Léo Batista se manteve ativo no jornalismo até os 92 anos

O locutor e comentarista esportivo completou, antes de falecer, 92 anos de jornalismo, sendo 55 na Globo

Uma das vozes mais marcantes no jornalismo da TV Globo, Léo Batista faleceu domingo (19), aos 92 anos, no hospital Rios D`Or,  na Zona Oeste no Rio de Janeiro. Ele enfrentava um câncer no pâncreas. Apesar do problema de saúde ainda estava na ativa e sua última aparição nas telas foi no dia 26 de dezembro, num programa vespertino esportivo. “Léo  Batista trabalhou no que gostava até praticamente os últimos dias de sua vida”, declarou a TV Globo em nota.

Apesar de ser mais conhecido como jornalista esportivo, Léo Batista atuou em outras posições, cobrindo momentos importantes da vida nacional: no dia 24 de agosto de 1954 noticiou o suicídio do então presidente Getúlio Vargas. Em novembro de 1963, noticiou também o assassinato do presidente norte-americano John Kennedy.

Carreira

Léo Batista (ou João Baptista Belinaso Neto), nasceu em Cordeirópolis (SP), onde trabalhou no sistema de alto falantes da idade. Em 1947, atuou como locutor e apresentador em rádios de Birigui (SP) e na Difusora de Piracibaba (SP). Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1952 para trabalhar na Rádio Globo como locutor e redator de notícias – onde viveu 55 fos seus 77 anos. Atuou ainda por 13 anos na extinta TV Rio, liderando o Telejornal Pirelli. Depois, esteve na TV Excelsior e, finalmente, a TV Globo em 1969. Na Globo, se notabilizou na cobertura esportiva, e começou nesse segmento cobrindo a copa do  Mundo no México, em 1970. Teve outras posições na emissora, como por exemplo, dividir a bancada do Jornal Nacional por 40 anos, substituindo Cid Moreira e também cobriu o carnaval no Rio de Janeiro para a rádio e TV. Antes, foi o primeiro apresentador da casa a participar de vários programas, como no Jornal Hoje (1971), Esporte Espetacular (1973) e Globo Esporte (1978). No setor esportivo fez ainda grandes coberturas especiais, como primeiro jogo de Mané Garrincha no Botafogo (aliás, seu time de oração) em 1953 e  noticiou de primeira mão a morte de Ayrton Senna em 1994.

Além dessas marcas foi o primeiro narrador de uma transmissão de surf e Fórmula 1 na TV brasileira. Foi ainda uma voz marcante na narração dos gols da semana no Fantástico, durante as décadas de 70 e 80, e as atualizações dos resultados da loteria esportiva, com a famosa zebrinha.

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