A força do jornalismo de serviços

Modalidade continua forte no rádio e na TV como uma forma de estar mais próximo das necessidades do público

A mudança de paradigma no jornalismo, onde os veículos agora direcionam suas pautas para atender aos interesses da audiência, em vez de ditarem o que está em discussão. Destaca-se o fortalecimento do jornalismo de serviços, onde os leitores desejam conteúdo personalizado que atenda às necessidades de sua comunidade. O assunto foi tema de um dos painéis do 6º Fórum de Jornalismo Especializado, Regional e Comunitário, que aconteceu on-line, que aconteceu em maio. No painel “Identidade e Engajamento – a força do jornalismo de serviços”, participaram Ana Maria Brambilla, jornalista, professora e assessora de Imprensa; Carlos Peres de Figueiredo, professor colaborador do Mestrado Profissional em Economia da Universidade Federal de Sergipe; e Rodrigo Hornhardt, gerente de integração e planejamento de jornalismo do SBT

Carlos Figueiredo

Carlos Figueiredo

Um dos pesquisadores do tema é o professor Carlos Peres de Figueiredo, do Mestrado Profissional em Economia da Universidade Federal de Sergipe, cuja dissertação de doutorado foi justamente o jornalismo de serviços. “É um jornalismo importante, ainda muito forte no rádio e na TV. Falando do trânsito, hospitais que abriram período de vacinas, e outros temas”. Em Sergipe, onde atua, os jornais impressos são predominantemente semanais, o que traz assuntos menos factuais. “Há dificuldades em fazer jornalismo de serviços aqui nos impressos”.

 

Ana Brambilla

Ana Brambilla lembrou o jornalismo local e o quanto ele está ligado à prestação de serviços. Ponderando que o jornalismo, em qualquer aspecto, é sempre um serviço, como uma matéria denunciando corrupção. “Isso, na cabeça de um jornalista, é um serviço e que engaja as pessoas”. Ela exemplifica com a imprensa na Costa Leste dos Estados Unidos, onde muitos veículos não conseguem se sustentar financeiramente, mas abriram espaços de café, onde ouvem a comunidade para elaborar pautas e atrair mais público – e, consequentemente, anunciantes e assinantes.

Rodrigo Hornhardt

Rodrigo Hornhardt, hoje no SBT, na sucursal do Sul do país, recorda quando atuou no lançamento do SP/TV da Rede Globo, fazendo um jornalismo local muito forte, segundo ele. “Naquela época tinha uma cobertura intensa da Câmara dos Vereadores, Assembleia Legislativa, época do afastamento do prefeito Celso Pita, quando teve uma grande demanda por esse assunto e a fiscalização dos recursos públicos, e a necessidade de acompanhar o orçamento”. O problema, segundo ele, é a questão econômica, que dificulta essa cobertura. “Principalmente em pequenos jornais, onde alguns praticam a extorsão, chantageando políticos a respeito de matérias que os desfavoreçam”. Por outro lado, fala da credibilidade, exemplificando a época da pandemia, onde a necessidade de informações fez as pessoas procurarem mais a imprensa, e marcas mais consolidadas, porque a vida estava em jogo “E o jornalismo ensinou até as pessoas a lavarem as mãos, o que foi um serviço”. Pesquisa da Reuters mostrou que no período de pandemia a imprensa tradicional cresceu em audiência, mas voltou a cair no pós-pandemia.

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