Por: Marlene Fernández del Granado
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), criados pelas Nações Unidas (ONU) para erradicar a pobreza, proteger o planeta e alcançar a prosperidade global estão prestes a completar uma década; e dentro desses 17 objetivos, o ODS número 5 visa alcançar a igualdade de gênero e empoderar as mulheres e meninas.
Do lado das empresas, isto implica em trabalhar ativamente para o empoderamento econômico das mulheres e, a partir daí, propagar por toda a sociedade os efeitos positivos da participação delas no mercado de trabalho, com igualdade de oportunidades salariais e investimento no desenvolvimento de sua liderança.
A Arcos Dorados trilha esse caminho desde sua fundação, mas nosso trabalho ganhou corpo e força com a criação, há seis anos, do nosso Comitê de Diversidade e Inclusão e, dentro deste Comitê, com a criação da Rede de Mulheres da empresa, que visa identificar e implementar ações para garantir que elas possam atingir o máximo do seu potencial profissional, investir em sua formação e desenvolver suas competências para participar das tomadas de decisão e dos mais altos cargos de liderança.
Nesse sentido, gostaria de enfatizar as ações afirmativas, pois elas são decisões intencionais e deliberadas da nossa companhia para ajudar a eliminar as barreiras na busca pela igualdade, começando pela contratação de mulheres em situação de vulnerabilidade e mulheres com deficiência; assegurando que a distribuição de tarefas não se baseie em preconceitos sobre o papel das mulheres na sociedade, garantindo que não existam disparidades salariais entre mulheres e homens, e trabalhando para que sempre haja oportunidade de crescimento de mulheres na “pirâmide corporativa”.
Foi assim que nos propusemos a abordar essas questões na Arcos Dorados, impactando desde os restaurantes até a diretoria. Exercemos a paridade salarial, sem diferença de gênero para o mesmo tipo de trabalho e avançamos na participação das mulheres em cargos de liderança: atualmente 54% das mulheres da nossa equipe na América Latina são líderes, incluindo liderança de restaurantes e liderança de alta gestão.
Se traduzirmos esse dado em números absolutos, estamos falando de mais de 29 mil mulheres latino-americanas que geram um impacto que vai além da nossa organização e da contribuição econômica para as suas casas. O efeito de mais mulheres líderes estende-se à criação de referências para a igualdade de gênero, que são observadas por meninas e meninos e pelos jovens que serão responsáveis pela formação de um mundo onde sejamos verdadeiramente iguais.
Este é um efeito positivo, raramente visível, de quando as empresas se comprometem com o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) número 5 das Nações Unidas.
Marlene Fernández del Granado é Vice-Presidente Corporativa de Relações Governamentais e Líder do Comitê de Diversidade e Inclusão da Arcos Dorados, empresa que opera o McDonald’s em 20 países da América Latina e Caribe.
