Por Daniela Barros
O agronegócio brasileiro segue transformando e inovando, não apenas em técnicas de manejo e adoção de novas tecnologias, mas também abrindo espaço para mulheres ocuparem posições de liderança. A comunicação tem um papel fundamental em dar visibilidade às histórias dessas mulheres para o público geral, quer seja a sociedade – que consome os alimentos produzidos no campo – ou a própria cadeia do agro.
Mulheres demonstram crescente participação nas decisões e na gestão rural, contudo, sua atuação e influência ainda carecem de reconhecimento adequado. Esta realidade é corroborada pela falta de dados; o último levantamento oficial do IBGE sobre a presença feminina no agronegócio foi divulgado em 2017. Tal defasagem evidencia que o papel das mulheres não tem sido adequadamente mensurado ou discutido, prejudicando a construção de uma narrativa setorial precisa e completa.
Diante desta lacuna de informações e da necessidade de uma comunicação mais representativa, nós da área de comunicação da Bayer Brasil, em parceria com o Instituto Quiddity, divulgamos recentemente a pesquisa “Produtoras Rurais e Inovação no Campo”. O estudo identifica aspectos fundamentais da presença feminina no campo e gera dados atualizados para subsidiar uma comunicação autêntica e fortalecer a percepção do setor, ressaltando a liderança feminina. Os resultados da pesquisa evidenciaram que 93% dos entrevistados reconhecem a influência feminina no agronegócio. Contudo, o estudo também indicou que a presença de mulheres em cargos de liderança precisa ser maior. Embora o processo de transformação esteja em andamento, conferir visibilidade a estas líderes é essencial para consolidar uma imagem setorial que seja autêntica, diversificada e inclusiva.
A pesquisa também dá luz sobre os mecanismos de empoderamento buscados pelas próprias produtoras: a busca ativa por conhecimento é fundamental, com mais da metade das entrevistadas procurando capacitação contínua em temas como inovação, novas tecnologias, manejo, gestão de pessoas e sustentabilidade. Adicionalmente, o estudo também ressalta a importância das redes de apoio e de eventos focados em liderança feminina, para consolidarem e aumentarem sua influência.
Esses achados reforçam o compromisso histórico da Bayer com a valorização feminina. O Prêmio Mulheres do Agronegócio, realizado em parceria com a ABAG (Associação Brasileira do Agronegócio) e com oito edições já concluídas, constitui um exemplorepresentativo desta dedicação. O impacto do prêmio demonstra relevância: desde sua criação, registrou mais de 1.500 inscrições e reconheceu 72 produtoras e 3 pesquisadoras por práticas sustentáveis e inovadoras. A edição de 2025 registrou resultados recordes: mais de 350 inscritas (um aumento de 70% em relação ao ano anterior) e 250 mil votos populares na categoria Ciência e Pesquisa, criada em 2023. Este sucesso consolida ainiciativa como uma plataforma de notável alcance.
Além das iniciativas externas, a valorização feminina é inerente à cultura interna da Bayer. Programas como a Jornada do Conhecimento e o Congresso Nacional das Mulheres do Agro já beneficiaram mais de 15 mil mulheres. Os indicadores são conclusivos: 42% dos cargos de liderança na Bayer Brasil são ocupados por mulheres, sendo 34,3% na área agrícola e 40% em Pesquisa e Desenvolvimento.
Em suma, estes dados e iniciativas apontam para a importância da igualdade de gênero e com a cultura organizacional inclusiva da empresa. Além de seu caráter celebratório, o Prêmio Mulheres do Agronegócio e as demais ações posicionam a Bayer como uma plataforma estratégica para visibilidade, inovação e sustentabilidade. Por meio de pesquisa e ações concretas, a empresa inspira novas narrativas e contribui para a construção de um agronegócio mais equitativo, inclusivo e alinhado às demandas futuras.
Daniela Barros é diretora de Comunicação da divisão agrícola da Bayer no Brasil
