O Instagram é a plataforma por onde criadores e marcas mais fazem negócios, segundo a pesquisa “Creators e Negócios”, produzida pela Agência Brunch e a consultoria Youpix. O resultado do estudo foi divulgado hoje. E 75,2% dos entrevistados apontaram que é a rede por onde mais fecham trabalhos. Com 60,8% da renda dos criadores concentrados em publis e jobs, o uso comercial do Instagram cresceu 9% em relação ao ano passado. O TikTok, embora consolidado e inovador para a dinâmica de viralização, ocupa o terceiro lugar na lista de redes mais utilizadas, com 11,8%, atrás do YouTube, com 12,7%.
Mas alguns outros canais estão crescendo: o Twitter já tem 3,2% da preferência e está em Ascenção. O LinkedIn (2,9%) investiu US$ 25 milhões de dólares no seu programa de aceleradores de creators, o que deve trazer resultados maiores em breve. Para Ana Paula Passarelli, COO e co-fundadora da Brunch, “o Tik Tok não quer só os creators, não é uma comunidade e tem uma lógica diferente de outras redes sociais”. Por isso ela fala da desumanização dos creators no Tik Tok, que crescem e viralizam mas não são lembrados”. Mas as marcas já estão olhando com mais interesse para o Tik Tok, segundo a especialista.
Ana Paula, explica que os dados da pesquisa apresentam um movimento de transformação da “Influencer Economy” para a “Creator Economy“, com profissionalização acelerada abarcada por uma atenção renovada sobre as métricas de negócios
Influenciadores fazem mais barulho que marcas
Apesar de produzirem uma quantidade similar de conteúdo para as redes sociais, as interações do público com os influenciadores digitais nas redes sociais são muito maiores se comparado com perfis de marcas. E os números não mentem: no segundo trimestre do ano (abril a junho), por exemplo, eles tiveram aproximadamente 17 vezes mais interações no Instagram e 68 vezes mais no Facebook, segundo o relatório Mídias Sociais 360° — uma parceria do Núcleo de Inovação em Mídia Digital (NiMD) do Centro Universitário FAAP e a Emplifi, empresa líder mundial no monitoramento de redes.
“Se a divulgação de produtos e serviços no perfil de influenciadores digitais já é comum há algum tempo, essa é uma tendência que deve aumentar ainda mais”, ressalta Adriano Cerullo, professor do curso de Publicidade e Propaganda da FAAP e um dos envolvidos no estudo.
Para Alexandra Avelar, Country Manager da Emplifi, é por isso que cada vez mais as marcas estão cautelosas ao buscar seus influenciadores e focando em relação de maior durabilidade. “Com grandes investimentos nestas campanhas, o marketing de influência se torna cada vez mais uma ferramenta crítica que merece toda a atenção da marca”, reforça.
Os dados do relatório mostram que, enquanto “Influenciadores” conseguem 82.041 mil interações em seus perfis a partir de dois posts na timeline por semana (não estão sendo considerados stories, reels etc), as “Marcas” conseguem apenas 4.893 interações publicando três posts por semana. Ou seja, “Influenciadores” têm aproximadamente 17 vezes mais interações em seus perfis.
“Este é um dos dados que sustentam o crescimento do marketing de influência e o valor que criadores de conteúdo e influenciadores digitais possuem para as empresas”, avalia o professor Eric Messa, coordenador do curso de Publicidade e Propaganda e do NiMD FAAP.