Nos últimos anos, as iniciativas de desenvolvimento sustentável e social têm ganhado destaque no mundo empresarial, especialmente no setor de Recursos Humanos (RH). A sigla ESG (ambiental, social e governança corporativa) tem se destacado, refletindo-se no aumento de congressos, discussões e na criação de departamentos dedicados a esse tema nas empresas.
De acordo com um estudo feito pelo Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU) no Brasil, em parceria com a Stilingue e a consultoria Falconi, feita com 190 organizações, revelou que 78,4% das empresas no país adotaram em suas agendas pautas de ESG. A tendência é de crescimento, com 30% dos entrevistados incorporando metas relacionadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU nos últimos 12 meses e 40% planejando aumentar os investimentos em sustentabilidade em 2022.
Essa mudança de mentalidade é crucial para abordar questões urgentes, como o aquecimento global e a desigualdade social. Uma pesquisa da Deloitte revelou que 83% dos executivos brasileiros acreditam que o mundo está em um ponto de virada, demonstrando um senso de urgência compartilhado.
Empresas como a Intel têm estabelecido metas sustentáveis, como a criação do Solar Community Hub, em parceria com a Dell Technologies e a Fundação Amazônia Sustentável. Esse projeto utiliza energia solar para fornecer acesso à internet, tecnologia e serviços de saúde para comunidades locais e indígenas. Além da conectividade, o projeto inclui serviços de telemedicina, monitoramento ambiental e treinamento em alfabetização digital.
Além disso, a preocupação com o desemprego e a falta de oportunidades adequadas para os jovens está intrinsecamente ligada aos princípios ESG (ambiental, social e governança corporativa). Esses princípios não se limitam apenas ao âmbito ambiental e de governança, mas também abrangem a responsabilidade social das empresas. De acordo com dados do IBGE, uma parcela significativa da população jovem brasileira está desempregada ou sem ocupação, enfrentando obstáculos como a conciliação de responsabilidades familiares com estudos, a falta de qualificação e a necessidade de uma renda imediata.
Para abordar essa questão, as empresas desempenham um papel fundamental ao abrir processos seletivos para esse público e ao estabelecer parcerias com organizações dedicadas à formação profissional. Um exemplo inspirador é a iniciativa da Intel, que investe em programas como o Instituto da Oportunidade Social (IOS) em parceria com a Dell Technologies, destinando recursos significativos para formar jovens e facilitar sua entrada no mercado de trabalho. Isso não só transforma a vida desses jovens, mas também beneficia as empresas, que passam a contar com profissionais mais bem preparados.
Empresas têm o potencial de serem agentes de mudança significativos, tanto no âmbito social quanto ambiental, ao investir em iniciativas de sustentabilidade e formação profissional. Essas ações não apenas beneficiam a sociedade e a comunidade, mas também contribuem para o crescimento e a inovação das próprias empresas, criando um cenário em que todos saem ganhando. Portanto, é fundamental que as empresas reconheçam sua responsabilidade social, que está alinhada aos princípios ESG, e se comprometam com um futuro mais inclusivo e sustentável.