Duas das principais mídias especializadas no mercado de seguros brasileiro – Apólice e Cobertura – juntaram forças para criar uma empresa para facilitar a realização de eventos, sejam eles encontros de negócios ou de relacionamento, como workshops, premiações, fóruns e happy hours.
O fruto desta parceria entre Paulo Kato (revista Cobertura), Kelly Lubiato e Francisco Pantoja (revista Apólice) leva o nome de Freela. A inspiração para a marca vem de uma expressão muito utilizada no meio jornalístico e tem referência na autonomia e versatilidade para fazer um trabalho.
“Tem muito a ver com a liberdade de acesso que nós temos, enquanto jornalistas, para acompanhar de perto todo o ecossistema do mercado de seguros. A partir do nosso know-how e credibilidade, queremos unir as pessoas e empresas do setor de seguros através da realização de eventos de relacionamento”, disse Paulo.
Apesar de juntas contarem com quase 60 anos de atuação, cobrindo e disseminando a cultura de seguros no país, a produção de conteúdo seguirá independente. “A junção é única e exclusivamente para a gestão de eventos. O editorial continuará totalmente independente, mas todos os eventos organizados pela Freela contarão com divulgação nas duas mídias”, informa Kelly.
A Cobertura foi fundada no final de 1991. Começou como um jornal até mudar para o formato revista mensal. Mantém uma plataforma digital há 20 anos e uma newsletter com mais de 60 mil endereços eletrônicos, sendo distribuída duas vezes por semana. Além de estar em redes sociais como Instagram, Facebook, Linkedin e Twitter.
A Apólice completará 28 anos em 2023, também com uma revista impressa mensal (11 edições por ano) e um Portal de notícias. Sua principal mídia é o Instagram, e no Linkedin tem mais de 20 mil seguidores. O Portal tem patrocinadores e alguns branded content.
Ambas as revistas possuem canais no Youtube com entrevistas e conteúdo sobre o mercado de seguros.
Segundo os sócios, cujas revistas detém 50% da Freela, o mercado possui mais quatro concorrentes impresso, fora os inúmeros sites. E o mercado de seguros, para eles não é apenas falar de seguradora, tem um ecossistema grande, com prestadores de serviços, startups — que são mais de 200 e surgem novas a cada ano —, e possui legislação específica. Esses assuntos serão temas de apresentações e debates nos eventos, além do importante network de aproximações presenciais.
A Apólice, segundo Kelly, vive principalmente de anúncios, e apesar de ter muitos apoiadores no digital, o meio impresso ainda é a principal fonte de renda, “apesar de existir resistência por parte de muitos anunciantes a respeito desse formato”. A sócia da Apólice diz ter percebido que o anunciante querem algo mais do que um anúncio passivo: “Os eventos são interessante para as empresas pela mediação dos assuntos e a aproximação com clientes, o setor de seguro ainda é muito olho no olho”.
A junção entre as duas revistas aconteceu pela sinergia dos sócios, que já tinham um bom relacionamento e “vimos evento como uma oportunidade de mercado”, destaca Paulo, lembrando que irão continuar cada um com seus negócios independentes, e com suas próprias estratégias comerciais.
Para isso, a ideia é entender as necessidades das empresas para que novos eventos e formatos sejam criados. “Queremos fazer as coisas de acordo com a demanda, de forma que possamos alcançar as necessidades que aquele player necessita, como a realização de um fórum jurídico sobre o setor ou um debate sobre na área de ouvidoria, por exemplo”, explicou Francisco.
O primeiro evento da Freela será um happy hour para o lançamento oficial da sua marca, provavelmente no mês de março. O encontro deverá reunir executivos de marketing para entender de que maneira a nova empresa pode contribuir com a promoção e o desenvolvimento dos negócios.
Até o final do ano, também está previsto o lançamento de uma premiação especial, em um formato totalmente diferente do que o mercado está acostumado. “Futuramente vamos divulgar mais informações, mas o que posso adiantar agora é que o premiado não terá que fazer nenhum investimento, o evento será totalmente autossustentável”, garantiu Paulo