O mercado e ações necessita de informações seguras e atualizadas. Desde o final do século 19, o mercado acionário conta com um indicador, até hoje entre os de maios credibilidade, que é o Dow Jones Industrial Average (DJIA), – “Média Industrial Dow Jones”, em tradução livre – ou simplesmente “The Dow”. Foi lançado em 26 de maio de 1886 pelo jornalista americano Charles Dow, ex-jornalista da Kiernan News Agency e Edward Jones, ex-jornalista do Providence Star, para acompanhar as tendências desse mercado e facilitar as decisões dos investidores.

Desde que o Dow Jones Industrial Average (DJIA) foi lançado em 26 de maio de 1896, ele tem sido regularmente citado em noticiários, jornais e revistas como um indicador dos mercados financeiros e das condições econômicas nos Estados Unidos. Devido a importância da economia norte-americana no Brasil, o Dow Jones influencia o mercado nacional e por isso também aparece nos noticiários econômicos brasileiros.
Esse foi o segundo indice do mercado de ações mundial. O primeiro também foi criado pelo jornalista Dow e seu sócio Edward Jones em 1884, o Dow Jones Railroad Average – hoje Dow Jones Transportation Average -, que focava nas companhias de estradas de ferro, na época uma das principais e mais lucrativas iniciativas de negócios norte-americana da época. A dupla tinha ainda como sócio o jornalista Charles Milford Bergstresser. Eles fundaram o diário nova-iorquino The Wall Street Journal e Dow foi seu primeiro editor.
O DJIA reúne as ações de 30 empresas norte-americanas de grande porte, “large caps”, em inglês, ou “blue chips”. São companhias com alto peso nas bolsas, líderes em suas áreas e cujos papéis têm grande liquidez. O índice Dow Jones não pertence atualmente à Dow Jones & Company, empresa de mídia proprietária da agência de notícias Dow Jones Newswire e do WSJ. A companhia é controlada pelo magnata australiano Rupert Murdoch, dono da News Corp. O indicador hoje é de responsabilidade da S&P Dow Jones Indices, divisão da S&P Global. Ao lado do Nasdaq Composite e do S&P 500, o DJIA é um dos índices mais acompanhados do mercado americano.
Cálculo
O cálculo deste índice é bastante simples e é baseado na cotação das ações de 30 das maiores e mais importantes empresas dos Estados Unidos. O índice permite ainda comparar o comportamento do mercado em diferentes momentos de importância histórica, como a pandemia de covid-19, a crise financeira internacional de 2008, o estouro da bolha das empresas “ponto com” no início dos anos 2000, o fim da Guerra do Vietnã, a chegada do homem à Lua, o fim da 2a Guerra Mundial e a quebra da Bolsa de Nova York, em 1929.
Como o índice não é calculado pela Bolsa de Valores de Nova Iorque (New York Stock Exchange), seus componentes são escolhidos pelos editores do jornal financeiro norte-americano The Wall Street Journal. Não existe nenhum critério pré-determinado, a não ser que os componentes sejam companhias norte-americanas líderes em seus segmentos de mercado.
De todas as empresas que compunham o índice DJIA inicial, somente General Electric permanece compondo o índice atualmente. Em 1999 Intel e Microsoft começaram a compor o índice e se tornaram as primeiras duas empresas negociadas no NASDAQ a participarem da composição da DJIA. Posteriormente foram adicionadas mais duas empresas do NASDAQ: a Cisco e a Apple. Todas as outras empresas têm suas ações negociadas na Bolsa de Valores de Nova Iorque (New York Stock Exchange).