Estratégias de marketing mantém esportes em alta na pandemia

Lives, fan experience e engajamento de atletas como influenciadores foram responsáveis por manter o desempenho de marcas na parada dos esportes

A transmissão online da final da Liga dos Campeões, entre Bayern de Munique e PSG, que aconteceu no domingo, 23 de agosto, se tornou a maior live vista na história com um total de 4,2 milhões de telespectadores sintonizados na página do Facebook do canal Esporte Interativo.

O jogo, que deu o título da Liga para a equipe alemã, e a derrota para a equipe de Neymar Jr. mostrou, mais uma vez, a potência das “lives” de esportes no país – e no mundo. Antes dessa final, o recorde ainda era do EI, pela transmissão de PSG e RB Leipzig, uma semana antes. Fora da rede social, o recorde é do jogo transmitido pela FluTV, no YouTube, mostrando o embate entre Fluminense e Flamengo pela final da Taça Rio – a partida foi vista por 3,59 milhões de pessoas.

O movimento das transmissões online acontece desde 2017 e nas transmissões nacionais ganhou força após uma MP assinada pelo presidente Jair Bolsonaro de que os clubes mandantes poderiam transmitir suas partidas em seus próprios canais, como feito por Flamengo e Fluminense. Com isso, os clubes poderiam, em tese, ter patrocínios pontuais nas partidas, ao contrário dos contratos com a televisão.

Torcedores engajados

A pandemia do coronavírus, que deixou os esportes no Brasil, e no mundo, em pausa, serviu como propulsor para a questão do marketing enquanto havia o hiato das competições e disputas. Com isso, estratégias foram criadas para manter os torcedores engajados e, em alguns casos, manter o vínculo com os patrocinadores durante a parada.

A Stock Car, uma das principais competições do automobilismo mundial, desenvolveu o primeiro campeonato virtual, que simula as principais pistas do Brasil por meio de uma plataforma de games, a Automobilista2. A NBA também promoveu um campeonato de Xbox One com jogadores profissionais, com a finalidade de engajar torcedores e patrocinadores em momento de paralisação da competição. A associação também criou, em parceria com a Microsoft, uma arquibancada virtual.

No futebol brasileiro, equipes como Corinthians e São Paulo criaram totens com o rosto dos torcedores que foram colocados nas arquibancadas na fase final do Campeonato Paulista. Andy Murray participou de um torneio de tênis online, jogadores de futebol jogaram partidas do PES 2020 com torcedores, entre outras ações.

Influenciadores espontâneos

Muitos atletas acabaram se tornando influenciadores espontâneos para as marcas que os patrocinam, já que até mesmo os gigantes Adidas, New Balance e Nike, entre outros, tiveram contratos parados nesse período. Dessa forma, investiram em vídeos de fitness, campanhas que engajam em comentários e compartilhamentos. Enquanto esportistas mostravam seus equipamentos, chuteiras, camisas e mais nas redes sociais, as marcas correram atrás do prejuízo produzindo mais material orgânico.

Como a campanha da Nike, criada pela Wieden+Kennedy, para enaltecer o legado de Kobe Bryant, morto em um acidente de helicóptero em janeiro deste ano. Ações como esta, além do apelo emocional e da válida homenagem, ajudam a manter as marcas na mente de seus principais consumidores mesmo sem a visibilidade das quadras e campos ou da televisão.

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