O Capital Humano como peça fundamental

Engana-se quem acredita que o valor de uma empresa é medido só pelos lucros. Se ela se preocupa com o Capital Humano, já está em vantagem

Por: Rodrigo Dib

Entre os grandes desafios das lideranças e dos profissionais de RH dentro do mundo corporativo nos dias de hoje está a criação de um ambiente que deixe claro seus propósitos, cultura e valores; e, mais que isso, se cercar de colaboradores que aprendam e entendam esta cultura. Esse fator, sem dúvidas, contribui para a melhora do clima organizacional e na formação de profissionais mais apaixonados pelo que fazem.

As lideranças de recursos humanos, por desempenhar um papel crucial para as companhias, impulsionam o engajamento dos colaboradores e fomentam a construção de um ambiente de trabalho saudável e produtivo. Diretamente relacionado a esta prática está o conceito de Capital Humano, que é toda capacidade, conhecimento, habilidade e experiência dos empregados e gerentes de uma empresa.

Engana-se quem acredita que o valor de uma empresa é medido somente pelos seus lucros e por suas receitas financeiras. Uma organização que se preocupa com o seu Capital Humano e fomenta práticas de cuidado aos seus colaboradores já está em vantagem frente aos seus concorrentes. Uma boa gestão de pessoas contribui positivamente para um ambiente saudável e produtivo, que provoca, no longo prazo, o crescimento econômico das empresas.

Pode-se afirmar que o sucesso de uma empresa ou marca é, em grande parte, alavancado pelo reconhecimento e valorização dos colaboradores. Sem um ambiente motivador e acolhedor, os desafios e os obstáculos do cotidiano profissional se tornam maiores. Afinal, em um mercado que valoriza cada vez mais o conhecimento de soft skills dos profissionais, a gestão de pessoas se tornou prioridade.

Segundo a pesquisa Tendências Globais de Capital Humano 2023, realizada pela Deloitte, mais de 80% das organizações identificaram propósito, diversidade, equidade e inclusão (DEI), sustentabilidade e confiança como suas principais áreas de foco. A pesquisa ouviu 10 mil pessoas e 1.500 altos executivos e membros de conselhos de administração, e mostrou que as regras que antes eram imprescindíveis no mundo do trabalho não existem mais.

O levantamento revelou ainda que as empresas com maior envolvimento dos colaboradores nas mudanças organizacionais tinham mais chances de alcançarem resultados positivos.

Neste sentido, a tecnologia pode e deve ser uma grande aliada no processo de desenvolvimento do Capital Humano com o uso de ferramentas de realidade virtual, cursos de capacitação online, entre outras aplicações. O investimento em tecnologia e processos de tecnologia é tão importante quanto o investimento em gestão humanizada para aumentar a produtividade e a sustentação do negócio e da rentabilidade no longo prazo. Ambos os fatores promovem um ambiente corporativo mais dinâmico e harmônico.

Por fim, é necessário compreender que os colaboradores não são apenas “peças” que movimentam ações dentro das empresas, eles são os próprios ativos a serem valorizados e desenvolvidos constantemente a fim de que não percam o seu valor.

 

Rodrigo Dib é superintendente institucional do CIEE

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