Por Elcio Trajano Junior
O setor de base florestal brasileiro é um dos pilares mais estratégicos da economia verde. Ele é sustentável por natureza, e mostra há décadas que é possível conciliar produção, geração de renda e conservação ambiental.
Em um mundo que discute metas de descarbonização e transição energética, sobretudo neste ano, em que a Conferência da ONU para as mudanças climáticas (COP) ocorre no Brasil pela primeira vez, o setor florestal se destaca por resultados concretos. Suas florestas plantadas sequestram mais carbono do que as operações do setor emitem, ajudam a preservar biomas naturais e promovem o uso responsável do solo. Trata-se de uma
contribuição silenciosa para mitigar as mudanças climáticas.
Poucos segmentos evoluíram tanto nos últimos anos. A indústria florestal passou de um universo técnico e pouco conhecido a um agente relevante da economia e da agenda ESG. Durante a pandemia, ganhou ainda mais protagonismo ao garantir o fornecimento de itens essenciais, como papéis sanitários e embalagens, reforçando seu papel estratégico para o país.
Além disso, é um dos maiores motores da balança comercial brasileira, com exportações que somam bilhões de dólares e produtos certificados que chegam a todos os continentes. Esse desempenho também se reflete no impacto social. De acordo com a Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), o setor gera mais de 2,5 milhões de empregos diretos e indiretos, impulsionando o desenvolvimento de diversas regiões, especialmente no interior do país.
Estados como o Mato Grosso do Sul se transformaram em polos industriais e tecnológicos, atraindo investimentos e exigindo novas qualificações profissionais. A essencialidade da comunicação – Por trás dessa trajetória, a comunicação tem papel crucial. É ela que aproxima o setor da sociedade, combate percepções equivocadas e mostra, com transparência, a importância de um segmento que consegue equilibrar inovação, sustentabilidade e desenvolvimento regional. Também é por meio da comunicação que se constroem relações sólidas com governos, comunidades e parceiros.
“O setor gera mais de 2,5 milhões de empregos diretos e indiretos, impulsionando o desenvolvimento de diversas regiões, especialmente no interior do país”
Internamente, a comunicação atua como vetor da cultura organizacional. Ela ajuda no engajamento de colaboradores em torno de um propósito comum e reforça valores de sustentabilidade, segurança e excelência. Essa conexão entre propósito e prática é o que sustenta o futuro do setor, principalmente em momentos de franca expansão, como o atual, em que o tema “pessoas” se torna um desafio ainda maior.
Mais do que um conjunto de empresas, a base florestal brasileira representa uma cadeia produtiva moderna e comprometida com o futuro. Acreditamos que é por meio da comunicação que esse compromisso ganha voz, fortalecendo a reputação, ampliando o diálogo com a sociedade e inspirando novas gerações a enxergarem na floresta um símbolo de inovação, sustentabilidade e possibilidades concretas de desenvolvimento profissional.
Elcio Trajano Junior é diretor de Recursos Humanos, Sustentabilidade e Comunicação da
Eldorado Brasil Celulose
