Cultura, empatia e comunicação: o que aprendemos com a pandemia

Quando analisamos o mercado neste início de ano, percebemos com facilidade o quanto ele foi transformado pelas consequências e aprendizados da pandemia, em inúmeras frentes de negócio

Quando analisamos o mercado neste início de ano, percebemos com facilidade o quanto ele foi transformado pelas consequências e aprendizados da pandemia, em inúmeras frentes de negócio. Para os líderes de comunicação não é diferente: foi preciso se reinventar para ter sucesso em um mundo que não existia antes. Tivemos um papel essencial nestes tempos desafiadores. Da expertise digital à experiência e serenidade para gerenciar crises, uma série de competências e repertório tornou nossa contribuição ainda mais fundamental. Agora é hora de usarmos tudo o que aprendemos para continuarmos apoiando nossas empresas, nossos clientes e, antes de mais nada, nossas pessoas.

E certamente um forte aliado neste processo são os atributos comportamentais, como inteligência emocional e relacionamento. É claro que eles já vinham ganhando protagonismo pouco a pouco, mas em um mundo transformado, eles se tornaram mais essenciais e urgentes.

O chamado profissional do futuro já é, tendo em vista o novo cenário, o profissional do presente. Dessa forma, novas habilidades precisam ser colocadas em prática já. Ao adicionarmos soft skills aos já relevantes conhecimentos técnicos sobre estratégia de comunicação, ferramentas, negócios e gestão, por exemplo, mudamos as regras do jogo. E pensando em habilidades socioemocionais, há algumas que gosto de destacar.

A primeira delas é a empatia – que precisa ser colocada em prática por todos, mas, com ainda mais cuidado, pela liderança. Se foram muitas as adaptações necessárias aos times durante a pandemia, quando a retomada chegar, não será diferente. Novas rotinas e quebra de hábitos adquiridos no período de isolamento requerem uma escuta cuidadosa e personalizada, e é papel da comunicação apoiar e incentivar esse processo. Seja criando ações internas, seja apoiando os líderes em interações mais próximas das equipes, tudo deve levar em conta um olhar empático para seguirmos em frente juntos e mais fortes.

Outro ponto que vejo como fundamental é deixar de lado os pré-conceitos. Tempos desafiadores são tempos de nos abrirmos para o novo. Sabe aquela frase: “isso sempre foi assim”? É hora de deixar isso de lado. Os tempos mudaram e, com isso, novos processos e padrões são colocados em prática todos os dias. Vale buscar por cursos, rodas de conversas e atividades multidisciplinares que adicionem novas ideias e perspectivas.

Por fim, saindo um pouco das habilidades socioemocionais, não posso deixar de abordar a questão da cultura empresarial. Tema muito comentado nos últimos anos, e potencializado em discussões sobre engajamento, employer branding e propósito compartilhado, a boa e velha cultura nunca cairá em desuso. É aqui que todos os pontos acima se encontram. Manter uma cultura forte, viva e que permeie toda a empresa é papel de todos e ainda mais desafiador em um contexto de trabalho híbrido e remoto.

O mundo foi transformado profundamente por fatos até então nunca vivenciados pelas gerações atuais. Ninguém saiu ileso da pandemia. Perdemos pessoas, negócios fecharam as portas e outros precisaram se reinventar. É hora de termos um olhar ainda mais humano para os profissionais e ambientes de trabalho, de forma que a cultura empresarial e as ações de comunicação sejam impulsionadoras de negócios mais eficientes, mas que nunca deixem de ser gentis, acolhedores e, sobretudo, humanos.

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