Facebook lança Messenger Rooms para concorrer com Zoom

O aplicativo para chamadas de vídeo chega ao mercado com a proposta de ser mais casual do que seu concorrente, o Zoom, e promete mais facilidade no uso e opções de criação de salas, controle de contatos e mais

O Facebook anunciou nesta sexta-feira, 24, que está lançando um novo recurso de chamadas de vídeo, para competir com o Zoom. O Messenger Rooms fará parte do Facebook Messenger e terá capacidade para conversas de até 50 pessoas. Segundo Mark Zuckerberg, fundador e presidente executivo do Facebook, a ferramenta foi planejada para ser “mais casual e menos corporativa”.

Assim como no Messenger, não será necessário possuir uma conta no Facebook para acessar as salas. As chamadas também serão gratuitas e sem limite de tempo, com a possibilidade de criação de salas de conversa. “Todos os produtos foram focados principalmente em empresas e pensamos que havia a capacidade de fazer algo no espaço do consumidor”, disse Zuckerberg.

De acordo com a empresa, as chamadas não serão monitoradas e também não será possível gravar as ligações, como acontece no Zoom. Os algoritmos, porém, vão ser capazes de determinar quais as salas estarão disponíveis para o usuário, e os criadores das chamadas poderão adicionar, excluir ou tornar as salas privadas. “Todos nós temos um tio qualquer ou alguém que você adicionou há alguns anos. Nem todos os seus amigos do Facebook são alguém com quem você deseja conversar”, afirmou Zuckerberg.

Além disso, o Facebook também anunciou que vai adicionar ao Facebook Dating, seu serviço de relacionamentos pela internet, a possibilidade de se fazer chamadas de vídeo. “Será possível convidar os seus matches para conversar e conhecê-los melhor”, disse o empresário e fundador ao apresentar a funcionalidade. Segundo ele, os sobrenomes dos usuários não serão mostrados nesse tipo de chamada – uma função de segurança presente em muitos apps do tipo. Vale lembrar que neste período de pandemia e isolamento social, aplicativos de namoro, como o Tinder, apresentaram um aumento no número de acessos e de ‘swipes’, as ‘arrastadas’ para direita (ou esquerda) que os usuários utilizam para escolher seus pares.

O Zoom também mostrou crescimento na pandemia, o que fortaleceu a ideia de um escritório da empresa ser aberto no Brasil. O aplicativo encontrou um grande mercado e cresceu cerca de 19 vezes entre dezembro de 2019 e março de 2020, porém, tem sofrido com algumas falhas de segurança que afastaram parte dos usuários. O Zoom foi acusado de enviar dados dos usuários de iOS para o Facebook sem permissão. As falhas também estão na segurança das mensagens, que não eram criptografadas, o que podia resultar em vazamento e roubo de dados. Ainda, chamadas podiam ser invadidas e foi descoberto que 500 mil contas de usuários estavam à venda na Dark Web para hackers. Tudo isso chamou a atenção para repensar o uso da ferramenta e optar por outras alternativas.

Para investir, então, em uma outra plataforma de chamada de vídeo, Zuckerberg afirmou que está aprendendo com os erros cometidos pelo Zoom e o Facebook tem tentado acompanhar o aumento da demanda pelos aplicativos em tempos de covid-19. O volume de ligações no WhatsApp e no próprio Messenger, tem ultrapassado os 700 milhões por dia, em áudio e vídeo. No Instagram, as transmissões ao vivo agora podem ser assistidas também pelo computador, e o Facebook Gaming está recebendo atualizações para suportar streamings de gamers.

Com o anúncio do Messenger Rooms, as ações do Zoom caíram cerca de 6% no mercado – na quinta-feira, 23, após anunciar que havia chegado a 300 milhões de usuários, a empresa bateu recorde de valorização na bolsa de valores, chegando a ser cotada em US$ 47 bilhões.

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