A arte de contar histórias se funde com o nascimento da humanidade. Com o passar do tempo, o storytelling ganhou o reforço de recursos visuais e se tornou uma técnica cada vez mais utilizada pelas grandes empresas para transmitir mensagens, de uma maneira mais eficiente. O segredo: storytelling mais do que informa, emociona.
Foi comprovado cientificamente que ouvir histórias faz o cérebro liberar hormônios que, entre outras ações, provocam a sensação de prazer e, com isso, facilitam a lembrança e ajudam as pessoas a reter melhor a informação em sua memória. Histórias costumam gerar identificação e até mesmo inspiração.
As maiores empresas do mundo estão se apropriando de técnicas de storytelling para conquistar o coração – e o bolso – de seus consumidores. Um levantamento da Universidade Presbiteriana Mackenzie aponta que apenas 5% das pessoas se lembram de dados apresentados em forma de gráficos e estatísticas. Já quando uma história é contada, 63% do público são capazes de recordá-los.
Nos últimos anos, as marcas líderes se deram conta de que, para conquistar fatias maiores dos mercados em que atuam, não basta balizar a comunicação pelo que seus concorrentes têm feito. Agora, a disputa é pela atenção das pessoas, e as marcas precisam produzir conteúdo à altura da indústria do entretenimento. Saem na frente as marcas que entretêm por mais tempo. Em outras palavras, as melhores contadoras de histórias.
Para aqueles que querem começar um trabalho com essa técnica, há uma série de itens que devem ser levados em consideração, como destacamos no e-Book “Guia Tendências de Storytelling 2018” – http://conteudos.lacasadelamadre.com.br/tendencias-de-storytelling-para-2018. Em primeiro lugar, deve-se fazer uma imersão na cultura da empresa, buscar personagens e histórias que mostrem os valores da organização. É preciso planejar corretamente, antes de colocar o plano em execução.
Para isso, recomenda-se a criação de um departamento de storytelling interno, formado por colaboradores. Essa opção é a mais indicada e proporciona melhores resultados do que enviar briefings para profissionais que não conhecem a sua marca profundamente. Os colaboradores conhecem, melhor do que ninguém, as histórias que são contadas ali dentro, podem ajudar a encontrar personagens, colaborar para a divulgação dos valores da companhia e criar histórias autênticas e únicas associadas à marca. Outra vantagem de ter um departamento próprio e dedicado é a redução de custos e prazos.
Para criar este núcleo, que deve ter um roteirista, um filmmaker e um produtor, aposte em profissionais que sejam especialistas no assunto. Contrate uma consultoria para ajudar a entender o nível de conhecimento da equipe interna em relação ao recurso, elaborar estratégias e criar planos de ação para encontrar as melhores histórias a serem contadas. Além disso, será possível criar um guide de storytelling para alinhar os discursos e campanhas de toda a empresa.
Na era das redes sociais, todos os colaboradores podem ser microinfluenciadores. Assim, cada membro de uma equipe pode se tornar um contador de histórias corporativo, onde as pessoas poderão acompanhar suas trajetórias, altos e baixos, mas sempre de acordo com o posicionamento da empresa. Para transformar os funcionários em storytellers, dê suporte e treinamento para que saibam utilizar, da melhor maneira, as ferramentas de produção e distribuição de histórias. Isso pode, inclusive, ajudar a melhorar as vendas e negociações da equipe.
Planejar e definir os temas que serão abordados são pontos fundamentais para atrair a atenção do seu púbico. Dê preferência aos conteúdos educativos, atrelados a histórias poderosas, pois além de aprenderem, os consumidores se motivarão e passarão a enxergar a marca como um auxiliador no processo de autodesenvolvimento, criando um laço emocional com ela.
A produção de conteúdo massificado é um erro. É preciso conhecer a audiência da marca e produzir o conteúdo alinhado com aquilo que ela quer consumir. Recomenda-se que as empresas tenham, em primeiro lugar, uma plataforma proprietária de broadcast de conteúdos em vídeo, o que possibilitará conhecer as preferências e hábitos dos consumidores. Dessa forma, em vez de destinar verba para propagandas em grandes emissoras, as empresas e marcas passam a usar esse orçamento para a criação de conteúdo e de audiência próprios.