As Marcas Digitalmente Nativas Verticais, conhecidas pela sigla DNVB (Digital Native Vertical Brands), são empresas que nascem com suas operações totalmente digitais. Elas podem estar relacionadas com canais digitais ou redes sociais, e funcionam no formado segmentado, de nicho, e agora começam a atrair publicidade.
Alguns autores consideram as redes sociais verticais — outra variante do mundo vertical — como uma versão sofisticada dos antigos fóruns de discussão que também trabalhavam desta forma, segundo a Academia de Marketing, que cita como o melhor e mais bem sucedido exemplo de rede social vertical o LinkedIn, que reúne pessoas interessadas em relacionamentos profissionais.
O conceito de marca surgiu em 2016 e foi cunhado pelo empreendedor norte-americano Andy Dunn, empreendedor que estava por trás da Bonobos (marca de moda masculina sob medida) e escreveu um livro sobre o assunto. “As DNVBs nascem na internet e são um meio primário de interação, transação e storytelling para consumidores que se encontram nas plataformas online”, conceituou Dunn.
O crescimento dessas marcas digitais nativas verticalmente integradas, com sua oferta direta ao consumidor, também vem tirando o sono dos grandes varejistas especializados.
Algumas verticais surge no próprio nicho da tecnologia. Caso da No Zebra Network (NZN), um dos principais players para soluções de publicidade e comunicação online e líder na criação de audiências segmentadas. A empresa é a maior criadora de verticais do Brasil e oferece serviços exclusivos para planejamento e execução de campanhas digitais. Além de ser proprietária das verticais TecMundo, VOXEL, The BRIEF, Mega Curioso, Minha Série, Baixaki e Click Jogos. Possui 28 milhões de usuários únicos mensais, alcançando 1 em cada 5 usuários da internet brasileira.
Tayara Simões é CEO e CRO da NZN. Aos 34, acaba de ser a primeira mulher nomeada para o cargo de CEO dentro das investidas do HIG Capital, acionista majoritário da empresa. Especializada em Social Media, desenvolveu estratégia de presença e aquisição para grandes marcas como Tudo Gostoso e TecMundo, acumulando mais de 16MM de seguidores de forma orgânica. Oferecem conteúdo e publicidade.
A NZN nasceu há 20 anos com conteúdo verticalizado do Baixaki. Além de possibilitar que o usuário faça downloads de programas gratuitamente, o Portal oferece conteúdo, como notícias, tutoriais e comparativos sobre o mundo dos softwares, ou nas palavras de Tayara, “conexão entre desenvolvedores e o público com mais demanda para baixar softwares”. Os grandes portais, segundo a executiva, trazem informações rasas sobre conteúdos segmentados, por isso a estratégia da empesa em atender esses nichos. “Somos uma empresa de conteúdo”, define Simões. “Estamos lançando no Baixaki áreas de posts e conteúdos ainda mais exclusivos”, anuncia. Assim, por exemplo, os usurários poderão achar os melhores programas para celulares mais antigos, que saíram de linha mas ainda são muito utilizados, informação difícil de encontrar nos grandes portais e publicações especializadas em tecnologia.
Em 2020 a empresa cresceu 61% de EBITDA ( Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) em relação ao ano anterior, conquistando prêmios e ampliando a equipe. A receita vem da publicidade, já que todo conteúdo é disponibilizado gratuitamente, além da prestação de serviços.
É proprietária do maior veículo de tecnologia da América Latina – o TecMundo, que engloba algumas das outras verticais. E também do Clik Jogos, uma das maiores plataformas de games gratuitos online.