Comunicação a distância

As coisas seguirão mudando, cabe a nós entendermos os caminhos e escolhermos os melhores para nossa empresa, nosso modus operandi

Muitos de nós aprendemos na faculdade de comunicação social a importância da comunicação ativa, olho no olho e como ela pode conviver pacificamente com as comunicações digitais, a distância. E era assim que a gente se comunicava, mesclando diferentes formatos para que a mensagem fosse passada da forma correta e recebida por todos os públicos necessários. O cascateamento via lideranças, por exemplo, era uma prática muito utilizada por meio de uma primeira comunicação direcionada aos líderes, muitas vezes presencialmente, para que eles depois compartilhassem com suas equipes. Eventos, convenções eram a forma de fazer a mesma coisa, seja com público interno ou externo.

O parágrafo acima está no passado de propósito, pois a chegada da Covid-19 e, com ela, a necessidade de isolamento, colocou todas as premissas de comunicação em alerta e de cabeça pra baixo. Pois é, tivemos de nos reinventar, revisitar nossas metodologias, questionar o status quo. E a meu ver os profissionais de comunicação fizeram isso muito bem!

Tudo virou digital, o olho no olho ainda existe, mas por meio de uma tela, o que não é exatamente igual. A conversa rápida com a equipe, o papo no café, o sorriso no elevador para cobrar aquela resposta ou os 2 minutos no corredor deixaram de existir. E agora parecem distantes da gente, parecem terem ficado no passado mesmo. O presente são os calls. Temos vários tipos: reuniões, conversas de 30 minutos, de 15 minutos, as confraternizações, os happy hours, e por aí vai. Porém, o mais importante disso tudo é que não substituímos simplesmente os fóruns presenciais pelos virtuais, mas reinventamos o formato e adaptamos a forma.

O futuro ainda é incerto, não sabemos exatamente como as coisas vão ficar, mas o presente está funcionando muito bem. As comunicações continuam sendo feitas, os cascateamentos acontecem e os resultados estão aparecendo. Na SulAmérica, por exemplo, não tivemos perda de produtividade e a comunicação conseguiu seguir sendo feita, seguindo as melhores práticas. Não me lembro de ter ouvido reclamações por falta de conhecimento ou por comunicação cruzada.

Estamos prontos para o retorno, de forma híbrida. Afinal, aprendemos muito com tudo que aconteceu – e está acontecendo – e não podemos simplesmente voltar a fazer tudo como era antes. Espertos são aqueles que aprendem e transformam. Que mesclam o melhor do antes, com o do durante e em dado momento com o do depois. As coisas seguirão mudando, cabe a nós entendermos os caminhos e escolhermos os melhores para nossa empresa, nosso modus operandi.

Aqui na SulAmérica definimos quais seriam os momentos presenciais a partir de agora. Definimos os “momentos que importam”. No que o presencial é mandatório, faz toda a diferença? E quantos dias na semana precisamos para eles? O que a distância cumpre muito bem seu papel e não precisamos de olho no olho sem tela entre nós? Esse estudo foi feito com a participação de todos os colaboradores, por meio de pesquisas, e cada área definiu seus “momentos que importam” e quantos dias por semana seriam usados para trabalho presencial e quantos, remoto. No marketing devemos trabalhar no esquema 4 para 1 (4 dias em casa e 1 na empresa).

Estávamos prontos para começar nesse novo modelo de trabalho, mas aí a Ômicron surgiu e se juntou à Influenza e talvez tenhamos de nos reinventar novamente, esperar um pouco mais. Mas tudo bem, se tem algo que também aprendemos na pandemia foi que temos de viver um dia após o outro, utilizando as melhores ferramentas que temos à nossa disposição e mantendo a comunicação sempre em dia!

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