O Jornal O Estado de São Paulo comemorou agora, em janeiro, 150 anos de fundação. Além disso, a empresa celebra 55 anos da Agência Estado e 67 anos da Rádio Eldorado. A data será lembrada ao longo do ano com diversas ações promocionais. A África Criative – agência escolhida especialmente para trabalhar com as comemorações -criou um selo comemorativo que estampará todos os produtos do Grupo Estado.
Os 150 anos começam quando o jornal se chamava A Província de São Paulo, fundado por 21 republicanos que lutavam pela queda da Monarquia. O nome foi substituído em 1890 por O Estado de São Paulo, dois anos depois da Proclamação da República. No editorial de 4 de janeiro, quando foi publicado um caderno especial, o editorial do Estadão, assinado por Erick Brêtas, diretor presidente do Estadão – (ex-Globo, empresa que também comemora 60 anos), destacou “Para que serve o jornalismo”, argumentando que o excesso de informação acelerou a obsolescência do jornalismo. E com o crescimento da desinformação, a necessidade do jornalismo se faz ainda mais presente, segundo Brêta. Ele promete ainda maior presença do veículo no ambiente digital – como Youtube, TikTok e Instagram – investir em dados sobre os leitores e promover mais eventos presenciais.
Diversos especiais serão lançados, incluindo um hub comemorativo dos 150 anos e um especial multimídia assinado pelo jornalista Eugênio Bucci.
Brêtas, que no Grupo Globo foi responsável pela criação do Globo N ews, assumiu o comando do Estadão em 2004, substituindo Francisco de Mesquita Neto, herdeiro dos fundadores da publicação, num processo de mudança do controle da empresa. Naquele ano, Rubens Ometto, dono da Cosan e da Raízen, comprou parte da dívida do jornal. Mesquita Neto passou a presidir o Conselho de Administração.
“Você só consegue fazer jornalismo isento, imparcial, se você tem uma empresa financeiramente independente. Conseguimos isso nesses 150 anos e estamos bem fortalecidos agora, numa situação saudável tanto patrimonial, quanto financeira, com capacidade de investir em novas tecnologias, adaptações de cultura e marca”, diz Mesquita, no hub digital publicado pelo Estadão, contextualizando a captação de R$ 142,5 milhões em duas emissões de debêntures ano passado.