Por Roberta Correia*
A área de Comunicação Corporativa sempre foi um setor essencial para garantir que as empresas reflitam, para dentro e para fora, os valores que alicerçam sua cultura e sustentam sua reputação. As funções desta área têm ganhado contornos ainda mais relevantes em um contexto em que a agenda ESG (Environmental, Social and Governance) tem seu valor percebido pela sociedade. Isso porque transparência é intrínseca ao pilar Governança deste tripé e sem comunicação não há transparência.
Dar conhecimento às ações de responsabilidade é de suma importância, considerando que critérios ESG se tornaram exigência de mercado. A pesquisa Global Corporate Reporting and Institutional Investor, da consultoria EY, aponta que 78% dos investidores acreditam que as companhias devem realizar investimentos que enderecem questões ESG relevantes para o negócio, mesmo que isso impacte em redução de lucros no curto prazo. De acordo com a Bloomberg, os investimentos em ESG representarão US$ 53 trilhões dos ativos sob gestão já em 2025.
Com este cenário, fica claro que comunicar as ações de responsabilidade com objetividade e efetividade para todos os públicos de relacionamento das empresas é premissa estratégica para as organizações. Nesse contexto, os profissionais de comunicação que exercem suas atividades nos tempos atuais têm grandes desafios pela frente, mas, também, uma oportunidade de aprendizagem incomparável.
Com o interesse crescente da sociedade por ESG, aumentam também os perfis de públicos com os quais as companhias precisam se relacionar. Mapear as ferramentas, os canais e adequar as mensagens para cada um desses stakeholders é uma habilidade que tem se tornado ainda mais valiosa.
Empresas que atuam no mercado B2B, fornecendo matéria-prima e insumos para a fabricação de produtos por outras companhias, têm um desafio adicional. Para estas, ao passo em que falar com o público interno, com clientes, investidores, fornecedores e parceiros de negócio envolve caminhos mais definidos, conversar com o consumidor final, que busca cada vez mais entender a cadeia produtiva e a origem dos produtos que consome, requer estratégias mais criativas.
Uma peça essencial na jornada de comunicação com esse público de relacionamento não tão direto das organizações é a imprensa. O relacionamento com a imprensa, respeitoso, transparente e baseado na relevância da mensagem enquanto notícia, é central para que as empresas conversem com a sociedade.
Um termômetro importante para entender o comportamento das organizações no relacionamento com a imprensa é a Pesquisa Empresas que Melhor se Comunicam com Jornalistas, promovida pela Plataforma Negócios da Comunicação. A Bunge, empresa global de agronegócio e alimentos, tem a honra de integrar a lista da pesquisa pela 10a vez. O reconhecimento reflete um trabalho constante de dar transparência às importantes ações de sustentabilidade da companhia, atreladas ao seu compromisso pioneiro no setor de eliminar o desmatamento de todas as suas cadeias globais em 2025.
Como empresa que opera nos maiores países produtores de soja, a Bunge trabalha para garantir o fornecimento responsável deste produto, a partir do desenvolvimento de cadeias de suprimentos rastreáveis e verificáveis, incluindo monitoramento com apoio de imagens de satélite de última geração que já cobre 100% das compras diretas de soja e 80% das indiretas em áreas de risco de desmatamento no Cerrado. A companhia tem o Compromisso com a Transparência como um de seus três pilares norteadores da prática ESG e, por isso, comunica periodicamente os progressos de suas ações em direção à sua meta de desmatamento zero.
Com papel central na cadeia global de alimentos, a Bunge reconhece a importância da comunicação na agenda ESG e, por isso, almeja ser líder em transparência nas ações de responsabilidade em seu setor e elevar os padrões da indústria na mesma direção. Quando uma companhia que atua em setores tão essenciais como agronegócio e alimentos coloca a comunicação no centro da estratégia de seus negócios, compreendemos a dimensão da responsabilidade que é atuar com Relações Públicas em um cenário pautado pela agenda ESG.
Cabe a nós, comunicadores, nos capacitarmos permanentemente para acompanhar as transformações sociais e nos atualizarmos com as melhores práticas e ferramentas para continuarmos atuando como pontes entre o mundo corporativo e a sociedade na construção de um diálogo transparente e que preserve a reputação.
Roberta Correia é Gerente Sênior de Comunicação Corporativa da Bunge para América do Sul
