A Kubix é uma agência que praticamente nasceu digital, pouco antes da pandemia e aposta nos meios eletrônicos de comunicação e de novos atores que disputam protagonismo de formadores de opinião com os jornalistas. Isso sem esquecer a ainda grande relevância e importância os tradicionais profissionais de mídia. Apesar de jovem, completou 5 anos, 26 funcionários — fora inúmeros parceiros especializados — a empresa traz a longa experiência do sócios em grandes assessorias de comunicação. Cristina Iglecio foi coordenadora da CDN (até 2005), e diretora da Burson-Marsteller (até 2008) do
Essa experiência foi fundamental para entender as nuances do mercado regional e também entender a cultura e as demandas de empresas internacionais, algumas agora clientes. A Kubix foi uma das apoiadoras da 7ª edição do Prêmio Influenciadores Digitais, organizado no final do ano passado pelo Cecom – Centro de Estudos da Comunicação e Plataforma Negócios da Comunicação. E esse é um segmento que eles também conhecem bem e acreditam em sua importância e crescimento.
“Os influenciadores já existem há algum tempo e encaramos eles como co-formadores de opinião”, avalia Gerson, que elogia a atividade por seus empreendedores terem credibilidade e conexão. “Mas não trabalham com influenciadores grandes, com 50 milhões seguidores”, destaca.
Cristina complementa dizendo que Cris, “se espera que influenciador seja a publicidade de sua marca”. E distingue de um trabalho mais amplo de RP: “Nós trabalhamos mais no espírito de RP, de divulgar conceitos e ideias, e inclui até o incentivo a uma ação de mudança de política publica”. Como exemplo, ela cita uma campanha digital para a aprovação de um PDR (Instrumento de planejamento e gestão na área da saúde) para que mulheres pudessem fazer tomografia no SUS com 40 anos e não com 50 como era a prática. A Kubix trabalhou forte com influenciadores nesse projeto. “Não foi qualquer influenciador, e sim focamos em médicos, oncologistas, pacientes, Conseguimos muitos posts orgânicos, de influenciadores que não foram pagos”.
Lideranças de opinião
Gerson complementa que atuam também com outros líderes de opinião. “Sempre teremos um trabalho com influenciadores e com a imprensa, utilizando os canais de clientes ou de terceiros.
A agência atua ainda com comunicação interna, “Foi um setor que se fortaleceu muito na pandemia”, lembra Gerson. “Demandou novos serviços, novos canais de comunicação e treinamento da liderança, apresentações visuais, criação de produtos virtuais, etc”.
Não foi só isso que a pandemia mudou, na visão de Cristina: “mudou a relação de trabalho, agora num sistema mais hibrido, o que exige entrosamento maior. Por isso a comunicação interna cresceu em nosso negócio. Inclusive oferecendo soluções digitais, com vídeos para o público interno. “É o trabalho integrado, conectado, uma característica da Kubik”.
“Nosso trabalho de RP, conta Gerson, “é de relacionamento com vários públicos com os canais disponíveis para fazer a comunicação. Por muito tempo existia a força da mídia de massa, e por isso foi natural as agências focarem no trabalho com as mídias tradicionais. Agora temos um contexto de canais próprios de vários formadores de opinião.
E a perspectiva é boa, Cristina e Gerson citam que com o fim da pandemia e a partir da consolidação do novo governo federal, o mercado esquentará muito ainda este ano. “Existe uma necessidade das empresas por uma comunicação mais estratégica”, destaca Gerson. “Nossos clientes são quase todos multinacionais e seus objetivos não são muito simples, e exigem experiência da agência em estratégia, e um olhar mais de multicanal, e isso foi favorecido com a pandemia”.
