Pulitzer reflete desafios do jornalismo e premia veículo “póstumo”

Darnella Frazier, jovem que registrou morte de George Floyd, também recebeu premiação especial

Em sua 105ª edição, o Pulitzer traduziu em seus vencedores o ano atípico que foi 2020 e principalmente os desafios impostos aos jornalistas em suas coberturas. “O ano de 2020 foi diferente de qualquer outro na história do jornalismo. As organizações de notícias sentiram a complexidade de cobrir uma pandemia global, manifestações raciais e uma eleição presidencial duramente contestada. A magnitude das histórias e o ritmo que elas se desenrolaram levou muitos no setor de notícias ao limite das suas resistências”, falou Mindy Marqués, Co-chair da Pulitzer Prize Board no início da apresentação da lista do Pulitzer, um dos maiores prêmios mundiais de jornalismo.

Os vencedores do 2021 Pulitzer constitui a 105ª turma de vencedores do Prêmio Pulitzer, o evento aconteceu de forma online e anunciou os ganhadores das categorias Jornalismo, livros, drama e música.

Stephen Engelberg, Co- Chair da Pulitzer Prize Board, destacou que os eventos demonstraram o valor da cobertura precisa e o papel da mídia para a democracia. “Este ano os vencedores não cobriram a notícia, eles entregaram insights, contexto e informação disponíveis em nenhum outro lugar. Repórter e editores que trabalharam em essas histórias enfrentaram desafios incomparáveis”.

Os vencedores

Um dos destaques dos premiados foi Darnella Frazier, que registou o assassinato George Floyd. “Queremos observar que o conselho premiou a adolescente testemunha que filmou e compartilhou o vídeo, onde gerou os protestos contra a brutalidade policial em todo o mundo, destacando o papel crucial dos cidadãos na busca dos jornalistas pela verdade e justiça”, ressaltou Mindy Marqués.

Na categoria de Serviço público, o jornal New York Times ganhou a premiação pela cobertura corajosa, presciente e abrangente da pandemia de coronavírus que expôs as desigualdades raciais e econômicas, falhas do governo nos EUA e além, e preencheu um vazio de dados que ajudou os governos locais, provedores de saúde, empresas e indivíduos a estarem melhor preparados e protegidos.

O Conselho da Pulitzer é composto por 18 membros, sendo 17 deles votantes. Membros servem a máximo de três mandatos de três anos. E os júris de jornalismo geralmente têm cinco ou sete membros, dependendo do volume de entradas em uma categoria.

Confira a lista completa dos ganhadores de jornalismo:

Serviço público – O jornal New York Times
Breaking News Reporting – Staff do Star Tribune, Minneapolis, Minn.
Reportagem investigativa – Matt Rocheleau, Vernal Coleman, Laura Crimaldi, Evan Allen e Brendan McCarthy do The Boston Globe
Reportagem explicativa – Andrew Chung, Lawrence Hurley, Andrea Januta, Jaimi Dowdell e Jackie; Ed Yong do The Atlantic Botts da Reuters
Reportagem local – Kathleen McGrory e Neil Bedi do Tampa Bay Times
Reportagem nacional – Equipe do The Marshall Project; AL.com, Birmingham; IndyStar, Indianapolis; e do Invisible Institute, Chicago
Reportagem internacional – Megha Rajagopalan, Alison Killing e Christo Buschek do BuzzFeed News
Reportagem – Nadja Drost, colaboradora freelance, The California Sunday Magazine e Mitchell S. Jackson, colaborador freelance, Runner’s World
Comentarista – Michael Paul Williams do Richmond (Va.) Times-Dispatch
Crítico – Wesley Morris do The New York Times
Editorial – Robert Greene do Los Angeles Times
Cartum – sem premiação
Breaking News Photography – Fotógrafos da Associated Press
Fotografia de destaque – Emilio Morenatti, da Associated Press
Reportagem de áudio – Lisa Hagen, Chris Haxel, Graham Smith e Robert Little da National Public Radio
Citação Especial – Darnella Frazier

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