Marketing digital continua em pleno crescimento

Diversas pesquisas recentes mostram aumento do investimento no digital, feito por vários anunciantes

Pesquisas recentes mostram que o marketing digital continua em alta nos planos de investimentos de diversas empresas, Uma tendência de crescimento contínuo bem longe do esgotamento. Nos últimos anos, os canais digitais se consolidaram — e a pandemia apenas acelerou o processo. A estratégia, segundo estudos, pode até triplicar receitas para quem aposta nesse modelo de divulgação e se for feito com critérios profissionais.

Instagram domina o ranking

Segundo a NTT Data e o MIT Technology Review, em trabalho conjunto, 70% das empresas aumentaram seu investimento em marketing digital na América Latina ano passado. E pretendem aumentar neste ano. O Instagram é a rede social preferida das empresas, seguido pelo Facebook e LinkedIn, de acordo com  estudo Marketing Digital na América Latina: a experiência do cliente como o centro das estratégias dos negócios. Atualmente, os gastos em marketing digital correspondem a 60% de todo gasto em marketing. Nos próximos cinco anos, essa fatia deve aumentar para 85%, segundo os entrevistados. Responderam ao estudo líderes de 60 empresas da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru.

Atualmente, os gastos em marketing digital correspondem a 60% de todo gasto em marketing. Nos próximos cinco anos, essa fatia deve aumentar para 85%. As empresas que têm estratégia de marketing digital chegam a 90%. Há três anos, esse número estava em 40%. E 44% delas conseguiram atingir os objetivos (KPIs — Key Performance Indicator) nas áreas envolvidas no negócio. Além disso, 28% afirmam ter conseguido alinhá-lo aos objetivos do negócio, otimizando e avaliando regularmente.

“Com o estudo descobrimos que o marketing orientado a dados é importante para saber o que os clientes procuram”, diz Ricardo Cury, head de Customer & Innovation e líder de Marketing Digital da NTT DATA Brasil.  Cury também destaca a importância do metaverso — e suas soluções de realidade virtual e aumentada — para gerar uma experiência de usuário que mistura o mundo real com o virtual. “Espera-se que este mundo de experiências virtuais se torne uma multiplicidade de interfaces para a venda de bens e serviços”, afirma o líder de Marketing Digital da NTT DATA Brasil.

O Instagram apareceu como rede social preferida para 87% das empresas. Em seguida, aparecem o Facebook (76%) e o LinkedIn (53%) e o YouTube (53%). O TikTok foi apontado por 18%, mas a expectativa é que apareça como terceira principal rede social na América Latina em 2022.

Entre as ferramentas mais importantes para as empresas da região estão o CRM (segundo 82% dos entrevistados), SEO (59%), ferramentas de gerenciamento de campanhas (57%) e ferramentas de escuta social (38%).

Empresas não estão preparadas para um mundo sem cookies

A terceira edição do Relatório do Engajamento do Cliente, publicado pela Twilio — plataforma de engajamento do cliente que impulsiona experiências personalizadas em tempo real para as marcas líderes da atualidade — aponta um cenário muito positivo, onde os investimentos no engajamento digital do cliente são a chave para um aumento médio de receita de 70% no mundo, chegando a 95% no Brasil. A pesquisa ouviu 3.450 líderes empresariais e 4500 consumidores em 12 países. 

“Essa pesquisa nos mostrou que investir no engajamento digital dos clientes tem um impacto significativo e positivo na retenção e confiança do consumidor nas receitas das empresas”, comenta Raul Rincon, vice-presidente sênior LATAM da Twilio.

As previsões do estudo apontam que as empresas B2C brasileiras preveem que 73% do engajamento de seus clientes será digital até 2025. No Brasil, o aumento percentual médio no investimento em engajamento digital do cliente esperado nesses próximos três anos é de 149%, o maior percentual da região.

O estudo também apontou que 55% das empresas dizem não estarem totalmente preparadas para um mundo sem cookies, mesmo que essa seja uma realidade iminente. Esse número no Brasil é de 44%. Hoje, 81% das empresas dependem de cookies de terceiros para continuarem seus negócios. 

Influenciadores ajudam

Outro levantamento, feito pela CMO Survey, revela que o investimento em marketing digital representou 58% do investimento das empresas em 2021.  Um aumento de 15,8% no investimento nesse tipo de marketing em relação ao último ano. E esse investimento deverá aumentar 14,7% neste ano.  A ferramenta de marketing digital mais utilizada, segundo esse estudo, foi o Google Ads, seguida pelo Facebook Ads. O trabalho com influenciadores digitais foi buscado por 74,3% das empresas entrevistadas, que ainda citaram (82,4%) a melhora da imagem da empresa e o engajamento com o cliente utilizando influenciadores.

Forma de consumir informações mudou

O marketing digital pode triplicar o faturamento das empresas, de acordo com a Pesquisa Maturidade Digital e Vendas no Brasil da consultoria McKinsey. Segundo o eMarketer os investimentos em mídia digital na América Latina cresceram em US$ 9,33 bilhões. Empresas que não investem nesse ramo estão fadadas a perder faturamento, porque a forma de consumir informação sobre produtos mudou e agora tem a ver com ferramentas do mundo digital, de acordo com Rodrigo Prata, diretor da Box Ideias, Agência de Marketing e Tecnologia. A jornada do cliente até a decisão de compra passa por consultas em sites, e-commerce, e mídias sociais, que são alavancados por técnicas de SEO, social media, marketing de conteúdo, inbound marketing, entre outras.

Só cresce quem investe em marketing digital

Além disso, o marketing digital é uma opção para momentos de crise avalia a Pesquisa Marketing Visão 360º, realizada pelo Mundo do Marketing, em parceria com a TNS Research International, com números que comprovam que mais da metade (54,%) das empresas que entendem que o marketing digital é indispensável são de pequeno porte. A maioria prefere terceirizar a atividade para especialistas e agências.

A pandemia do Covid-19 impulsionou esse interesse de acordo com a Visa Consulting & Analytics, apontando que mais de 70 mil empresas entraram para o e-commerce desde o início da crise sanitária. A pandemia acelerou o processo de comércio digital no Brasil, que se aproxima ao modelo norte-americano onde nem tem todos os produtos vendidos estão em lojas físicas. O Worldpay from FIS projeta que as vendas do e-commerce no Brasil, por sua vez, devem avançar 95% até 2025.

Anúncio digital só perde para a TV aberta

E, finalmente, uma pesquisa do Conselho Executivo das Normas-Padrão (CENP) de publicidade no Brasil — que reúne os principais anunciantes, veículos de comunicação e agências de propaganda — comprova que o anúncio digital é o que mais cresce no País, perdendo a primeira posição apenas para a TV aberta. O meio digital é responsável por 33,5% do bolo publicitário. A TV aberta é dominante, mas os investimentos nela caiu de 51,9% em 2020 para 45,4% em 2021. A previsão é de queda contínua em 2022.

A estimativa se confirma pela pesquisa global 2022 Marketing Investment Forecast, publicada pela Forrester, que é utilizada como parâmetro pelo segmento em todo o mundo. Esse indicador mostra que o crescimento em ações de marketing digital será de 30% até 2025

 

 

 

 

 

 

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