Refletir e criar uma comunicação inclusiva: mais que respeito, é diferencial

Estamos vivendo uma transformação tão rápida na sociedade, que as vezes nem sequer nos damos conta

Estamos vivendo uma transformação tão rápida na sociedade, que as vezes nem sequer nos damos conta. Em março de 2020, foi iniciada uma corrida onde pessoas e empresas começaram a repensar seus comportamentos para se adequarem àquilo que muitos começaram a chamar de “novo normal”. Passados quase dois anos de vivência nesse cenário, posso dizer que aprendi muito, principalmente como profissional, impulsionada, principalmente, pela agilidade da comunicação nas redes sociais e pela quebra de barreiras geográficas. Fazer parte dessas mudanças dentro da comunicação corporativa é um dos meus atuais desafios.

Estamos inseridos em um mundo cada vez mais digital, em que a velocidade da informação e sua veracidade ganham destaque tanto internamente, nas empresas, quanto na sociedade de uma maneira geral. Desde o início da pandemia, pudemos perceber o quanto a comunicação se tornou uma aliada de todos nós. Na BASF, onde atuo há mais de uma década, não foi diferente! Colaboro em uma companhia que tem como propósito criar não somente química para um futuro sustentável, mas também laços entre as pessoas, construindo pontes para conectar diferentes stakeholders.

Um dos muitos caminhos que percorremos nesse período e que sentimos necessidade de revisitar foi a forma como estávamos nos comunicando, seja internamente ou junto aos clientes, fornecedores, parceiros de negócio. A partir daí, aqui na BASF sugerimos a criação de um manual e, assim, produzimos o Guia Prático para uma Comunicação mais Acolhedora, Respeitosa e Inclusiva, junto com os colegas da equipe de Diversidade & Inclusão e parceiros externos. Nesse material, explicamos de maneira gentil e respeitosa, o porquê algumas expressões machistas, racistas ou sexistas não deveriam mais existir, assim como trouxemos exemplos de como podemos falar a mesma coisa, mas de uma maneira que ninguém se sinta ofendido.

Essa movimentação toda tem por objetivo ampliar o conhecimento e incentivar a reflexão por meio de exemplos de como podemos ser pessoas mais inclusivas em nossa fala, utilizando uma linguagem neutra e sem precisar inventar novas palavras. Com isso, pretendemos respeitar também a necessidade das pessoas que dependem de ferramentas digitais que realizam a audiodescrição de textos, as quais não conseguem identificar as substituições que mencionei acima.

Alguns podem pensar: “Nossa, que rigidez, um guia”. Na verdade, é o oposto disso! Nos colocamos no papel de transformadores deste novo mundo que estamos reescrevendo juntas e juntos. Esses são apenas os primeiros passos de uma jornada em busca de uma comunicação mais respeitosa e inclusiva, porque entendemos que, na verdade, tudo isso amplia as possibilidades de nos colocarmos no lugar do outro. Só evoluímos como seres humanos porque conhecemos, aprendemos e mudamos de opinião ao longo de nossa trajetória.

Querem exemplos? Sugerimos preferência por palavras como “quem”, ou “alguém” para substituir “aqueles”, uma vez que a palavra é masculina. Outra pequena sugestão é de utilizar “pessoas”, para situações que independem do gênero.

Ao apresentar nosso guia, notamos um certo alívio de quem sabia que precisava mudar, mas não tinha ideia de como começar. A linguagem neutra requer treino, como todo novo hábito, mas acreditamos que ao explicar o porquê das coisas, estamos ajudando a abrir a mente de todos nós, ao invés de impor uma nova regra. No fundo, toda e qualquer comunicação tem a ver com a intenção do interlocutor, mas também, com a percepção de quem ouve.

Acredito que esse é um tema tão polêmico quanto apaixonante e que exigirá cada vez mais um olhar atento na comunicação para que possamos contribuir com essa jornada. Esse é apenas um dos exemplos de prática dentro da BASF ligando os princípios do ESG (Environmental, Social and Corporate Governance, na sigla em inglês) aos temas de Diversidade e Inclusão.

O mundo está em constante movimento, contínua mudança, e precisamos estar sempre abertos às novas tecnologias e às novas formas de gerar conteúdos e diálogos. E você, está preparado, atento e aberto para o que vem pela frente?

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