Por Eliane Uchoa
Conectar é um dos verbos mais preciosos atualmente. Embora seja associado diretamente com o mundo digital, essa atitude genuinamente humana faz parte da vida em sociedade. Na Cargill, esse verbo tem sido conjugado diariamente com diversos públicos: conectamos agricultores com mercados, clientes com ingredientes e famílias com o essencial do dia a dia: desde os alimentos que eles comem até o chão onde pisam.
Não somos a única instituição conectando todos esses públicos, mas certamente essa pré-disposição para atuar como conectores faz parte do trabalho dos nossos 160 mil colaboradores no mundo todo. Só no Brasil somos mais de 12 mil pessoas com o mesmo propósito.
Para os brasileiros, de forma especial, isso reflete uma grande transformação iniciada anos atrás: a cidade está conectada com o campo e o público urbano vem descobrindo cada dia mais como os alimentos são feitos. É um trabalho diário, uma jornada ainda em construção, mas é inegável o fortalecimento dessa conexão.
Sem dúvida alguma, os jornalistas têm desempenhado um papel fundamental neste cenário. Primeiro porque eles mostram um mundo novo para quem está fora do campo: o que chega até nossa mesa foi planejado, plantado, regado, colhido e transportado até virar comida. Por incrível que pareça, muita gente ainda desconhece isso e a mídia, em geral, ajuda a reconhecer o trabalho feito em fazendas do Brasil todo. Além disso, a Imprensa ajuda a corrigir informações desencontradas sobre o agro, conectando especialistas e o grande público. O fenômeno das fake news parece novo, mas essa função desmistificadora sempre fez parte do jornalismo.
Na Cargill, temos o orgulho de acreditar nessa conexão diária. Nós buscamos a imprensa para contar não apenas nossas histórias, mas também de clientes, parceiros e outras instituições sérias que atuam para que a produção no campo vire alimento.
Uma das grandes conquistas é poder mostrar como trabalhamos para que essa produção seja feita de forma segura, responsável e sustentável. Um exemplo recente foi a presença do Pyxis Ocean, navio movido com ajuda da energia eólica que veio para o Brasil em 2023. O grande interesse dos jornalistas nessa pauta mostrou que a Imprensa está cada vez mais interessada em histórias de descarbonização, inovação, tecnologia e, claro, sobre a produção cada vez mais sustentável.
Em sua primeira viagem comercial, o navio partiu do porto de Paranaguá (PR) para a Europa carregando farelo de soja que pode alimentar animais e, por consequência, chegar à mesa de milhares de pessoas.
Tivemos a honra de entrar nesse navio com colegas da Imprensa e colocá-los para falar com especialistas, apresentar personagens e mostrar que isso faz parte da atuação da Cargill e seus parceiros para alcançar uma produção cada vez mais sustentável. Dentro da mesma pauta — literalmente dentro do mesmo barco —, cada jornalista teve a chance de abordar um aspecto diferente, criando um mosaico lindo de histórias que se complementam e mostram a criatividade do olhar jornalístico.
Essa “arte de conectar” certamente não é nova. Nos séculos XV e XVI, tivemos grandes travessias no oceano Atlântico que conectaram diferentes continentes. A diferença é que isso tem sido feito em uma velocidade impressionante, a notícia construída aqui chega aos mercados globais em tempo real. Qualquer informação falsa ou fora de contexto pode interferir na vida das pessoas, nos negócios, nas conversas bilaterais entre países. Em resumo: nunca precisamos tanto da Imprensa para que essas informações sejam oferecidas de forma precisa, conectando especialistas e pessoas que precisam descobrir um mundo novo.
Eliane Uchoa é diretora de Comunicação da Cargill na região Latam Cone Sul e dos Negócios Agrícolas na América do Sul.