Por Daniela Barros*
Não basta mais mitigar ou evitar, é preciso restaurar e trazer um impacto real positivo. Essa frase e suas variações foram muito ouvidas em discussões a respeito de desafios climáticos —2023 foi, afinal, considerado um dos anos mais quentes no planeta Terra nos últimos 125 mil anos. Mas, esse chamado é também perfeitamente replicável para o caminho pelo qual ruma a Comunicação Corporativa.
A questão não se resume mais a provar que empresas vão além do discurso (o chamado “walk the talk”). Alcançamos o ponto em que é urgente mostrar que a estratégia de comunicação é desenhada para ter escala, com a ambição de transformar profundamente a reputação e impactar os resultados das companhias.
Entra aqui o desafio de jogar luz para possíveis soluções. Nos últimos anos, a Bayer investiu em projetos ambiciosos com um esforço colaborativo para apoiar os agricultores dispostos a experimentar caminhos para preservar e produzir mais ao mesmo tempo em que regeneram.
Comunicar a transformação é sempre um desafio, especialmente quando falamos de iniciativas no agronegócio, um setor tão diverso, atuante em diferentes biomas e fortemente impactado pelas mudanças climáticas. Sabemos que a agricultura regenerativa é uma das chaves para recuperar a biodiversidade, preservar ecossistemas e retirar carbono da atmosfera. Entretanto, as bases científicas para compreender a dimensão de seu impacto positivo no ambiente ainda estão sendo construídas, aqui e agora.
Nosso desafio de levar ao campo e à cidade os avanços concretos em inovação, sustentabilidade e novos modelos de negócio no agro tem sido também nossa grande oportunidade. Trabalhamos com parceiros que chancelam a seriedade e a urgência do trabalho que vem sendo feito. Acima de tudo, estamos comunicando o pioneirismo dos frutos colhidos pela união entre a Bayer, empresas do setor privado, institutos de pesquisa, acadêmicos, experts e produtores.
Já se passaram três anos desde que o programa PRO Carbono, que apoia agricultores dispostos a aumentar o sequestro de carbono no solo por meio da intensificação de práticas sustentáveis, foi lançado no Brasil. Desde então, construímos um relacionamento sólido com veículos de imprensa e jornalistas que têm buscado compreender as complexas dinâmicas do mercado de carbono no agro.
Aterrissar os achados científicos de forma didática, apresentar uma visão de futuro e ajudar a mídia a entender o potencial da agricultura regenerativa supriram, com confiança, a necessidade de muitos veículos de se aprofundar no tema. Isso foi fundamental para que, quando lançamos em 2023 o projeto global Bayer Proteção de Florestas, focado nos biomas da Amazônia e do Cerrado, tivéssemos jornalistas ao nosso lado, interessados em levar questões de tamanha importância à sociedade em primeira mão.
Mesmo em temas mais complexos ou sensíveis, um posicionamento claro é imprescindível. É graças a essa postura, pautada pelo relacionamento sólido com a imprensa, que temos conseguido apresentar, ano após ano, os benefícios sustentáveis e os saltos produtivos propiciados por inovações como as novas gerações de biotecnologia no campo. É também o que ajuda a explicar como temos obtido sucesso ao dar visibilidade a causas que nos são caras, como a ampliação da presença de mulheres no setor por meio de iniciativas como o Prêmio Mulheres do Agro, valorizando e incentivando as produtoras, protagonistas dessa transformação que atuam no campo.
Seguimos engajados em unir cada vez mais forças para avançar através da comunicação. Para regenerar. Temos colhido resultados valiosos —como a honra de novamente sermos premiados como o Empresas que Melhor se Comunicam com Jornalistas no Agronegócio. Mas vamos além. O futuro é coletivo, assim como os problemas que buscamos resolver. A imprensa continua a ter o papel estratégico de traduzir em informação, para o interesse público, fatos e iniciativas de impacto. Cabe a ela também ajudar a moldar narrativas propositivas, que tragam respostas e soluções. Gerar impacto real positivo.
Daniela Barros é diretora de comunicação da divisão agrícola da Bayer no Brasil