O jornal A Tribuna de Santos, ao completar 131 anos, segue movimentos do mercado impresso para se adaptar aos novos momentos econômicos e tecnológicos, como por exemplo trocar o formato standard pelo berlinder – um pouco mais alto e largo que o tabloide – e criar novas seções para atrair novos públicos ou públicos perdidos. Mesmo que isso signifique voltar atrás de decisões que cortaram seções ou suplementos. Agora, retorna as seções Tribu, voltada par ao público jovem; A Tribuninha, para as crianças e o Jornal do Motor, para os afccionados de automóvel
A aposta em eventos, que dão visibilidade à marca também está sendo adotada há alguns anos, como o patrocínio da maratona 10 Km de A Tribuna. “Os eventos o Grupo A Tribuna são muito importantes para fomentar discussões que são extremamente relevantes para a região”, afirmou Marcos Clemente Santini, diretor presidente do jornal, em matéria especial publicada hoje (26/3).
A cobertura pretende ser mais local, segundo os editores. Não que já não fosse, mas o noticiário nacional e internacional já ocuparam espaços maiores. Uma das apostas e ampliar a cobertura do porto, uma das principais atividades econômicas da cidade. Mas sempre ouvindo os empresários e pouco os trabalhadores, se queixam alguns sindicalistas. O porto ocupa hoje a maior parte do noticiário.
Outro foco, questionável, é a cobertura excessiva em alguns aspectos, da Pinacoteca, ou oficialmente Fundação Benedito Calixto Pinacoteca de Santos. Uma instituição que agora é comandada por Roberto Clemente Santini, diretor presidente da TV Tribuna, e tem no seu corpo de conselheiros nomes ligados ao jornal e sua família. Na época da desapropriação do imóvel por interesse públio, feita pela prefeita Telma e Souza (PT) o jornal fez uma forte crítica a iniciativa. Telma, inclusive ficou anos sem ter o nome citado pelo jornal.
Nas últimas décadas A Tribuna procurou surfar nas mudanças tecnológicas. Foi um dos primeiros jornais a ter um site na internet e investiu no noticiário online. O Gtupo possui uma TV filiada à Rede Globo e rádios.
História
O jornal centenário foi fundado em 1894 pelo jornalista maranhense Olímpio Lima, que comprou o semanário A Tribuninha, e trocou o nome por Tribuna do Povo. Mas Lima faleceu abrupdamente e o periódico passou para as mãos de seu amigo e testamenteiro José de Paiva Magalhães até 1909, quando o Manoel Nascimento Jr., adquiriu o jornal endividado em um leilão público e iniciou um processo e modernização. Em 1912 importou as rotativas Albert, da Alemanha.
Em 1920, Giusfredo Santini, genro de Nascimento Jr, assumiu a superintendência. Foi inicio da geração Santini no controle do jornal.