A revolução na comunicação e a busca pelo engajamento autêntico

A mudança no comportamento social é evidente e ganharão destaque e admiração as marcas que forem ousadas, que conseguirem identificar as necessidades dos clientes com o canal com que eles querem conversar

A pandemia acelerou a transformação digital, saltamos cinco anos em um. Nossos comportamentos foram mudados por necessidade e não por tecnologia ou inovação como vínhamos fazendo há décadas. Mudanças irreversíveis foram impostas e a maior parte delas são positivas.

As marcas precisaram reinventar a maneira de se comunicar com o seu público. Em um momento em que falar de si mesmo já não fazia sentido, elas se preocuparam com o social. E agiram certo: estudo realizado pela nossa área de pesquisa True Global Intelligence, em sete países (Estados Unidos, Reino Unido, China, Coreia do Sul, Itália, Alemanha e Canadá), identificou que 91% das pessoas entendem ser importante as empresas mostrarem que estão comprometidas em fazer a coisa certa.

O grande desafio agora é como manterem engajados os consumidores, sejam eles externos ou internos. A mudança no comportamento social é evidente e ganharão destaque e admiração as marcas que forem ousadas, que conseguirem identificar as necessidades dos clientes com o canal com que eles querem conversar.

Dentro das diversas tendências que veem sendo discutidas, destaco quatro delas como primordiais para estarem no planejamento estratégico de comunicação das marcas.

Gerações conectadas é a primeira delas. A nova Geração C é interligada por valores que vão muito além da faixa etária e que exploram uma nova mudança cultural a partir da pandemia. Conectividade, Curadoria, Criatividade e Comunidade, são os quatro C’s que unem essa geração que apresenta maior percepção de valor com clientes com conexão emocional com a marca. De acordo com estudo realizado por nós, os consumidores emocionalmente envolvidos com as marcas estão 71% mais propensos a recomendar uma empresa, em vez da taxa média de 45%.

Os games são a outra aposta. O mercado crescente desde o início da pandemia, vem conquistando marcas que não fazem parte do “ambiente natural” dos jogos. A rede McDonald’s é uma delas. Recentemente estreou no mundo virtual The Sims 4 e Minecraft. A inauguração do restaurante dentro dos jogos servirá os personagens virtuais dos jogadores, mas também dará descontos reais para quem fizer pedidos acessando o app pelos games. É o entretenimento trazendo marcas e pessoas cada vez mais próximas.

O já famoso marketing de influência no Brasil deverá alcançar R$ 10 bilhões em 2021, de acordo com projeções do mercado. A novidade é enxergar valor nos produtores de conteúdo pelo engajamento gerado e não mais pelo número de seguidores. Neste cenário os microinfluenciadores são as estrelas da vez. Com audiência menor, mas altamente engajada, conseguem entregar as mensagens com envolvimento maior dos seguidores.

Por fim, os vídeos curtos dominam como formato de conteúdo favorito. A estimativa é de que este ano assistiremos três trilhões de minutos de vídeo por mês e teremos 1,9 bilhão de usuários de vídeo na internet. Além disso, os vídeos representarão 80% de todo o tráfego da internet, contra 67% em 2016. Com tanta audiência é impensável não considerar este formato em suas ações. Mesmo com a explosão do TikTok no Brasil, o Instagram mantém uma margem de liderança como a mais popular plataforma para os influenciadores.

A maneira como nós nos relacionamos, admiramos as marcas e recebemos as mensagens mudaram. E, as estratégias de comunicação, sejam elas internas ou externas, precisam considerar essas transformações de comportamento, ou não surtiram o efeito na sua reputação. O “pensar fora da caixa” nunca foi tão necessário, quanto agora.

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