No Brasil há 18 anos, completados em outubro de 2018, a Nissan segue em crescimento acelerado. Com mais de dois mil funcionários diretos e 172 concessionárias no país, a companhia japonesa tem como uma de suas metas transformar a maneira como os veículos são conduzidos, impulsionados e integrados à sociedade. Prova disso foi a apresentação do Nissan Leaf, o carro 100% elétrico da montadora, durante o Salão do Automóvel, evento que aconteceu em novembro do ano passado, em São Paulo. Além disso, os resultados do Complexo Industrial de Resende, unidade que possui um ciclo completo de produção, incluindo área de estamparia e unidades de injeção e pintura de peças plásticas, superaram os de 2017. A produção de veículos subiu 57% e a exportação de Inovar para carros aumentou 51%. Em entrevista a seguir, Rogério Louro, diretor de comunicação corporativa e RP na Nissan Motor Corporation, fala sobre o papel da comunicação para o sucesso da empresa e os desafios da área.
A Nissan completou 18 anos de atuação no Brasil em 2018. Como é a experiência de liderar a comunicação da marca em uma data como essa?
A Nissan tem mais de 80 anos no mundo, mas, no Brasil, ainda somos muito jovens – o que traz desafios e oportunidades. Se de um lado temos a necessidade de consolidar a marca, de outro, podemos inovar e ajudar a pavimentar essa estrada. O bom é que temos muita liberdade para criar ações de acordo com o perfil do consumidor brasileiro.
Como foi a participação da Nissan no Salão de Automóvel, evento de grande impacto para a indústria?
O Salão do Automóvel é a “Copa do Mundo” para as montadoras. Em 2018, nossa meta era eletrificar o evento. E conseguimos. Para isso, traçamos uma estratégia sólida e com muito conteúdo, que nos manteve na mídia por quase três meses. Tivemos um dos maiores retornos de share of voice da história e ajudamos a dar mais visibilidade à marca, ao anunciar o Nissan Leaf, carro elétrico mais vendido do mundo. Isso reforçou nosso conceito Nissan Intelligent Mobility, que abrange uma série de inovações que utilizam a tecnologia para ajudar o motorista a conduzir o veículo de forma segura e confortável.
Em sua opinião, quais os desafios de desenvolver um projeto de comunicação corporativa no segmento automotivo?
A teoria pode parecer simples, mas a prática é bem complexa, pois disputamos espaço com equipes fortes e bem estruturadas de outras montadoras. Em um ambiente de alta concorrência, o grande desafio é ser inovador, transparente, consistente e, principalmente, lembrar sempre que lidamos com pessoas.
E quais serão os desafios da área para os próximos meses?
Um dos grandes desafios é, ainda, aprender a lidar com o potencial das redes sociais, principalmente quando falamos de earned media e imprensa. Outro ponto é reaprender a lidar com as mídias tradicionais, que ainda existem e estão se adaptando mais rapidamente à nova realidade provocada pelo mundo virtual. Essas mídias continuam fortes e precisam ser respeitadas e bem trabalhadas. E, como de costume, as ações precisam ser cada vez mais eficientes, em todos os sentidos, inclusive financeiramente. Em um cenário econômico ainda instável, o controle rigoroso das verbas, pensando em reduções de budget, vai continuar. Não é simplesmente fazer mais com menos, é fazer melhor e com mais eficiência por menos.
