas, posicionadas como redes sociais corporativas, aparecem nomes como Yammer e Teams da Microsoft, o Slack, e o Workplace do Facebook. Soluções que já existem no Brasil desde 2012, 2013 e 2016 respectivamente, mas só ganharam força efetiva no ano de 2020.
Este canal é capaz de integrar um grande número de pessoas e promover interação, conectando pessoas da empresa, como um hub. Nele, os usuários podem usar grupos de trabalho e discussão, postar mensagens e comunicados, entre outras funcionalidades.
Uma forma inovadora de otimizar a comunicação interna. É importante, porém, ter alguns cuidados para que os colaboradores não se distraiam em demasiado, com atividades paralelas. Para isso, é preciso deixar claro o propósito da rede, estabelecer um moderador, responsável por aprovar as publicações, e também criar um manual de conduta para utilização.
Disparos corporativos na Tela do Desktop dos colaboradores
Um canal que consiste em disparos oficiais da empresa, direto na tela do desktop de seus colaboradores, no formato “White label” e de forma ativa, ou seja, os colaboradores receberão os comunicados no momento em que a empresa desejar enviá-los.
Segundo dados da Tibox Innovations, empresa percursora dessa tecnologia no Brasil, esse tipo de comunicação contribui com máxima audiência e engajamento acima de 95% das pessoas com os conteúdos publicados e sem competir com nenhum outro canal, a empresa inclusive, se posiciona como uma plataforma potencializadora, contribuindo também com o engajamento, de outros canais.
Neste formato a organização tem autonomia na criação de conteúdos distintos, assim como uma Newsletter, criando mídias mixadas com imagens, textos, botões, links, vídeos, animações e pesquisas completas, para efetuar disparos na tela dos colaboradores de forma segmentada, para o público-alvo desejado, programada, no dia e horário definidos e ainda com relatórios em tempo real.
Aplicativos corporativos
Os aplicativos estão cada vez mais populares. Segundo a 31ª Pesquisa Anual do FGVcia, só no Brasil são mais de 234 milhões de celulares (smartphones) com mais de 1 por habitante em uso.
Além disso, essa é uma solução que oferece mais mobilidade — todo mundo pode levar o aplicativo para qualquer lugar, e ter a informação na palma da mão. Atualmente, existem grandes variedades de empresas, que desenvolvem aplicativos de forma segura, com código de verificação e criptografia, para que somente membros da empresa possam baixar o App e ter acesso às informações pertinentes.
Com um aplicativo corporativo, podem-se publicar informações, segmentar o público interno e interagir de maneira mais rápida e eficaz com os colaboradores.
Porém, ainda existem em algumas empresas impasses de compliance e segurança que devem ser avaliados antes da contratação, especialmente para celulares não corporativos. Por isso na hora de escolher um aplicativo é importante avaliar a credibilidade e confiança da empresa que o desenvolve e fazer um benchmark para validação.
Comunicação nas empresas
Estes canais são algumas das novidades tecnológicas que, por um cenário mundial pandêmico, foram aceleradas tanto em recursos, quanto em procura e contratação.
Se plataformas como estas não existissem, certamente as empresas teriam muito mais dificuldades em vários aspectos. Imaginou enfrentar uma crise dessas nas décadas de 80 ou 90? O que as empresas teriam feito, naquela época, para administrar a ausência de seus funcionários nas estações de trabalho?
Podemos dizer que a tecnologia ajudou não só a Comunicação das empresas com seus colaboradores, mas também a economia e a vida social das pessoas. Ainda bem.”