Nesta terça-feira, dia 26 de setembro, foi realizado o último dia do 2º Fórum Melhor RH ESG e Comunicação. O evento, que foi realizado de forma online e gratuita, reuniu profissionais da área de Recursos Humanos e Comunicação para discutir temas relacionados ao futuro do trabalho sob a perspectiva do ESG (ambientais, sociais e de governança).
Promovido pelo Cecom – Centro de Estudos da Comunicação e pelas Plataformas Melhor RH e Negócios da Comunicação, o evento contou com a participação de especialistas renomados do mercado, que apresentaram suas visões e cases de sucesso sobre como o setor de RH e da comunicação podem contribuir para a construção de empresas mais sustentáveis e responsáveis.
Um dos pontos de destaque foi a comunicação interna nas empresas, que desempenha um papel fundamental na disseminação das práticas de sustentabilidade. Foi enfatizado que é preciso estabelecer um diálogo transparente com os colaboradores, informando-os sobre as ações da empresa e incentivando a sua participação ativa.
Fazer, provar e divulgar
No primeiro painel da terça-feira, “Não quero meta, quero mudança – Indicadores de performance para sair da promessa”, os palestrantes Afrânio Ricardo Haag, diretor de Pessoas do Grupo Fleury, Karoll Felix, gerente Executiva de Comunicação, Cultura, Clima, ASG e Educação Corporativa da Pague Menos e Extrafarma, e Rafael de Oliveira Arantes, diretor de Relações Externas & ESG do UnitedHealth Group, compartilharam suas experiências no avanço concreto de suas iniciativas.
Afrânio Ricardo Haag começou a discussão abordando a importância de ir além das metas estabelecidas e buscar uma verdadeira mudança. Ele destacou que as metas podem ser úteis como ponto de partida, mas o verdadeiro objetivo deve ser a transformação da cultura organizacional. Haag compartilhou os desafios enfrentados pelo Grupo Fleury ao tentar implementar essa mudança e enfatizou a importância de envolver todos os níveis da organização nesse processo. “O entendimento que temos é que de uma área multidisciplinar, onde várias áreas conduzem o ESG, cada vez mais está atrelado às estratégias da empresa”.
Karoll Felix, por sua vez, trouxe a perspectiva da Pague Menos e Extrafarma, destacando a importância de estabelecer indicadores de performance que estejam alinhados com a cultura e valores da empresa. Ela ressaltou a importância de criar indicadores que promovam ações concretas e sustentáveis, em vez de apenas focar em resultados a curto prazo. Felix também compartilhou exemplos de como a empresa tem trabalhado para implementar indicadores que promovam a diversidade, inclusão e sustentabilidade. “Começamos no início do ano passado sobre os princípios de saúde para todos, nessa agenda temos compromissos e metas públicas para 2025 e 2030”.
Já Rafael de Oliveira Arantes falou sobre a abordagem do UnitedHealth Group em relação aos indicadores de performance e como a empresa tem se dedicado ao desenvolvimento de uma estratégia ESG. Ele destacou a importância de se concentrar em indicadores que sejam relevantes para o negócio e também para a sociedade como um todo. A abordagem do UnitedHealth Group inclui a definição de metas como o aumento da diversidade em cargos de liderança. ” O grande desafio é criar metas que gerem engajamento e vão agregar ao negócio. O grande diferencial de uma área ESG é conectar a leitura da materialidade com os benefícios atrelados ao negócio, conseguimos fazer uma entrega de valor no negócio”. Explica.
Tecnologia e o avanço das Inteligências Artificiais (AIs) foram tema do painel “Tecnologia para mudar, consciência para direcionar: O compromisso de impulsionar processos sem abrir mão da responsabilidade“. Carolina Prado, diretora de Comunicação para América Latina da Intel, Renato Acciarto, Comunicação Corporativa, Interna e Digital, Relações Governamentais e Sustentabilidade, e Roberta Knijnik, líder de D&I para a América Latina e Gerente de Vendas LatAm da Intel, debateram os desafios do uso da tecnologia para impulsionar as práticas ESG. Os speakers discutem sobre a adesão a regulamentações de privacidade e proteção de dados, a promoção de uma cultura de consciência sobre o uso da tecnologia e segurança cibernética, bem como o combate às disparidades digitais através da inclusão digital dentro das equipes.
Durante o painel, os participantes destacaram a importância de se aderir às regulamentações de privacidade e proteção de dados, garantindo a segurança e a confiança dos usuários. Além disso, ressaltaram a necessidade de promover uma cultura de consciência sobre o uso da tecnologia, considerando seus impactos sociais, éticos e ambientais. “Temos o ‘full representation’ onde olhamos para sociedade e tentamos ter maior representatividade de todos os públicos dentro da companhia”, contou Raquel.
Outro ponto discutido foi o combate às disparidades digitais por meio da inclusão digital. A inclusão de diferentes grupos e comunidades nas equipes de trabalho e na tomada de decisões é fundamental para garantir que os benefícios da tecnologia e das AIs sejam acessíveis a todos. Os participantes destacaram a importância de políticas e programas de inclusão digital, bem como a necessidade de fornecer treinamentos e oportunidades de capacitação para reduzir lacunas. “Na Intel temos um grupo há mais de 15 anos focado na equidade de gênero, grupos voltados a LGBTQIAPN+ , são mais de 30 grupos para os funcionários possam participar onde se encaixem”, lembrou Raquel.
Carolina destacou que o trabalho remoto trouxe benefícios para a equipe, como maior flexibilidade de horários, diminuição do tempo de deslocamento e a possibilidade de conciliar melhor a vida profissional e pessoal. Além disso, houve uma melhoria na comunicação interna, graças ao uso de ferramentas digitais. Para garantir o engajamento e a motivação dos funcionários, a empresa realizou reuniões virtuais frequentes, promoveu palestras sobre bem-estar emocional e ofereceu suporte para a manutenção da saúde mental durante esse período desafiador.
André Senador, CEO da Perennial Consultoria em Comunicação, Imagem e Reputação, juntamente com Camila Almeida, diretora de Pessoas na Azul Linhas Aéreas, e Luciane Nogueira, gerente de Comunicação Corporativa da Rhodia Solvay, participaram do painel “Mudança que inspira: o impacto do diálogo ESG entre marcas e veículos de comunicação”.
Os palestrantes enfatizaram a importância de promover o diálogo e a colaboração entre as marcas e os veículos de comunicação, a fim de disseminar informações sobre as práticas ESG de modo responsável e confiável. Eles destacaram que a transparência é fundamental nesse processo, permitindo que as empresas compartilhem suas ações e seus impactos, bem como seus objetivos para o futuro. “Trabalhar em uma parceria com a imprensa, pois colaboradores para o conhecimento e propósito das empresas cheguem de maneiras mais eficazes, a imprensa tem o poder de transformar com alcances poderosos”, acredita Camila.
Além disso, a reputação das marcas foi abordada como um fator determinante para o sucesso das estratégias de comunicação ESG. Os palestrantes enfatizaram que a construção de uma boa reputação baseada em práticas sustentáveis e responsáveis é essencial para conquistar a confiança dos consumidores e do público em geral. André Senador destaca que nos últimos anos o público tem exigido maior sustentabilidade das empresas e a imprensa é uma aliada nos processos de divulgação, principalmente, para não cair no greenwashing “Nos últimos anos vemos transformações nas reputações das empresas, principalmente o aumento das pressões pela sustentabilidade, e a imprensa tem a credibilidade para divulgação”.
Luciane disse que a divulgação das boas práticas das empresas precisam ser divulgadas. “A imprensa tem o papel de investigar e quer saber das boas práticas, ajudando a fomentá-las”. Camila complementou lembrando que a imprensa ajuda a conscientizar uma grande quantidade de pessoas sobre a importância das boas práticas das empresas. Ela destaca que, por meio da divulgação de exemplos positivos, a imprensa pode influenciar não apenas as empresas, mas também os consumidores a adotarem comportamentos mais sustentáveis e responsáveis.
Outro ponto discutido foi a seleção de narrativas construtivas que geram engajamento. Os especialistas ressaltaram a necessidade de contar histórias que vão além do aspecto meramente mercadológico, buscando promover a conscientização e inspirar ações positivas relacionadas à sustentabilidade e responsabilidade social.
Diversidade
No painel “A chave da inovação sustentável – Diversidade como componente essencial na construção de uma equipe resiliente”, Claudia Meirelles Carvalho, head de Recursos Humanos da Itaúsa, Guilherme do Nascimento, especialista em Diversidade & Inclusão na Volkswagen e Leticia Toledo Mathias Galvão, superintendente Executiva de RH do Banco PAN, compartilharam experiências e cases de sucesso na incorporação da diversidade nas equipes.
Destacaram a importância de se ter uma equipe diversa e inclusiva no processo de inovação sustentável. Claudia Meirelles Carvalho ressaltou que a diversidade de pessoas, ideias e perspectivas é fundamental para a construção de uma equipe resiliente.
Ela enfatizou que a diversidade vai além de questões de gênero, raça e orientação sexual, incluindo também diferentes formações acadêmicas, experiências profissionais e habilidades técnicas. “Acredito que para termos diversidade precisamos deixar o ambiente inclusive, precisa que haja ações. Além de ter diálogo aberto, é preciso promover impacto positivo para a sociedade, olhando para todos”, pontua.
Guilherme do Nascimento revelou que investe em programas de diversidade e inclusão. Ele destacou que a empresa adota políticas para atrair e manter talentos diversos por meio de programas de trainee e incentivos à educação continuada. Além disso, a Volkswagen promove ações para fomentar a igualdade de gênero e aumentar a representatividade de mulheres em cargos de liderança. “Nosso papel é levar cada vez mais representativa para as posições de decisões, porque é através disso que vamos ter a diversidade onde a decisão é tomada, e a partir disso vamos ter a transformação”, acredita Guilherme. “Nosso meta é chegar em 25% do quadro de liderança ocupado por mulheres, conectar diversidade com o oportunidades de negócios e um desafio”, destaca.
Por sua vez, Letícia Toledo Mathias Galvão compartilhou a experiência do Banco PAN, que tem adotado medidas para aumentar a representatividade de sua equipe. Ela destacou a importância de se promover a equidade nas empresas, destacando que a diversidade é um caminho para impulsionar a inovação e criar um ambiente de trabalho mais inclusivo e produtivo. “Começamos a agenda ESG no banco deixando as pessoas à vontade para um lugar seguro, trabalho com programas de desenvolvimento para grupos sub-representados, tentamos trabalhar não apenas na contratação, mas no desenvolvimento”. Letícia explica que o PAN tem programas para negros, mulheres, PcD.
Os três concordaram que a diversidade não é apenas uma questão de justiça social, mas também uma vantagem competitiva para as empresas. Ao promover um ambiente inclusivo, onde todas as vozes são ouvidas e valorizadas, é possível estimular a criatividade, a troca de ideias e a resolução criativa de problemas.
Durante o painel “Empresa consciente é mais atraente. ESG se tornou vantagem competitiva e fator decisório para candidatos”, os especialistas Danielly Martin, Latin America ESG Senior Manager da Bayer Marcelo Moreira, jornalista e sócio-diretor da DiversaCom e Maurício Chiesa Carvalho, head de Recursos Humanos & Responsabilidade Social / ESG da Tamarana Tecnologia, discutiram a importância do posicionamento ESG (Ambiental, Social e Governança) como uma vantagem competitiva no recrutamento de talentos.
Danielly Martin ressaltou que cada vez mais os candidatos estão buscando empresas que tenham um compromisso sério com a sustentabilidade e práticas responsáveis. Segundo ela, é preciso ter aspectos acolhedores e olhar os funcionários de forma integrada. “Acreditamos que a diversidade traz inclusão, então quando vou procurar uma empresa eu quero que ela se conecte com meus propósitos. E o líder tem o papel de dar o suporte, o S fala de pessoas no fim do dia”.
Marcelo Moreira, acrescentou que o ESG tornou-se uma das principais preocupações dos candidatos ao escolherem uma empresa para trabalhar. Os profissionais estão interessados em como a empresa está combatendo as mudanças climáticas, promovendo a diversidade e inclusão, e garantindo boas práticas de governança corporativa. O profissional lembra que com o pós pandemia mudou a forma como as empresas tratam os empregados. “Os talentos nas empresas exigem mais que um bom salário, bônus, mas existem outros componentes. É necessário que haja um encontro de causas, que ela se conecte com os princípios dos colaboradores”.
Maurício Chiesa Carvalho enfatizou que se uma empresa deseja atrair e reter talentos comprometidos com práticas sustentáveis, ela precisa se posicionar como uma organização verdadeiramente consciente e engajada. “Se uma empresa tem o propósito, gera credibilidade. É preciso olhar para dentro para depois olhar para fora. Uma empresa que tem uma pauta para atração e manutenção para pessoas engajadas é preciso olhar para indicadores”.
Os especialistas concordaram que o ESG não deve ser apenas uma estratégia de marketing para atrair talentos, mas sim uma parte integrante da cultura e da estratégia da empresa. Para serem realmente atraentes para os candidatos, as organizações devem adotar práticas sustentáveis em todas as áreas de seu negócio e demonstrar um compromisso real com a responsabilidade social e ambiental.
No painel “Código de Conduta na prática: Como ter os valores e posturas presentes de ponta a ponta”, foram debatidos os desafios de implementar práticas benéficas para a empresa e a sociedade: Ana Cristina da Costa Dias, gerente de Auditoria Interna e Compliance do Grupo Baumgart; Fábio Trimarco, diretor de Compliance e Qualidade da Ascenty Data Center e Telecomunicações S/A; e Maia Teixeira, business partner na EDP Renováveis.
Fábio enfatizou a necessidade de uma comunicação clara e consistente sobre o código de conduta, garantindo que todos os colaboradores tenham conhecimento e compreensão das políticas e diretrizes estabelecidas. Além disso, ressaltou a importância de investir em treinamentos e programas de educação, para disseminar os valores e posturas desejados em todos os níveis hierárquicos da empresa. “O complice é responsável por políticas, como o código de conduta, é de suma importância que reflita a ética e as maneiras de lidar com as pessoas e com a diversidade”, lembra.
Maia trouxe a reflexão sobre o papel das lideranças como exemplo de responsabilidade e conduta ética. Segundo ela, é fundamental que os líderes estejam engajados e sejam os primeiros a adotarem as práticas alinhadas ao código de conduta. A liderança deve agir como exemplo, influenciando positivamente os colaboradores e incentivando a adesão aos valores estabelecidos. “É preciso olhar nos olhos das pessoas e ter bons programas de comunicação, transmitir mensagens claras e transparentes. É preciso que as pessoas se sintam em casa”.
A importância de monitorar e avaliar a efetividade das práticas também foi abordada durante o debate. Além disso, ressaltaram a importância de avaliar periodicamente o código de conduta, garantindo sua atualização e adequação às mudanças no cenário externo e interno da empresa.
Por fim, a integração dos valores na cultura e nas operações da empresa foi apontada como fundamental para o sucesso da implementação das práticas éticas. Os palestrantes ressaltaram que os valores devem estar presentes em todos os processos e decisões da empresa, sendo incorporados de forma natural na rotina dos colaboradores.
Aproximação com as comunidades
No painel “A responsabilidade de cada um: O que sua empresa pode fazer pela justiça ambiental”, teve a participação de: Ana Márcia Lopes, conselheira da Outward Bound Brasil; Julia Gamba, diretora de Pessoas da Orbia (Amanco); e Sérgio Amad, CEO da Fiter.
Os painelistas destacaram a importância da responsabilidade das empresas em relação à justiça ambiental, enfatizando a necessidade de assumir compromissos concretos e implementar ações efetivas para minimizar o impacto ambiental de suas operações.
Ana Márcia Lopes ressaltou a importância de aproximar as empresas das comunidades locais, ouvindo suas necessidades e desenvolvendo projetos que contribuam tanto para o S, quando para o G da sigla. Ela enfatizou a importância de promover a inclusão dessas comunidades nos processos de tomada de decisão e garantir que sejam beneficiadas pelos recursos naturais presentes em suas regiões.
Julia Gamba destacou a necessidade de uma gestão sustentável da cadeia de suprimentos, analisando e mitigando os impactos ambientais ao longo de toda a cadeia. Ela enfatizou a importância de trabalhar em parceria com fornecedores e parceiros comerciais para promover práticas sustentáveis e incentivar a redução das emissões de carbono. “Empresas que estão mais avançadas nas práticas ESG têm maior retorno, e para colocar de pé é preciso que as ações estejam conectadas”. Para Julia apenas marketing frente às questões ambientais não se sustentam “É preciso melhorar a vida das pessoas e trabalhar nas comunidades em que estamos inseridos, cuidando da responsabilidade social, quando partimos deste propósitos, missões e valores estão conectados”, acredita Julia.
Sérgio Amad enfatizou a importância de estabelecer compromissos públicos para demonstrar o comprometimento da empresa com a justiça ambiental. Ele destacou a necessidade de adotar estratégias para a redução e reversão dos danos ambientais causados pelas operações da empresa, bem como a urgência de fazer a transição para fontes de energia limpa. “Quando falamos de justiça ambiental as iniciativas devem partir das próprias lideranças. O segundo pilar está no home office menos carros nas ruas é preciso que a liderança dê o exemplo”.
Já no último debate do dia: “Sua equipe entendeu aquele comunicado? A importância da clareza na divulgação de dados e relatórios” , Lordelisa Maria Fredo, gerente da Área de Gestão de Pessoas da Frimesa Cooperativa Central; Fabiana Ramos, CEO da PinePR; e Odete Duarte, consultora de Reputação e Comunicação Corporativa debateram a árdua tarefa de traduzir análises e metas ESG para públicos variados dentro da empresa.
A discussão sobre a importância da clareza na divulgação de dados e relatórios esteve no centro do último debate do dia. Lordelisa Maria Fredo, gerente da Área de Gestão de Pessoas da Frimesa Cooperativa Central, Fabiana Ramos, CEO da PinePR, e Odete Duarte, consultora de Reputação e Comunicação Corporativa, trouxeram suas experiências e perspectivas sobre a árdua tarefa de traduzir análises e metas de ESG para diferentes públicos dentro das organizações.
Lordelisa enfatizou a importância da clareza na comunicação interna, destacando que os colaboradores são o primeiro público a ser impactado pelos dados e relatórios divulgados. Ela ressaltou a necessidade de transmitir as informações de forma simples, acessível e transparente, de modo a engajar e informar os funcionários sobre as metas e ações da empresa em relação aos aspectos ESG. “A comunicação é um grande desafio, reforçamos temas com reuniões no ambiente de trabalho, ressaltamos a forma como o colaborador pode contribuir com as metas, isso traz engajamento e resultados”, explica a profissional.
Fabiana salientou que a comunicação externa também é crucial. Ela ressaltou a importância de fornecer informações consistentes e precisas, que demonstrem o comprometimento da empresa com a sustentabilidade e a responsabilidade social. Segundo Fabiana, relatórios claros e objetivos são essenciais para construir e manter a confiança dos stakeholders externos. “Todos os comunicados são cascateados para os heads, depois coordenadores, depois fazemos disparos massivos, isso é importante para que funcionários tenham dúvidas, questionem o coordenador e tenham clareza e evitem ruídos”.
Odete acrescentou que cada público tem suas próprias necessidades e conhecimentos prévios, portanto é fundamental adaptar a linguagem e o formato dos relatórios de acordo com cada grupo. Além disso, Odete destacou a necessidade de disponibilizar canais de diálogo, como sessões de perguntas e respostas, para esclarecer dúvidas e fortalecer a relação de confiança entre a empresa e seus públicos. “É um desafio trazer grupos e promover o engajamento, os líderes são facilitadores da comunicação, e o RH pode ajudá-los no conteúdo e no cascateamento de informações para dar resultados”, acredita Odete.
Ao final do debate, as três especialistas concordaram que as empresas enfrentam desafios significativos na tradução de análises e metas ESG para públicos variados, mas destacaram que a comunicação eficaz é um investimento valioso que traz benefícios tanto para a organização quanto para a sociedade como um todo.
Assista ao 2° Fórum Melhor RH ESG e Comunicação nos links abaixo:
Primeiro dia (25/09): https://bit.ly/2ºFMRHESGDIA01MRH
Segundo dia (26/09): https://bit.ly/2ºFMRHESGDIA02MRH