Community as a service: o futuro colaborativo que está reinventando a comunicação

Em vez de pensar comunicação apenas como um serviço entregue de ponta a ponta por um único player, passamos a enxergar o valor que existe em operar como rede

Por: Patrícia Marins

O futuro da comunicação é coletivo. As soluções mais relevantes atualmente não estão sendo criadas por vozes isoladas, mas sim por redes, compostas por profissionais, organizações e iniciativas que trabalham de forma conectada, complementar e colaborativa.

Foi sobre isso que falei no último final de semana, durante o Hacktown em Santa Rita do Sapucaí (MG), ao lado de parceiros da Rede de Reputação e Influência — um modelo que reúne diferentes empresas e profissionais com um propósito comum: transformar a forma como atuamos no mercado da comunicação, por meio da colaboração estruturada.

Chamamos esse movimento de Comunidade as a Service. Não é só uma ideia bonita. É uma mudança de modelo mental e de negócio. Em vez de pensar comunicação apenas como um serviço entregue de ponta a ponta por um único player, passamos a enxergar o valor que existe em operar como rede: compartilhando conhecimento, combinando expertises e cocriando soluções com mais agilidade, profundidade e impacto.

Os dados confirmam esse cenário: 69% das grandes empresas já integram ecossistemas colaborativos voltados à inovação e fortalecimento de marca. É sinal de que o mercado está cada vez mais aberto a modelos flexíveis, descentralizados e sustentáveis, nos quais reputação e resultado caminham junto com trocas reais.

Atuar em rede não dilui responsabilidade, pelo contrário, ela se torna compartilhada. E isso traz robustez para todos os envolvidos: amplia a capacidade de resposta, fortalece a reputação institucional, impulsiona projetos locais para que alcancem relevância nacional (ou até global) e, acima de tudo, permite oferecer ao cliente algo mais completo, mais humano, mais conectado com a realidade.

Na prática, o que estamos fazendo é organizar comunidades que entregam valor. Comunidade as a Service é sobre isso: criar ambientes de colaboração que são vivos, intencionais, especializados, e que funcionam como alavanca para inovação, credibilidade e transformação social.

A comunicação, nesse contexto, deixa de ser um serviço linear para se tornar uma plataforma de impacto. Um espaço onde cada voz importa — e onde todas juntas são mais fortes.

Patrícia Marins é sócia-fundadora da Oficina Consultoria, especialista em gestão de crises de alto risco reputacional e autora de “Muito além do Media training – o porta-voz na era da hiperconexão”

 

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