Como marcas e influencers lidam com os discursos de ódio

Comentários ofensivos e discursos de ódio são cada vez mais comuns nas redes sociais e têm sido combatidos por influenciadores e marca

Conhecido como haters na internet, o público das redes sociais que faz críticas pesadas a influenciadores e marcas muitas vezes chamam mais atenção do que o próprio conteúdo compartilhado. Durante o 7º Fórum Marketing de Influência, Emerson Neves, da ACOUT, mediou um debate com a influenciadora Camila Monteiro e Mariana Maciel, líder de comunicação digital da Bayer, sobre como se comportar diante de quem espalha ódio online.

Camila atua nas redes sociais promovendo a autoestima, aceitação do corpo e quebra de padrões estéticos. Por mostrar seu corpo antes e depois de um processo de emagrecimento, recebe diversas críticas e ofensas em todas as plataformas em que atua. “Fui xingada e criticada minha vida toda, mas com a internet isso ganhou mais forças. As pessoas me criticam nos comentários, diretamente pelo Instagram e nas páginas de outros”, conta.

Educar as pessoas na internet

Para ela, a estratégia para combater o ódio foi escancará-lo para os demais. “Comecei a expor e a educar as pessoas na internet. A melhor forma de não se deixar afetar por essas pessoas é se conhecer, ter uma base sólida, noção de quem você é, para poder usar as ferramentas para combater isso. Se uma pessoa tenta te ofender e você está seguro dos seus princípios, consegue ignorar isso”.

Mariana Maciel, da Bayer, contou qual é a postura da marca em posts que recebem críticas. “Como estamos em dois setores que costumam gerar debates, agropecuária e indústria farmacêutica. E temos projetos com inclusão, que nos fazem sofrer muitos ataques. Um deles foi o lançamento do Trainee só para negros, que lançamos junto com a Magazine Luiza – a gente apanhou demais”, lembra.

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Emerson Neves, da ACOUT, a influencer Camila Monteiro e Mariana Maciel, da Bayer falam sobre como lidar com os haters

Análise de cada caso

“Temos algumas estratégias, que é perceber se é um comentário leve, como uma opinião, se é feito por falta de conhecimento ou se são haters mesmo, com comunicação violenta, palavrões, citando nomes de funcionários. Aí temos que apagar para não parecer que estamos compactuando. Analisamos se vale a pena chamar aquelas pessoas para uma conversa educativa e esclarecedora ou se é basicamente alguém que não está ali para mudar”, explica Mariana.

“O importante é você dosar sua energia e saber o que vale a pena fazer. Você pode educar as pessoas, dialogar ou simplesmente não deixar que isso tome seu tempo, porque eles vão sempre existir e não podem, jamais, ser maiores que sua pauta, seu conteúdo. E aceite o apoio de quem está do seu lado”, aconselha Camila.

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