A arte de unificar a cultura

Mesmo preservando diferenças individuais, de grupo e de regiões, é preciso um discurso único e, principalmente, coerente em toda organização

Cultura organizacional é um desafio para as empresas envolve uma série de iniciativas da Comunicação Interna, mas também exige o trabalho dos CEOs e das lideranças. O tema foi desenvolvido no primeiro dia do 3º Fórum Empresas que Melhor se Comunicam com Colaboradores, em diversos painéis. O evento, que aconteceu das 29 e 30 de abril, foi organizado pelo Cecom – Centro de Estudos da Comunicação e Plataformas Negócios da Comunicação e Melhor RH.

Malu Weber /lFoto Reinaldo Canato / BAYER

Dentro do painel ““Quando a cultura ganha voz – a hora de elevar a voz e a influência dos colaboradores”Malu Weber, vice-presidente de Comunicação da Bayer Brasil, ressaltou a importância de criar espaço e ambiente nas empresas onde as pessoas se sintam seguras, seja para perguntar ou trazer ideias fora da caixa. “Mas esse ambiente diverso tem que existir com pessoas diversas”.

A tecnologia pode ajudar nesse processo, opinou  Cleide Cavalcante, gerente de Comunicação Corporativa da Progic, por “humanizar a comunicação”, segundo ela, lembrando a importância do líder para moldar a cultura da empresa. E também criar um ambiente seguro para as pessoas trocarem ideias e exporem suas opiniões. “Para conseguir um ambiente diverso, precisa ter um ambiente diverso, plural”.

As transformações culturais é um processo que o mundo todo passa e também as empresas, destacou Igor Gavazzi Vazzoler, CEO da Progic; , que apontou ainda um básico na comunicação das empresas que é a relação interpessoal, entre as pessoas, principalmente entre lideres. Independentemente de ferramentas e técnicas, é impactante no negócio para a saúde emocional e segurança psicológica. A Progic, conta o CEO, lança periodicamente campanhas internas para estimular o diálogo direto entre lideranças e liderados.

Cássia Monteiro

Depois, em “De volta ao básico – muito zelo, pouca ação: porque a comunicação ficou tão difícil?”, Juliana de Araújo Xavier, coordenadora de Comunicação Corporativa e Imprensa do Banco Mercantil, falou da necessidade de se comunicar de uma forma que o outro entenda, isso é básico. “Temos diversas gerações no mercado de trabalho coexistindo hoje”, justificou, dizendo que isso desafia fazer com que as pessoas entendam e se envolvam no que a empresa está se comunicando com elas. Cássia Monteiro, gerente de Comunicação Interna e D&I para a América do Sul, concordou com essa abordagem de entendimento, até mútuo,  porque, citando um antigo adágio do ramo, “a comunicação é uma via de mão dupla”. Se fazer entendido e ter o timing na comunicação, explicou.

Claudia Cezaro Zanuso, sócia diretora da Duecom Comunicação, acrescentou que “devemos conhecer o perfil do público e devemos lembrar que estamos falando por uma pessoa jurídica”. Porque, todos na comunicação, ressalta, “tralhamos para que determinada marca seja entendida, apoiada, para obtenção de resultados.  Qual o propósito da organização e qual o seu jeito de trabalhar? São perguntas para entendermos os propósitos da organização com clareza”.

Márcio Cavalieri

O tema voltou no painel “ “Cultura na prática – como trilhar conversas delicadas no ajuste de conduta”, com Anne Tsumori Maezuka”. “Nada melhor do que aquela conversa que você senta com o colaborador, com  superior, com o consumidor”, recomendou Márcio Cavalieri, sócio e co-CEO do Grupo RPMA. “Comunicação é essência, a liga de qualquer organização”. E para isso, “é preciso deixar  as regras do jogo clara”, complementou Anne Tsumori Maezuka, gerente de Comunicação do Grupo Marista. “Antes dos ajustes de conduta, precisamos explicar como as coisas funcionam na empresa”, continuou. “Precisamos falar de cultura e dar ferramentas para as pessoas entenderem o modo onde as coisas são feitas internamente”.

“O problema, reforçou Cavalieri, “é que hoje vivemos um sistema tríplice, com pessoas atuando em home office, outras presencialmente e também de forma hibrida, o que complica as conversas”. E assim, “é uma convivência multigeracional e multiambiente, e precisa,os trabalhar o fit cultural da empresa, para ajustes de conduta”.

“A cultura é a essência da corporação e a confiança é parte importante do processo”, afirmou Elcio Trajano Junior, CHRO – diretor de RH, Sustentabilidade e Comunicação da Eldorado Brasil Celulose. “Na Eldorado temos muito claros nossos valores e crenças”, explicou, informando que em sua empresa trabalha a cultura em todos os subsistemas de pessoas e está em todos os momentos da jornada do colaborador. É a base, o alicerce para todas as demais ações”. E atuando nas duas pontas, na comunicação e no RH, Trajano ensinou que a “comunicação está 100% conectada com a área de pessoas e vice-versa”.

Existem muitos caminhos para tratar, aplicar e disseminar a cultura dentro de uma organização, mas a autenticidade e a coerência é o básico, para evitar ruídos e falta de entendimento e contradições, como resumiu bem Cavalieri: “Uma coisa é você falar de cultura, a outra é a cultura que o colaborador vai viver no dia a dia”.

Assista aqui o dia 1 do Fórum.

Para assistir ao segundo dia clique aqui.

Veja aqui a programação completa.


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