Pela primeira vez em sua história a The New York Times Company registrou maior faturamento com a versão digital do que com a impressa. A marca de US$ 185,5 milhões foi resultado das receitas publicitárias e das assinaturas digitais. Em comparação, o impresso arrecadou US$ 175,4 milhões no segundo trimestre.
O resultado superou as estimativas dos analistas de Wall Street que previam o lucro de 0,01 dólar por ação contra os 0,18 dólar obtido pela The New York Times Company. Mark Thopson, presidente e diretor executivo da The New York Times Company, apontou que foram adicionadas um total de 669 mil novas assinaturas digitais ao grupo, sendo 493 mil ao produtos principal de notícias e 176 mil aos outros produtos digitais, que incluem podcasts e palavras cruzadas.
Queda na publicidade
Com a retração das receitas publicitárias em 43,9% em relação ao 2º semestre de 2019 frente a pandemia do novo coronavírus, e a disputa de anúncios com gigantes como Facebook e Google, a The New York Times Company apostou em uma mudança de rota para fugir da dependência da publicidade. A estratégia foi apostar em um modelo de negócio sustentados por assinantes.
“Publicamos nossos melhores resultados para novas assinaturas digitais e, pela primeira vez em nossa história, a receita total digital excedeu a receita do impresso”, afirmou o presidente-executivo da empresa, Mark Thompson, em comunicado.
Meta para 2025
Os produtos digitais tiveram um aumento de 29,6% na receita, alcançando a cifra de US$ 146 milhões. Em contrapartida, as assinaturas da edição impressa viram uma queda de 6,7% – para US$ 147,2 milhões. A redução também foi consequência das políticas de distanciamento social, pelo impacto no varejo, já que a receita dos produtos com entrega a domicílio se manteve estável.
Com o resultado obtido, a The New York Times Company contabilizou 6,5 milhões de assinaturas totais sendo 5,7 milhões de assinaturas digitais. Thompson ressaltou que a empresa está no caminho correto para alcançar a meta de 10 milhões de assinaturas até 2025.