Abud Sadek e Paula Balth são dois nomes de peso entre os creators que utilizam as plataformas do Facebook e Youtube e faturam alto com o trabalho de influenciadores. O Facebook começou a chamar a atenção de influenciadores há pouco tempo e hoje disputa com outras redes sociais. Abud conta que iniciou a publicar seus vídeos no Facebook há oito anos, ao perceber que muita gente estava trazendo suas produções do Youtube e colocando na plataforma da Meta. “Comecei a ganhar muito com isso”, comemora, lembrando que faz parte de um seleto time que possui mais de 300 milhões de visualizações mensais no Facebook. Paula explica que há 1 ano estava tentando achar um nicho para se firmar com creator e descobriu que o Facebook era um canal para se ganhar muito dinheiro. “A monetarização é maravilhosa”, elogia. E explica que gosta do Facebook porque é uma rede social, onde dialoga com o público, diferente de outras plataformas.
Michele Kutnikas, creators partners da Meta, explica que sua empresa disponibiliza uma linha de investimento para creators de grande potencial e ajuda eles ou elas a “gerar renda”.
Segredo está nas métricas
Cada um deles ganhou o estrelato a após muitas pesquisas em cima do canal de outros creators até descobrir seu nicho e adquirir características próprias. Abud fala que seus vídeos têm, em média, três minutos. “Eu analiso muitos os dados do Facebook Creator Studio, verificando as métricas de cada produção e o que está dando certo e o que não está. A existência do Creator Studio foi um dos motivos para Abud concentrar muito do seu trabalho nessa plataforma. Em alguns desses vídeos de poucos minutos ele admite ganhar cerca de R$ 300. “Mas o tempo médio que a pessoa assiste um vídeo no Face é de 40 segundos”, destaca ele, que se autointitula um dos maiores influenciadores do mundo.
Paula diz conseguir muito publico e atrai atenção porque as pessoas se identificam com suas histórias. “O público gosta de histórias longas, cheias de detalhes”, revela, contando a sua experiência específica. “E o Facebook proporciona uma boa monetarização com isso”. Entre as novidades para os creators no Facebook, Paula destaca a possibilidade agora de pessoas darem notas através de estrelas para os vídeos, o clube de canais e a assinatura de fãs.
Abud admite, por ser descendente de árabes, que gosta muito de ganhar dinheiro. “Uso todas as ferramentas de monetarização”, revela, dizendo que conseguiu 300 mil seguidores e mais de 400 mil estrelas. “Isso significa muito dinheiro”, comemora.
Criatividade para creators
“Ser creators significa ser criativo”, ensina Paula. “Eu foco no que gosto e descubro o que rende mais”. Ela possui 31 milhões de visitantes em sua página e chegou a ter uma audiência de mais de 20 mil pessoas em apenas um vídeo, ganhando US$ 30 mil só com essa única gravação. “O Facebook hoje é o meu carro-chefe”, admite. E diz ainda que muitos creators calculam que 98% de suas receitas vem de patrocínio de empresas e 3% é monetarização de alguma plataforma. “O meu caso é o contrário”, compara Paula. Ela posta vídeos de segunda à sexta-feiras.
Abud diz que foi para o Facebook após descobrir que a plataforma monetizava os vídeos. Seu desempenho foi construído verificando como os 10 maiores creators trabalhavam. “Pesquisei os vídeos deles, as abordagens e fui aprendendo muito”.