Setembro Amarelo é uma campanha brasileira de prevenção ao suicídio, iniciada em 2015. O mês de setembro foi escolhido para a campanha porque, desde 2003, o dia 10 de setembro é o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio. Esse tema importante e delicado foi escolhido pela área de Comunicação do Tribunal de Contas da União (TCU) para uma campanha ocorrida ano passado, intitulada “PARE, ESCUTE. ACOLHA. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 100% de todos os casos de suicídio estavam relacionados às doenças mentais, principalmente não diagnosticadas ou tratadas incorretamente. Dessa forma, a maioria dos casos poderia ter sido evitada se esses pacientes tivessem acesso ao tratamento psiquiátrico e informações de qualidade. Ou seja, incentivar que as pessoas peçam ajuda em um momento de crise é uma forma de acolhimento, evitando que o problema se agrave.
“Desenvolvemos uma página interna para o lançamento dos vídeos e convidamos os outros colaboradores a compartilharem novas histórias de apoio, marcando quem os ajudou, em uma rede social interna”, explica Fábio França, especialista em Comunicação Interna do TCU.
“As pessoas são o principal ativo das organizações”, justifica França, que continua: “O cuidado com os agentes públicos é fundamental para garantir a prestação de serviços públicos para a sociedade. Em especial nesse momento pós-pandemia, o cuidado com a saúde mental é um dos desafios mais críticos e urgentes para enfrentamento na gestão de pessoas das organizações. No TCU, esse tema é uma das prioridades da atual gestão”.
No briefing da campanha do Setembro Amarelo (prevenção ao suicídio) no TCU, a equipe de saúde interna indicou o objetivo de incentivar que as pessoas olhem para o lado e se acolham em momentos de dificuldades. “Nas etapas de pesquisa e planejamento, percebemos que essa rede de apoio já existe. Decidimos jogar luz sobre ela, a partir de relatos reais, para trazer à tona e amplificar esse comportamento”, diz França.
O produto principal da campanha foi uma série de 3 filmes, inspirados pela frase da psicóloga e professora da UFPR, Lis Soboll: “O trabalho é uma desculpa da vida para encontros significativos”. Foram gravados 11 depoimentos de colaboradores que passaram por momentos de dificuldade na vida e tiveram apoio no ambiente de trabalho, de um colega, de um gestor ou da equipe do psicossocial do TCU. E o órgão convidou as pessoas que ajudaram para assistir os depoimentos e assim, promoveu-se um encontro surpresa com quem foi ajudado. Todas as reações foram gravadas.
A campanha atingiu quase 4.000 colaboradores (servidores, terceirizados e estagiários). A maioria atua em Brasília e existem equipes de representação em todas as capitais do Brasil. E aconteceu em setembro no ano passado.
Resultados
Ao comentar sobre os resultados, França afirmou que “criou um ambiente de cuidado no TCU e favorável para as pessoas compartilharem suas dificuldades e pedirem ajuda. Em paralelo, trouxe casos reais e exemplos práticos de como estender a mão para colegas e fazer a diferença em suas vidas. As pessoas se identificaram com os colegas nos filmes e isso permitiu um olhar mais atento para si e para o outro. Recebemos diversos relatos de pedidos de ajuda após o lançamento da campanha”.
Esses bons resultados motivaram a inscrição do case no 2º Prêmio Empresas que Melhor se Comunicam com Colaboradores, organizado pelo Cecom – Centro de Estudos da Comunicação e Plataformas Negócios da Comunicação e Melhor RH
Na opinião de Fábio França, “o Prêmio é um excelente espaço para compartilhamento de experiências e boas práticas de comunicação interna entre organizações diversas, que enfrentam desafios de RH semelhantes”.
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