Empresas e acadêmicos discutem tecnologia e negócios audiovisuais em agosto

Feira e congresso SET EXPO apresentam tendências e novas tecnologias de mídia, criação, produção, distribuição e consumo de conteúdo audiovisual

O  maior evento de mídia e entretenimento da América Latina, a Feira e o Congresso acadêmico SET EXPO acontecerá de 22 a 25 de agosto, no formato presencial, em São Paulo, após dois anos ausente devido a pandemia. Participam profissionais de todos os ramos de atividades ligadas ao audiovisual, como, por exemplo, emissoras de televisão, operadoras e produtoras. E, também, de todos os níveis, como executivos, técnicos, engenheiros de som e imagem. A SET é uma associação que reúne a comunidade do segmento de mídia e entretenimento, com foco em tecnologia, operações e negócios.

“Nesses últimos anos, vimos uma aceleração na transformação digital e em toda a cadeia do audiovisual. De olho nisso, veremos no congresso temas como Conectividade, IoT, áudio imersivo, metaverso, a TV 3.0, e muito mais”, comenta Carlos Fini, presidente da SET, organizadora da feira e congresso”.  A expectativa é que o evento supere os 15 mil visitantes, e os 2 mil congressistas inscritos para as sessões de palestras e debates.

Congresso SET EXPO reúne especialistas nacionais e internacionais apresentando novas tecnologias em debates de alto teor técnico e profissional. Entre os temas em pauta nesta edição estão, por exemplo, a TV 3.0, produção de conteúdo, questões regulatórias, distribuição de conteúdo, futuro das telecomunicações, conectividade e segurança da informação.

Transmissões em nuvem continuam no pós-pandemia

O SET realiza vários eventos regionais que antecipam o congresso principal, que irá acontecer em agosto. Na versão Centro-Oeste, uma das discussões abordou as tecnologias de transmissão remotas e de nuvem, muito utilizadas e aperfeiçoadas durante a pandemia, que deverá nortear as produções daqui para a frente e voltará a ser discutida no evento presencial. Felipe Norte, Head de Tecnologia Globo Brasília da TV Globo, disse que em sua empresa construíram-se estruturas “com produções totalmente remotas, produzindo de uma forma mais leve”. Em termos de cloud (produções online armazenadas em nuvem) “já estamos experimentando na Globo Brasília, enquanto na Globo Rio já produzimos eventos em cloud”. Ele destacou o aumento a cultura de experimentação com aumento no modelo de equipamentos mais leves. “Hoje mais de 35% da equipe de tecnologia da Brasília está trabalhando de forma remota, mas precisamos continuar com a cultura da experimentação, e em um mundo híbrido saber a diferenciar a ferramenta para a necessidade concreta, além de saber como ser mais efetivos pensando em custos elásticos com otimização de custos”.

TVs ainda são dominantes

Outro assunto em pauta é que as produções de TV (aberta e por assinatura) são dominantes no tráfego da internet. Estudo da Kantar Ibope afirma que 79% do tempo dedicado ao vídeo pelos internautas é para TV aberta e por assinatura. Assim, o conteúdo de televisão está em todo o lugar, alcançando, em 2021, aproximadamente 205.876.165 de pessoas, que assistiram às emissoras de TV linear (quando o espectador assiste a um programa de TV transmitido por seu canal original), em média, 5h37m por dia.

O estudo InsideVideo 2022 revelou que 98% das pessoas assistiram a qualquer conteúdo de vídeo dentro de casa no primeiro trimestre deste ano, e 65% consumiram a algum vídeo no dia. Assim, a jornada de vídeo indica que o consumo de TV linear continua sendo maior que o de conteúdo on-line.

Melissa Vogel, CEO da Kantar IBOPE Media no Brasil, disse que o vídeo é uma grande janela para as marcas, por isso “63% de todo o investimento publicitário feito em 2021 foi em formatos de vídeo, sendo que para as principais marcas do mercado brasileiro, esse percentagem chega as 88%”.

Vogel disse ainda que hoje 62% do consumo de vídeo é em grandes telas, seguido pelos smartphones com 6%. Hoje “Temos 57% de residências com TV Conectada, sendo que em 2017 alcançava apenas 27%”.Desse consumo de vídeo em domicílios, o “35% do consumo de vídeo se realiza acompanhado”, assim o consumo acontece em todos os ambientes”.

 

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