Credibilidade da imprensa depende também na regulação das mídias sociais

Mais investimento em reportagens, em apuração e combate as fake news são essenciais para a retomada da credibilidade da imprensa, a abalada pelas campanhas de mentiras das redes sociais

Apesar de todos os ataques — verbais e físicos  — sofridos por jornalistas e veículos profissionais de comunicação, deferidos durante os quatro anos do governo Jair Bolsonaro por extremistas ideológicos de direita, e estimulados de certa forma, quase como uma política publica federal, somado às proliferações de fake news que também difamaram a imprensa, além do negacionismo de toda a espécie e discursos de ódio nunca visto antes, o bom jornalismo saiu fortalecido. Os veículos de comunicação se uniram de forma inédita num consórcio para apuração de informações dos estados sobre os números de contágio e mortes pela Covid 19, informação que o governo federal se recusou a fornecer com a alegação ingênua que “acabando com os números não terá manchetes na Globo”, dito pelo próprio ex-presidente. A maior parte da população acabou confiando nas informações da imprensa e desconfiou dos dados federais, o que resultou no sucesso da campanha de vacinação em plena pandemia.

As pesquisas comprovam o fortalecimento da imprensa perante o público.  A confiança dos brasileiros nas empresas jornalísticas é maior do que na média mundial. De acordo com o Relatório sobre Notícias Digitais de 2022, elaborado pelo Reuters Institute, 48% dos brasileiros confiam nas notícias na grande maioria do tempo. Na média global, a confiança é de 42%. O patamar no Brasil é superior ao de países desenvolvidos, como Japão (44%), Suíça (46%), França (29%) e Áustria (41%), entre outros. o Brasil tem o mais alto índice de confiabilidade da imprensa na América Latina”.’

Apesar do período de trevas vivido pela imprensa, e que está longe de terminar, são boas notícias. Esse tema foi discutido em dois painéis no 5º Fórum de Jornalismo Especializado, Regional e Comunitário, organizado pelo Cecom – Centro de Estudos da Comunicação e Plataforma Negócios da Comunicação: “Acredito em você? Como reconstruir a confiança do público na imprensa”, no primeiro dia do evento, e “Segurança ou censura? As necessidades e polêmicas da regulação de mídia e das redes sociais”,  no segundo e último dia do fórum. 

O painel “Acredito em você?” teve a participação de Juliana Dal Piva, colunista e repórter Investigativa da UOL; Marta Gleich, diretora-executiva de Jornalismo e Esporte do Grupo RBS; e Sérgio Gomes, diretor de Operações da OBORÉ Projetos Especiais.

E o painel Segurança ou censura?” contou com as presenças de Fransico Belda, diretor de Operações do Instituto Brasileiro para o Desenvolvimento do Jornalismo (Projor) / Observatório da Imprensa; Marcelo Rech, presidente-executivo da ANJ; Orlando Silva, deputado federal pelo PCdoB/SP na Câmara dos Deputados.

Dá pra acreditar?

A credibilidade da imprensa foi colocada em xeque nos últimos anos. Entretanto, essa desconfiança ficou restrita a grupos políticos que proliferaram fake news e atacavam jornalistas nas ruas e virtualmente por divulgar notícias que não batiam com suas crenças negacionistas.  Esse assunto será discutido no  painel Acredito em você?. 

Sérgio Gomes, do Oboré

Sérgio Gomes, do Oboré, que foi um dos curadores do Prêmio Audálio Dantas, que destacou jornalistas dedicados a questão dos direitos humanos e na indignação perante a injustiças, concorda que vivemos nos últimos anos numa campanha institucional, governamental contra jornalistas e veículos de imprensa, que resultou na agressão de jornalistas nas ruas e nas redes sociais pelo simples fato de estarem exercendo sua profissão e relatando fatos. Por outro lado, ele avalia que a cobertura da imprensa piorou nos últimos anos, onde se privilegia a opinião e pouco a reportagem. “Hoje se pratica um jornalismo preguiçoso e falta reportagem”, critica.

Ele cita como exemplo o fato dos jornais terem publicado que menos de 3% da população foi vacinada com a dose de reforço contra a Covid-19, e um número pequeno de crianças estão sendo vacinados para os mais diversos problemas. Isso aliado ao negacionismo, praticado nos últimos quatro anos pelo governo Bolsonaro, produziram marcas profundas na sociedade e alimentou um descrédito pelas instituições democráticas, como o jornalismo, a ciência, e a universidade. “Recuperar a credibilidade é um desafio de todos nós e para isso precisamos melhorar a cobertura das notícias e apurar fatos que sejam relevantes e pertinentes para a sociedade”, recomenda.

Marta Gleich_ da RBS (Foto: Divulgação/Raul Krebs)

Marta Gleich,  da RBS, avalia que, “em um cenário mundial de fenômenos como news avoidance, radicalizações e polarizações, desinformação e pulverização de fontes de notícias a imprensa pode ter sofrido como um todo, mas tenho certeza de que, pontualmente, veículos que praticam o jornalismo profissional só têm a ganhar pontos em credibilidade”. Esses veículos, que seguem o método jornalístico, buscam a verdade, que apuram, checam, verificam, utilizam fontes confiáveis, esclarecem desinformações que são espalhadas por aí e só publicam as notícias depois de ouvir fontes confiáveis, são os portos seguros de telespectadores, ouvintes, leitores usuários na busca de informações confiáveis. “É preciso, neste cenário, reforçar junto ao público, com transparência, os critérios de cada veículo, para diferenciar fontes de desinformação das fontes confiáveis. E isso é parte do nosso trabalho”, recomenda.

Para tratar desse problema na RBS, Marta diz que “o movimento mais recente que fizemos neste sentido foi a criação do Conselho Editorial, a partir de uma iniciativa do nosso publisher Nelson Sirotsky. Em agosto de 2022, um Conselho formado por pessoas de dentro e de fora da RBS passou a contribuir com os desafios editoriais dos nossos veículos, com o objetivo de qualificar nosso conteúdo, enfrentar grandes e pequenos problemas da nossa indústria e atuar de forma a atender ainda melhor aos nossos públicos. É deste trabalho que pretendo falar no fórum”, adianta.

O que mais tem sido feito para combater as fake news na RBS? Ela é enfática ao dizer que as rake news, “que eu prefiro chamar de desinformação, porque não se pode chamar de news algo que é fake, são combatidas diariamente por nossas redações de diversas formas. A checagem desses conteúdos falsos e o esclarecimento do público em relação à verdade precisa estar na pauta diária de qualquer redação. É nossa responsabilidade”.

Juliana Dal Piva, do UOL

Juliana, do UOL, uma das jornalistas homenageadas no Prêmio Audálio Dantas, e participante do painel na próxima semana, publicou muitas matérias em sua coluna com denuncias contra o governo Bolsonaro. Por isso foi vítima de muitas hostilizações e até ameaças. Inclusive uma mensagem de WhatsApp, enviada para a coluna da jornalista por Frederick Wassef, advogado de Bolsonaro, dizendo, entre outros ataques, sugerindo que ela se mudasse para a China: “Faça lá o que você faz aqui no seu trabalho, para ver o que o maravilhoso sistema político que você tanto ama faria com você. Lá na China você desapareceria e não iriam nem encontrar o seu corpo”. Ela tem declarado em seus comentários na mídia que não deixa de trabalhar em ambiente hostil, mas tem evitado coberturas ao vivo e as vezes nem se identificar como jornalista.

A regulação das mídias em debate

Desde que se tornou pauta, a regulamentação da mídia é discutida com seus possíveis benefícios e a desconfiança de parte da opinião pública. Enquanto o Brasil tem 5 grandes empresas que controlam a maior parte dos veículos de comunicação, atingindo cerca de 75% da população, veículos menores perdem espaço e, portanto, há menos chances de termos uma formação diversa de opiniões. Ao mesmo tempo, na falta dessa regulamentação, surge outra, que é a regulação das mídias sociais, com o PL das Fake News. Já que a falsa sensação de impunidade e o discurso de liberdade de expressão tem sido combustível para a proliferação cada vez maior de canais com discursos de ódio, disseminação de falsas informações e viés duvidoso. Neste painel, especialistas do mercado e jornalistas debatem os desafios desse cenário: quais serão os próximos passos do governo diante dessa necessidade? Como superar o lobby das big techs que são contra as regulamentações? E, principalmente, como os veículos de comunicação e profissionais de imprensa devem se posicionar nesse embate?

Deputado Orlando Silva

O assunto foi debatido no painel “Segurança ou censura?”. O deputado e relator do PL das Fake News,  Orlando Silva garante que a PL 2630 será votada ainda neste segundo semestre. No começo do mês de agosto ele conversará com o presidente da Câmara Arthur Lira. “Estou convencido que mercado brasileiro é relevante, e se dobrar a uma chantagem de empresas de tecnologia, iremos caminhar mal, fere a soberania nacional”. Orlando Silva ressaltou que não deixou de negociar, de conversar com as big techs apesar dessa indignação. “Não tem solução fácil”, lamenta Silva”. Ele analisa que a Anatel poderia sim ser o órgão regulador, como foi cogitado e fruto de conversa com os partidos. Outro é a criação de um Conselho de Política Digital, proposto pela OAB, com participação dos três poderes e indústria, mas tem que ter estrutura mínima.

Um dos desafios do retorno da discussão da PL 2630 na Câmara será desmistificar as distorções do projeto difundidas por diversas fake news. Entre elas, a que diz que o projeto será uma censura à liberdade de expressão e a proibição de cultos religiosos. “É um desafio civilizatório”, desabafou o deputado a respeito essas mentiras. Interessante é que os detratores do projeto preferem difundir mentiras do que debater a luz do dia as suas opiniões com bases concretas. “A contrário do que dizem as fakes, muitas vezes anônima, o projeto, ainda segundo Orlando Silva, “cria medidas para o cidadão defender sua liberdade de expressão diante de uma eventual arbitrariedade das plataformas”

Oura falácia seria o argumento das plataformas que a moderação seria economicamente inviável para as plataformas. Ao contrário, as principais plataformas gastaram com anúncios pagos nos principais órgãos de imprensa para atacar o projeto. Somente o Google, gastou R$ 837 mil em anúncios para dizer que o PL ataca a liberdade e que é inviável economicamente para a plataforma. Apesar disso, no Canadá e na Europa, onde regulamentações semelhantes ja foram colocadas em práticas, essas plataformas seguem o ditame da lei.

Controlar fakes news, que também podem gerar fraudes financeiras, parece ser a uma grande dificuldade das plataformas, o que justifica leis mais efetivas. O governo Federal determinou que o Google e o Facebook retirem do ar em 24 horas sob pena de multa diária de R$ 150 mil propagandas enganosas sobre o programa Desenrola Brasil, que remete a fraudes em falsos links.  Segundo levantamento a Net Lab, vinculada a UFRJ, foram identificadas 1.048 postagens patrocinadas com fraudes e desinformação e veiculadas pela Meta/Facebook, Instagram e Google entre os dias 19 e 21 de julho. Meta e Google disseram que possuem critérios rígidos contra publicidade enganosa, mas que, como mostra o estudo, não funcionam a contento.

Lei beneficia toda a sociedade

Marcelo Rech, presidente a ANJ. lembra que a Constituição proíbe a livre manifestação anônima de expressão. Avalanche de direitos sendo pisoteados na IA, ele comenta. Conteúdo desinformador ataca a democracia brasileira. “Brasil não pode ficar a mercê de um ambiente de negócios desregulamentado”.

Ao lembrar que a forma mais efetiva de se combater a epidemia da desinformação é pela valorização do jornalismo, a busca da verdade e a pluralidade, o presidente da Associação Nacional de Jornais (ANJ), Marcelo Rech, classifica como “totalmente irreais” as suposições de que apenas veículos de maior porte seriam beneficiados pela remuneração da atividade jornalística prevista no Projeto de Lei das Fake News (PL 2630/20).

Rech, da ANJ:
Marcelo Rech, da ANJ

Ex-presidente do Fórum Mundial de Editores e membro do comitê executivo da Associação Mundial de Newsmedia, Rech acompanha a evolução de legislações semelhantes em diferentes países e afirma que onde a lei já está sendo aplicada todo o ecossistema da informação correta e precisa, representada pelo jornalismo profissional, é beneficiado, com impactos muito positivos para toda a sociedade.

Segundo o presidente da ANJ, a situação mais avançada é a da Austrália, que aprovou há dois anos uma legislação que prevê equilíbrio nas negociações entre big techs e organizações jornalísticas. Rech cita um relatório de Rod Sims, ex-presidente da Comissão Australiana para a Competição e Consumidores, no qual ele define como “simplesmente inverdade” a crítica de que a lei beneficiaria somente grandes veículos.

No relatório, Sims diz que pequenos veículos podem negociar coletivamente e cita o caso de 180 publicações locais, muitas delas com poucos jornalistas, que fecharam acordos por meio de uma associação de imprensa regional, a Country Press Australian. Além desses, registra o presidente da ANJ, recentemente 24 veículos dirigidos a minorias étnicas e religiosas obtiveram ótimos acordos, os quais não seriam possíveis sem a legislação.

No Canadá, que deve aprovar projeto similar neste semestre, a legislação prevê que veículos com pelo menos dois jornalistas se credenciariam para as negociações coletivas. No Brasil, o parecer do deputado Orlando Silva, relator do PL 2630/20, é ainda mais elástico. O parágrafo 2 do Artigo 32 do projeto prevê que teriam direito à remuneração pessoas jurídicas, mesmo individuais, com endereço físico e editor responsável no Brasil há pelo menos dois anos, que produzam conteúdo jornalístico profissional e regular. “Ou seja, até mesmo microempresas jornalísticas individuais teriam direito à remuneração, num estímulo à inovação e à diversidade do ambiente jornalístico”, sustenta Rech.

O presidente da ANJ observa ainda que as formas e o modelo de remuneração precisariam ter regulamentação posterior, mas que o Brasil, diante dos efeitos desagregadores e perversos da desinformação, não pode esperar mais. “Índia, Indonésia, Reino Unido e EUA, além da União Europeia estão indo pelo mesmo caminho de valorizar o jornalismo profissional para combater a epidemia de desinformação”, diz Rech.

Algoritmos querem ser os curadores

Francisco Belda, do Projor

Francisco Belda avalia que o Projeto de Lei prevê mecanismos de transparência. “Algoritmos decidem quem ouve o que falamos. Sem debate não há diversidade, pluralismo, um dos fundamentos do estado de direito. Remuneração de jornalismo também é a defesa da democracia. É hipocrisia falar em defesa da imprensa livre sem falar da sustentabilidade da imprensa. Produzir conteúdo é diferente de produzir informação”. O argumento de censura, das big techs é uma mentira, segundo Belga. “Elas sabem que as despesas com moderação e vigilância aumentarão”.

E o jornalismo hoje, continua fazendo o papel de combater a desinformação, mais do que nunca. E existem vários protocolos da profissão que deveriam ser seguidos mais a risca, ainda segundo Belda, como distinguir conteúdo jornalístico de conteúdo patrocinado, e os opinativos. Ele ressalta que existem alguns divisores de águas, porque desde que sugiram as reses sociais elas fragmentaram as notícias do produto editorial que até então nós estávamos acostumados a ter como esteio da reputação, da credibilidade da confiança estabelecida por veículos e profissionais de comunicação. “No ambiente das mídias sociais é mais difícil essa distinção na medida em que produtos de entretenimento se mesclam com serviços, com notícias, e isso faz com que uma nova geração de leitores acabam não distinguindo o que é jornalismo Até o termo conteúdo acaba sendo pejorativo, como se todos fossem produtores de conteúdo, com o método jornalismo que tem conduta ética e legislação.

Opinião da área corporativa

Ouvimos também duas empresas apoiadora do Fórum, a agência Planin e a Rhodia-Solvay sobre essas questões que afetam o jornalismo hoje.

Angélica Consiglio, da Planin

Segundo Angélica Consiglio, CEO da Planin, “as redes sociais mudaram a dinâmica do planeta, que tinha apenas a Imprensa como canal de divulgação e propagação de informações. Com bilhões de pessoas comentando sobre os temas mais diversos, a Imprensa começou a dividir o palco com esses novos canais de comunicação. Porém, mesmo assim, a Imprensa mantém uma posição de destaque e de relevância mundial. Entendo que para não perder credibilidade diante da opinião pública, a Imprensa tem alguns desafios pela frente como ser ainda mais criteriosa na produção de matérias e mais cuidadosa na propagação de informações”

Sobre o trabalho das assessorias em defesa da imprensa profissional, Angélica diz que “a Imprensa continua sendo o Quarto Poder pela importância que possui e pela capacidade de influenciar todos os públicos de interesse para temas que são relevantes para as empresas. As marcas brasileiras sabem da importância da Imprensa e entendem, também, que suas estratégias de comunicação precisam contemplar o meio digital para gerar uma aproximação ainda mais com os clientes, que antes não tinham sequer canais de relacionamento para expor suas ideias e problemas. Fake News precisam ser rapidamente combatidas”.

Ainda sobre as fake news, Angélica avalia que “são resultado da Era da Pós-Verdade, na qual cada indivíduo tem uma opinião considerada como verdade absoluta. Temos milhões e brasileiros criando conteúdos diariamente por suas redes sociais e uma grande parte desse conteúdo traz apenas um lado da informação, ou traz um dado distorcido a partir da visão de cada pessoa.

Luciane Nogueira, da Rhodia/Solvay

Luciane Nogueira, gerente de comunicação da Rhodia/Solvay, avalia: “É fato que a polarização político/ideológica registrada na última década no mundo, amplificada pelo uso distorcido das mídias sociais, teve como efeito um certo descrédito dos meios tradicionais de informação. O objetivo dos que promovem essa polarização é esse mesmo – colocar no mesmo cesto o que é fato e o que é fake (mentira), para atender aos seus interesses particulares. Procuram fazer com que o público consumidor de informação comece a duvidar cada vez mais da apuração jornalística e passe a tratar qualquer informação como uma peça de marketing que atende esse ou aquele interesse do emissor da comunicação”.

“Penso que uma solução possível para separar o falso do verdadeiro é exercer cada vez mais o ‘bom senso’, avaliar com critério as informações e se possível buscar outras fontes para investigar a informação que se consome via imprensa tradicional, em todos os meios, sejam impressos ou eletrônicos. Lembro também que os meios jornalísticos sérios têm investido recursos para se proteger da proliferação de mentiras que, ao final, podem acabar com seu negócio de oferecer informação ao público”.

A respeito do que pode ser feito no mundo corporativo, das assessorias de comunicação de empresas para minimizar o problema, Luciane diz que as organizações, de um modo geral, estão atentas à evolução dos negócios de comunicação,  à  ampliação dos canais de disseminação de informação e da relação com a imprensa. Procuram empenhar seus recursos de marketing, publicidade e patrocínios naqueles veículos que são referência em reputação jornalística, independentemente do nicho de comunicação em que atuam, seja na mídia em geral seja na chamada mídia especializada.

“Fake news são um problema para a sociedade em geral”, continua a gestora. “No ambiente corporativo e com a comunicação na era digital, um dos maiores desafios é contarmos com estruturas capazes de responder rapidamente à disseminação de notícias falsas sobre a empresa, o que ajudaria a combater uma possível crise. Indo um pouco além, é papel da área de comunicação orientar a liderança em relação à forma de consumir conteúdo, ou seja, treinar nossos líderes para que a busca de informações sobre negócios e  mercados de interesse seja realizada de forma segura, nos veículos que têm a credibilidade como marca registrada.  Como profissional de comunicação, entendo que a única forma de enfrentar essa ‘praga’ dos tempos atuais é continuar comunicando com transparência, defendendo a reputação da empresa e, quando for o caso, tomar as medidas previstas na legislação de cada país onde a empresa tem presença industrial e comercial”

 

 

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