Campanha conscientiza população a checar notícias

Promovida pela Aner, e apoiada por outras instituições, colabora com a educação midiática no país

“Nosso lado é o da informação – Seja responsável. Não acuse sem checar”, é o mote de uma campanha contra as fake news promovida pela Aner, com o apoio de diversas entidades e organizações como a ANJ, Abert, Projeto Comprova, Abraji, Instituto Palavra Aberta e Supremo Tribunal Federal. Inicialmente foi pensada no combate à desinformação no contexto da crise ambiental no Rio Grande do Sul, mas está sendo uma ótima oportunidade para aumentar a conscientização da população contra a indústria das fakes e valorizar o jornalismo profissional. A proposta colabora com a educação midiática dos cidadãos e pretende evitar que mais boatos se espalhem entre a população.

Regina Bucco, da ANER

Foram criadas 11 peças promocionais para divulgação em diversas mídias. As peças estão sendo veiculadas nos canais de comunicação e em jornais, revistas e sites, estimulando o público a refletir e a checar as informações antes de repassar cards, vídeos, mensagens e áudios que promovam o erro na avaliação da real situação da tragédia no sul do país.

 

“Estamos vendo o desenrolar da crise de comunicação, com instituições sérias de jornalismo operando em situação precária e tendo dificuldade para combater fake news e desinformação. Precisamos colaborar de alguma forma para que o público entenda a responsabilidade de repassar os boatos sem checagem”, explica a diretora-executiva da Aner, Regina Bucco.

As peças publicitárias foram produzidas a partir de sugestões das instituições participantes. A tônica é a checagem das notícias antes do encaminhamento aos contatos e a publicação nas redes.

Lüdtke,do Projeto Comprova

Para colaborar com o trabalho, uma lista no X (antigo Twitter) reúne checagens de diversas iniciativas brasileiras que monitoram e investigam conteúdos falsos e enganosos que circulam pelas redes sociais. Na lista Checagem de fatos #BR, é possível acompanhar verificações feitas por organizações como o Projeto Comprova, Lupa, Aos Fatos, UOL Confere, AFP Checamos, boatos.org e Estadão Verifica.

“A desinformação é uma sombra que persegue a notícia”, afirma Sérgio Lüdtke, editor-chefe do Projeto Comprova. “Quanto maior a dimensão da notícia, como é o caso da tragédia climática no Rio Grande do Sul, mais atrativa ela é para agentes de desinformação interessados em confundir, enganar e produzir falsas narrativas. Acompanhar os processos de investigação das organizações de checagem ajuda as pessoas a criarem suas próprias defesas contra a desinformação”, recomenda.

Patrícia Blanco, presidente do Instituto Palavra Aberta, reforça que a educação midiática é um caminho para evitar a disseminação da desinformação:

Rech, da ANJ:
Marcelo Rech, da ANJ

“A educação midiática auxilia no combate à desinformação pois tem como um dos principais objetivos o desenvolvimento da análise crítica de qualquer conteúdo, ensinando o cidadão a diferenciar fato de opinião, a identificar o propósito, o objetivo e intenção da informação que chega por todos os lados. E vai além, ao dar ferramentas para que qualquer pessoa entenda a sua responsabilidade no ecossistema informacional”.

Marcelo Rech, presidente-executivo da ANJ, completa: “O combate à desinformação é uma atividade constante, mas em situações críticas, como a que vemos no Rio Grande do Sul, há um sentido de urgência e relevância que exigem ainda mais esforços da imprensa para restabelecer a credibilidade do que está sendo divulgado ao público”.

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