Participaram desse momento Roberta Knijnik, gerente de Vendas e Marketing LatAm e líder da América Latina do WIN (Women at Intel Network), Fabiana Cymrot, consultora de Carreira na FCYM, e Tatiana Romero, diretora de RH da Ticket.
As executivas foram categóricas em afirmar que a única maneira de combate ao problema é o letramento e a conscientização sobre o tema e lembraram situações que correspondem a casos de agressões sutis e outros comportamentos que tolhem a atuação plena de mulheres nas organizações. “Muitas vezes a gente nem sabe que está sendo agredida”, pontuou Tatiana, sobre a necessidade de amplo conhecimento dessas situações e formas de combatê-las.
Roberta, por sua vez, lembrou clientes misóginos, solicitando o atendimento da empresa na pessoa de colaboradoras de boa aparência. Tatiana lembrou a exigência desse quesito em diversos processos seletivos, e que simples interrupções durante uma reunião, per si, podem configurar comportamento preconceituoso e machista de pares, líderes e gestores presentes. Fabiana lembrou o quanto as mulheres são barradas nas empresas por terem filhos pequenos, o quanto são ridicularizadas ao demostrarem suas emoções e descontentamentos, apontadas como “chiliquentas” e culpabilizadas por sua tensão pré-menstrual, citando alguns exemplos.
Esse comportamento também pode ser reproduzido por mulheres na liderança, como lembrou uma espectadora do evento, ao que as executivas responderam ser necessário o mesmo esforço de sensibilização e conscientização.
“É preciso entender que se você faz isso com uma mulher, faz com todas, lembrou Tatiana”. Roberta e Fabiana concordam e defendem a união e sororidade entre as profissionais. “Fomos criadas para sermos competitivas”, observou, ainda, Roberta, sobre o tema. “A gente ainda vê estereótipos de que a mulher precisa se masculinizar para chegar ao topo”, destacou a executiva.
O momento, para elas, é diferente, de desconstrução, de permissão para assumir falhas e preconceitos e trabalhá-los nas oportunidades que a empresa oferece, como os grupos de afinidade, por exemplo. Esses grupos, lembra Fabiana, “devem abranger também pessoas que de fato precisam de conhecimento sobre o tema” e não apenas iniciadas.
Espaços seguros para comunicar ocorrências são necessários, observam as executivas. Mas elas defendem o relacionamento interpessoal como forma de letramento, em conversas francas sobre o problema quando ele ocorre, lembrando que essas questões transcendem o ambiente de trabalho e muitas vezes ocorrem entre colegas e em relações de subordinação, nas redes sociais, no café, no happy hour e nos almoços.
- O 3° Fórum Melhor RH Diversidade pode ser visto no Youtube, no Facebook e no Linkedin (parcialmente, devido a limitações desta rede social).