Entre todos os avanços que a comunicação passou nos últimos anos, Metaverso tem tudo para encabeçar a lista das mudanças. Não há dúvida de que essa inovação impactará todos os negócios com os quais os consumidores interagem diariamente. Com isso, as marcas demandarão um envolvimento ainda maior de especialistas em comunicação para conseguirem dialogar, divulgar novidades e até gerenciar crises nesse novo ambiente digital.
Concordo com os analistas do Gartner, que são os maiores conhecedores de tecnologia do mundo, na afirmação de que Metaverso é um caminho sem volta. Daqui a cinco anos, uma em quatro pessoas do mundo passará pelo menos uma hora por dia no Metaverso para trabalho, compras, educação, social e/ou entretenimento (principalmente jogos). Teremos experiências imersivas que irão demandar uma nova maneira de se comunicar nesse ambiente digital.
A chegada do Metaverso deve gerar disrupções reais para toda a indústria e um desejo mundial por integrar os mundos virtual e físico. As tecnologias permitirão que as pessoas repliquem ou aprimorem suas atividades ao serem transportadas para um ambiente virtual capaz de transformar suas antigas referências da realidade. Enquanto o Metaverso está sendo estruturado, com seus espaços virtuais compartilhados, criados pela convergência entre a realidade física e a digital, é tempo de planejar a comunicação para experiências imersivas bem-sucedidas e com narrativas digitais adequadas ao novo meio, com atenção a riscos éticos, financeiros e reputacionais.
É importante ficarmos de olho no estilo do brasileiro e na velocidade de adoção das salas virtuais durante o período de pandemia. Diante desse cenário, pode-se dizer que, muito em breve, o Metaverso definitivamente fará parte da nossa rotina diária, gerando uma série de atividades de engajamento, aprendizado e conexão em espaços imersivos.
Metaverso entrará no board das empresas
A comunicação estará presente nas narrativas das empresas, nas orientações de uso e, também, na configuração de ‘Humanos Digitais’, que são representações interativas orientadas por Inteligência Artificial (IA) e que possuem características, personalidade, conhecimento e mentalidade de um humano, normalmente representados como gêmeos digitais, avatares digitais, robôs humanóides ou interfaces de usuário conversacionais. Eles serão capazes de interpretar informações, gestos e imagens e gerar sua própria fala, tom e linguagem corporal. Esses avanços farão com que diretores de marketing passem a ter, a partir de 2027, um orçamento específico em seus planejamentos anuais para o Metaverso e para a criação de humanos digitais.
Sem dúvida, ainda é cedo para saber quais investimentos serão viáveis no longo prazo, mas os líderes empresariais deveriam dedicar um tempo para aprenderem, explorarem e se prepararem para se posicionarem em ambientes do Metaverso de forma adequada e competitiva. Se não mudarmos logo nossa mentalidade, o mercado fará isso por nós.
Angélica Consiglio é CEO da Planin Comunicação
