Executivos e profissionais enaltecem o trabalho do jornalismo

A 15ª Pesquisa Empresas que Melhor se Comunicam com Jornalistas trouxe para o Teatro do CIEE, em São Paulo, os nomes mais consolidados na comunicação corporativa, os quais foram premiados pelo excelente trabalho de relacionamento com a mídia. Simultaneamente, aconteceu também o 11º Prêmio Especialistas, com a presença dos jornalistas mais relevantes e prestigiados do País. Confira agora mais 12 depoimentos feitos durante o evento – Kelly Mandey, da CNH Industrial; Maria Braga, da Basf; Maira Pinheiro, da Gol; Maria Theresa Orlandi da PepsiCo; Pamela Paiffer, da Ford; Patrícia Cury, da Natura; Renato Delmanto, Grupo Petrópolis; Sheila Pessoa, Eletrolux; Tamires Macabeu, Kimberly-Clark; Vanessa Vieira, Motiva; Vinícius Leone, Accor; Willian Castro, Aché; (Leia também outros depoimentos aqui)

Kelly Mandey, Chief Human Resources Officer (CHRO) da CNH Industrial

“A comunicação com a imprensa é extremamente estratégica para a criação da reputação das marcas. Hoje, num mundo tão dinâmico em que a gente está, passa a ser cada vez mais estratégica, porque essas mudanças são cada vez mais rápidas. E a reputação, por mais que você a construa no dia a dia, de repente podemos ter algum fato que a prejudique. É uma construção diária, para que, na comunicação com a imprensa, seja fortalecida a marca. Hoje, a construção de uma narrativa consistente está cada vez mais baseada na verdade. E isso é evidente para as empresas. Verdade e transparência. Portanto, precisamos contar histórias reais, fatos reais e trazer números reais. Hoje não tem como não ser transparente.”

Maria Braga, gerente de Comunicação de Marketing da América Latina na Basf

“O papel das empresas na sociedade é muito essencial. Pesquisas mostram que as empresas, entre os stakeholders, são as instituições mais confiáveis. Ao mesmo tempo, vemos o quanto a desinformação traz ameaças para o futuro da sociedade. Nesse sentido, as empresas têm uma grande responsabilidade de comunicar, de maneira responsável, de levar informação e prestação de serviços. No nosso caso, que é o setor de agricultura, a responsabilidade é com a informação para o agricultor e para a sociedade em geral. A desinformação é uma questão preocupante hoje, mas as empresas e todas as instituições hoje precisam estar organizadas para evitar isso. A desinformação pode travar o desenvolvimento de uma sociedade. Nós, da área de Comunicação, temos esse papel de formar porta-vozes, que são nossos executivos, prepará-los para falar de maneira responsável e transparente e ter essa conexão com a imprensa. E o papel da imprensa está cada vez mais importante e relevante neste momento tão difícil. Temos, portanto, essa missão de levar uma informação de qualidade para a imprensa e promover diálogos. A imprensa é e continuará a ser importante para o desenvolvimento de toda a sociedade. Como também o agro é importante. Precisamos manter essa veia de comunicação, de levar informação que faça mais sentido para o jornalista que cobre agro e também para o que não cobre o setor – e aí temos o papel de ajudá-lo também.”

Maira Pinheiro, gerente executiva de Comunicação Corporativa e Reputação da Gol

“A Gol nasceu para democratizar o acesso de pessoas à aviação. Quando pensamos nesse contexto, democratizamos também para o jornalista o que é o setor. O que a aviação faz, a importância da aviação para o país. Essa relação é fundamental para conseguirmos levar esse legado da Gol para todas as pessoas. É muito importante esse reconhecimento na 15ª Pesquisa Empresas que Melhor se Comunicam com Jornalistas, porque entendemos que o trabalho está sendo feito. Esse esforço que fazemos de explicar o que o setor e a empresa faz, de certa forma, está sendo reconhecido pelos jornalistas. É um orgulho para nós estarmos sendo premiados aqui nesta noite.”

Maria Theresa Orlandi, head de Comunicação Corporativa e de Marcas na PepsiCo

“A reputação tem um valor intangível para a marca e para a empresa. E sabemos o quanto o consumidor busca, cada vez mais, saber sobre a história de uma companhia e tudo o que ela faz. Não só sobre o que ela fala, mas de que forma atua, contribui e traz impacto para as comunidades onde atua. Cada vez mais o consumidor tem informação com fácil acesso. Essas informações e o que de fato as empresas estão fazendo é a diferença na construção da reputação de uma companhia. Pessoas cada vez mais bem informadas e que valorizam, no momento de escolher determinada marca, aquelas empresas que têm esse compromisso e a reputação, por consequência, mais sólida. No longo prazo, a reputação de uma companhia depende de uma reputação sólida. O papel do jornalista sempre foi fundamental e continua sendo. Neste mundo em que nos deparamos com tanta informação falsa, os jornalistas continuam sendo essa fonte de credibilidade importante.”

Pamela Paiffer, diretora de comunicação da Ford

“A reputação é o ativo tangível mais importante de uma marca, porque, pelo que as pessoas pensam sobre sua marca, produtos e serviços, é que seu valor será determinado. Se você vai entregar o que se propôs a entregar em relação à venda, em posicionamento no mercado. No final do dia, a reputação representa isso tudo. O jornalista é fundamental nesse processo de formação de marca, seja pela sua credibilidade, em função de ser especialista num assunto, seja pelo alcance que ele e seu veículo têm. Isso tudo nos ajuda a potencializar o posicionamento de nossa marca e levar ao nosso consumidor informação muito valiosa sobre nossos produtos e serviços.”

Patrícia Cury, gerente de governança e eventos da Natura

“O jornalismo profissional é essencial para a defesa da democracia. Apoiamos e defendemos o jornalismo profissional, de qualidade e transparente. Acreditamos na comunicação ética, na transparência, na verdade dos fatos. A gente sempre incentiva nossos colaboradores a buscar informação e fontes confiáveis que tenham credibilidade e que tragam os fatos reais desses processos, das notícias. Seja da própria Natura ou de outros veículos que sejam confiáveis.”

Renato Delmanto, gerente de Comunicação Corporativa do Grupo Petrópolis

“A empresa tem uma missão social; ela produz, presta serviços, seja qual ramo de atividade que tiver. E a empresa tem a obrigação de prestar contas para a sociedade. Assim, a imprensa, os jornalistas, ainda são a melhor forma de fazer essa prestação de contas. Você ter um bom relacionamento com a imprensa significa que você está falando com o seu consumidor final, por meio de um órgão de comunicação, de um veículo que vai traduzir o que você está falando. Eu, como jornalista de formação, acho muito importante e relevante fazer esse trabalho bem feito. A transparência é um dos pilares da comunicação. A comunicação empresarial tem um objetivo diferente da comunicação pública ou da comunicação feita pelo jornalista dos veículos. Mas elas têm o mesmo foco, que é: seja transparente. Tem assuntos que não podem ser divulgados, por uma questão de acordos que estão sendo fechados, se está comprando uma outra empresa, vendendo um negócio, ou quando se está planejando algum investimento que vai ser relevante, e você não pode antecipar isso para o jornalista, mas você precisa ser transparente com o jornalista e dizer: eu não posso falar sobre isso agora. A transparência é uma faca de dois gumes. Temos que falar, ser transparentes, mas tem assuntos estratégicos que só falamos no momento certo.”

Sheila Pessoa, gerente de comunicação da Eletrolux

“A gente entende que esse prêmio, na verdade, é um selo de confiança, que o mercado coloca, e aí é muito importante a gente ter esse selo para mostrar a nossa relação de confiabilidade e de imparcialidade junto à imprensa. O selo só tende a agregar a nossa reputação e ao que a gente é de fato. Desejamos que essa relação com os jornalistas continue a ser aberta, continue sendo imparcial, que a gente promova o diálogo e consiga mostrar também a relevância da Eletrolux para a comunidade, para todos os stakeholders e até para o planeta, que é um ponto que valorizamos muito. A empresa sempre estará aberta para contribuir.”

Tamires Macabeu, analista de Comunicação Corporativa na Kimberly-Clark

“O consumo de informação hoje está muito diferente do que era. Está muito mais rápido, interativo. Hoje, quando as pessoas precisam de informação, elas não ficam mais sentadas; elas vão atrás da informação por meio de plataformas, redes sociais e portais de notícias. Entendendo esse contexto, é muito importante implementar o cenário de diálogo e cocriação. Temos feito um trabalho forte de entender que tipo de conteúdo as pessoas querem consumir. Temos falado muito em sustentabilidade, inovação. E, naturalmente, falamos muito de nossas marcas. E, hoje em dia, temos feito tudo isso com um diálogo mais proativo com os jornalistas, por meio de eventos e também das redes sociais de nossos líderes. Para nós, o diálogo com os jornalistas se baseia em duas coisas: primeiro, confiança; e segundo, parceria. Temos feito um trabalho para entender a pauta dos jornalistas. E, quando entendemos isso, a gente contribui de maneira relevante. Além disso, temos feito um trabalho proativo também de compartilhar dados, informações exclusivas, estudos. Tudo o que vai ajudar o jornalista a construir o trabalho dele.”

Vanessa Vieira, diretora de Marca e Comunicação da Motiva

“A credibilidade é construída com base numa relação de confiança que você estabelece, não de uma hora para outra, mas de maneira consistente com a imprensa. E, para isso, obviamente, você precisa se colocar à disposição, estar acessível, responder no prazo e ter transparência na divulgação das informações. Isso faz com que você estabeleça essa relação de confiança e os colegas da imprensa acabam percebendo que, mesmo quando surge algum ruído, alguma informação truncada, eles sabem que podem contar conosco. Existe aquele canal aberto para checar essa informação. E nos dá um colchão de confiança em momentos de possíveis crises, porque os colegas da imprensa sabem que todas as informações que forem possíveis de serem divulgadas, a equipe vai estar à disposição, trabalhar com toda a transparência e manter a imprensa informada no momento e no ritmo certo. Fortalecer o diálogo com a imprensa é muito importante para a construção da reputação de uma empresa. A imprensa é um canal intermediário para nossa comunicação com a sociedade. Então, a credibilidade que temos diante de diversos stakeholders, dos clientes, da sociedade em geral, nossos parceiros de negócios, dos órgãos reguladores, tudo isso é muito mediado por essa relação com a imprensa.”

Vinícius Leone, Accor

“A importância dos jornalistas na construção de uma marca é fundamental. Esse relacionamento para a marca é extremamente importante dentro de um país democrático, em que as informações livres devem ocorrer. E cabe aos jornalistas reforçar esse trabalho investigativo, de apuração, para saber o que uma marca está fazendo e contribuir de fato para a reputação dela. Ter esse relacionamento muito forte contribui para a democracia do nosso país, para as empresas e, obviamente, para a reputação das marcas. Estar entre as empresas premiadas pela 15ª vez reforça muito o trabalho da comunicação e trabalho de relacionamento com jornalistas, que é feito a longo prazo com os jornalistas, nas entregas, nos prêmios como esse. É uma grande honra estar aqui”.

William Castro, analista sênior de Comunicação Institucional e Marketing Corporativo da Aché Laboratórios

“A empresa deve ser transparente com o jornalista, mantendo- o próximo. Entendemos que o jornalista é parte fundamental da credibilidade e do conteúdo de informação a ser levado para a sociedade. Temos isso de forma muito séria e transparente, principalmente com o foco de que isso é fundamental para levar mais vida para as pessoas. Para passar informações sobre metodologias aplicadas, estudos científicos, avanços tecnológicos na área de medicamentos e para que possamos cuidar dos pacientes com proximidade e carinho. Estar entre as empresas que melhor se comunicam com jornalistas é fundamental e temos um time muito pró-ativo e integrado. E também devemos entender a empatia do jornalista. Que esse jornalista é essencial para esse movimento. Colocar esse jornalista junto a especialistas, cientistas, diretoria e presidência do Aché. Ter pautas próximas e trabalhar em conjunto. Essa democratização da informação é fundamental para que a gente esteja aqui neste momento participando desta premiação que tem enorme prestígio”.